Canionismo: Cânion do Curriola - Cavalcante – Vão do Moleque.
Texto e fotos: Ion Davi
27 de agosto de 2013 - 10:20
 
 
 
 
  • Foto: Denni Morais
    C�nion do Curriola Foto: Ion Davi
  • Foto: Denni Morais
    Durante o percurso as ancoragens foram revisadas e algumas substitu�das. " Foto: Ion Davi
  • Foto: Denni Morais
    � um c�nion grande, com 4 km de extens�o e 500m de desn�vel. Foto: Ion Davi
  • Foto: Denni Morais
    Para fazer o percurso foi necess�rio fazer 10 rap�is Foto: Ion Davi
  • Foto: Denni Morais
    Alguns trechos s�o mais t�cnicos e outros mais f�ceis de transpor. Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    A cor da �gua vai mudando durante trajeto. Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    De repente o Curriola recebe um afluente de �guas claras e como num passe de m�gica, as piscinas ganham um tom verde cristalino Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    As piscinas com um tom verde cristalino. Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    Grupo chegando nas piscinas. Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    Descendo. Foto: Ion Davi
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    Algumas travessias s�o mais longas. Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    Em meio aos pared�es vamos descendo. Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    Pr�ximo do fim. Foto: Ion Davi
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    Uma bonita cachoeira do fim do c�nion Foto: Ion Davi
  • Foto: Ion Davi
    O C�nion do Curriola em meio ao Cerrado. Foto: Ion Davi
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    Acampamento. Foto: Ion Davi
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Cânion do Curriola Foto: Ion Davi

 

No último fim de semana, dias 22,23 e 24 de Agosto, uma equipe de Canionistas de Alto Paraíso e Pirenópolis – Ion David (Travessia Ecoturismo), Guilherme Predebom e Rogério (Cerrado Aventuras) desceram pela quarta vez o Cânion do Curriola, localizado no sítio histórico Kalunga, em Cavalcante uma região inóspita de águas cristalinas e cerrado de altitude.

Os Kalunga chegaram na região por volta de 1772 após a descoberta do ouro e se estabeleceram na região refugiando-se em lugares remotos e de difícil acesso, garantindo assim um modo de vida longe das senzalas. Vivem em uma área de cerca 237 mil hectares, tombada como sítio de valor histórico e patrimônio cultural Kalunga, cerca de 2000 pessoas, há inúmeras cachoeiras e cânions nas terras dos Kalungas, muitos ainda desconhecidos.

O Cânion Curriola está na Serra do Maquiné, no lado esquerdo do Vão do Moleque, uma das principais regiões habitadas pelos Kalunga, foi explorado pela primeira vez em setembro de 2005 e esta é a quarta vez que um grupo passou por estes lugares, onde é possível acessar apenas utilizando a técnica do canionismo.

É um cânion grande, com 4 km de extensão e 500m de desnível, para fazer o percurso foi necessário fazer 10 rapéis, alguns técnicos, passar por vários trechos de desescaladas e atravessar incríveis piscinas de águas verdes. Durante o percurso as ancoragens foram revisadas e algumas substituídas, preparando o cânion para a expedição de Canionismo que acontecerá nos dias 12 a 15 de Setembro.

Para descer o cânion são necessários três dias de expedição e uma complexa logística que foi executada em parceria com Maurício da agencia Sussuarana de Cavalcante.

No primeiro dia fazemos uma viagem de 40km por estradas de terra, passando pelo Engenho, portal do Sítio Histórico Kalunga e seguindo pelas nascentes do rio Corrente até o alto da Serra do Maquiné, local do acampamendo, a 30 minutos do inicio do cânion.

No segundo dia, acordamos cedo e após um bom café da manhã iniciamos a atividade.
São 9h de travessia para percorrer os 4km de extenção do Curriola.
Os primeiros cinco rapeis tem pouca água, piscinas de água escura e bucólicas paredes negras.


De repente o Curriola recebe um afluente de águas claras e como num passe de mágica, as piscinas seguintes ganham um tom verde cristalino inacreditável, mudando completamente a característica do cânion.

Os rapeis seguintes tem piscinas claras e o volume de água maior, necessitando mais atenção com os fluxos concentrados de água.

O primeiro rapel da segunda Seção é um local impressionante, o rio despenca em uma cachoeira de 35m em uma grande piscina confinada, com paredões com mais de 100m. Fizemos um rapel guiado, para acessar o outro lado do rio, local do inicio do rapel por um gigantesco paredão.

Em seguida o rio desce um degrau por onde desescalamos e nos deparamos com o trecho mais impressionante, o rio passa por cima de um enorme bloco de rocha, cai dentro de um cânion estreito e confinado, por uma pequena plataforma escorregadia e entra na segunda queda, em uma fenda mais confinada ainda, com paredes gigantes, uma imensa rachadura da serra!

 
Croqui do Cânion do Curriola. Clique na imagem para ampliar.
   

Na última cachoeira - Fenda, colocamos dois parabolts e duas chapeletas, descemos por um rapel de 20m até o platô, onde está a ancoragem para sair do fluxo d'água, mais um rapel de 10m até o platô seguinte para acessar o último rapel com 20m.

Fizemos um lanche no final e começamos a caminhar pelo rio, o sol estava se pondo e iluminando as paredes do impressionante cânion, nos proporcionando cenas inesquecíveis, à medida que caminhávamos víamos as paredes iluminadas se afastarem ao mesmo tempo em que à lua cheia começava a clarear a noite que vinha chegando.

Acampamos as margens do rio Curriola, e regressamos para Cavalcante no dia seguinte, uma viagem de 5h, passando pelo alto da Serra da Piteira.

Expedição de canionismo.

A Travessia Ecoturismo organizará a próxima expedição de canionismo para o Cânion do Curriola nos dias 12 a 15 de Setembro.
O programa tem com nível técnico moderado e foi criado para os amantes do canionismo.
Uma equipe altamente qualificada será responsável pela logística e trabalhos técnicos, que além das atividades com cordas, terão deslocamentos em veículos 4X4, acampamentos e caminhadas por lugares selvagens.

Informações:

Ion David
ion@travessia.tur.br
62 3446-1595