Terror nas alturas do Rio de Janeiro
da redação: Elias Luiz
24 de agosto de 2013 - 00:27
 
 
 
 
 
  Atualizado: 26.08.2013 - 13h41

O instrutor de voo livre Luiz Gonzaga Pereira de Souza foi afastado por tempo indeterminado da ABVL (Associação Brasileira de Voo Livre) depois que um vídeo mostrando um voo duplo de parapente que ele fez com o vendedor Sudmar Franzin em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, foi parar na internet. No vídeo, é possível ver Pereira e Franzin dentro de uma nuvem sem qualquer visibilidade por cerca de quatro minutos.

Segundo a assessoria do Clube São Conrado de Voo Livre, Pereira, instrutor de voo há mais de 20 anos, teve uma conduta imprudente ao optar por voar mais alto do que deveria em um dia em que as condições climáticas indicavam um "teto de voo baixo", com possibilidade de saltar em segurança em direção à praia.

"Na hora do incidente, as condições estavam em bandeira amarela, o que permite voar com teto baixo e em direção à praia sem problemas. No vídeo, você pode ver que há outros parapentes voando, só que mais baixo. Tanto que não tivemos nenhum acidente", explicou uma assessora do clube. "Foi uma imprudência do piloto."

O vídeo do voo, de 13 minutos, foi visto por mais de 300 mil pessoas desde que foi publicado, na última quinta-feira (22). É possível ver o desespero de Sudmar e do instrutor ao se darem conta da situação.

Eles saltaram da Pedra Bonita, em São Conrado, um dos pontos mais famosos de voo livre do Rio. Sem conseguir sair da nuvem, Pereira afirma não saber onde está e pede: "vamos rezar". Depois do sufoco, a dupla pousou no Itanhangá Golf Club.

Segundo o Clube de Voo Livre de São Conrado, Pereira não tem condições de continuar como instrutor neste momento. Ele deve passar por uma recapacitação e avaliação psicológica antes de voltar a voar.

     
      Artigo original: 24.08.2013 - 00h27
Um instrutor e um turista passaram por momento de terror durante um voo de parapente no último sábado, na Pedra Bonita, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após a decolagem do voo duplo, o instrutor Luiz Gonzaga Pereira de Souza e o passageiro Sudmar Franzin curtem a paisagem e filmam tudo. No entanto, depois de alguns minutos, eles entram em uma névoa e ficam sem visibilidade alguma. O instrutor pede calma, mas começa a rezar a Ave Maria, pergunta se Sudmar sabe nadar. Depois de momentos de angústia, os dois conseguem sair da névoa e pousam em um gramado.