Artigo original: 20.03.2013 - 18h20
Mario Richard, um experiente Base Jumper e paraquedista de origem canadense e marido da famosa escaladora Steph Davis, faleceu ontem, 19 de agosto durante um salto do Sass Pordoi (2.950m), nos Dolomitas. Segundo as notícias publicadas pela imprensa local, o esportista de 47 anos tinha a intenção de cruzar uma pequena forquilha próximo a Torre Dezulian, quando algo não funcionou bem e ele se chocou contra as rochas, caindo depois ao solo.
O Base jumper estava acompanhado de Steph Davis e de um grupo de amigos, com quem já havia realizado durante os últimos dias saltos do Monte Agner, da Torre Trieste e do Monte Brento. Os Dolomitas era a segunda etapa da viagem italiana de Mario Richard e Steph Davis, que já haviam estado na região de Arco. Apesar da rápida ação das equipes de socorro alpino de Canazei, com a colaboração de helicóptero de Aiut Alpin Dolomites e das força de ordem pública, quando chegaram ao corpo de Richard não puderam fazer outra coisa que certificar a sua morte.
Atleta Experiente
Apesar de ainda não ser conhecido os motivos que provocaram o acidente durante seu salto de Sass Pordoi, é evidente que não ocorreu devido a falta de experiência do saltador. Mario Richard era um dos grandes nomes deste esporte, que começou a praticá-lo em 1991, com um salto em New River Gorge (West Virginia, Estados Unidos). Originário da cidade Québec, no Canadá, era um experiente paraquedista, um hobby que havia abraçado desde a infância, quando, de acordo com a sua biografia, ele criava os paraquedas para o seu boneco G.I. Joe.
No início dos anos 2000, seguiu sua paixão, se mudou para Moab (Utah), onde fundou com Steph Davis a empresa Moab Base Adventures, especializada em escalada e saltos de Base Jump. Entre seus saltos mais celebrados (uns 2.000 saltos de Base Jump e 7.000 como paraquedista), destacam as que realizou em Kingfisher (Fisher Towers, Utah) e em Castleton Tower, depois de ter aterrizado alí de paraquedas em um salto de um avião.
Sexto Base Jumper que falece nos Alpes em um mês
Este esporte volta a mostrar o quanto é perigoso após a morte de Mario Richard, que se soma com outros 5 acidentes mortais ocorridos nos Alpes nos últimos 30 dias. Na quarta-feira da semana passada (14 de agosto), morreu em Valais (Suiça) o britânico Mark Sutton, 42 anos, famoso por realizar a imagem mais espetacular da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, quando fez um salto vestido de James Bond. Sutton saltou de um helicóptero a uma altitude de 3.300 metros e voou a mais de 200 km/h usando o wingsuit, próximo do cume ele bateu nas rochas e caiu.
Na sexta-feira, 16 de agosto, um saltador polonês morreu em um acidente durante o voo, também utilizando o wingsuit, na região francesa de Alta Saboya. No dia seguinte, a tragédia se repetia na região vizinha de Saboya, onde outro base jumper falecia depois de saltar do Dent de I’Arclusaz (2.041m), próximo a Saint-Pierre-d’Albigny.
Antes destes acidentes, já havia ocorrido outras mortes: em 26 de julho, um alemão morreu quando se chocou com um esporão rochoso perto de Chamonix, devido ao uma avaliação ruim no seu percurso de voo. E o outro base jumper morreu em 13 de agosto em Isère, após cair no chão, antes de conseguir abrir o seu paraquedas.
Realmente este é um esporte radical, que proporciona altas doses de adrenalina, mas ao mesmo tempo muito perigoso. Fica aqui nossos pêsames aos familiares e amigos. |
