Escalando o corredor de vulcões no Equador
Texto e fotos de: Paul François Colas Rosas
15 de agosto de 2013 - 18:03
 
 
 
  • Foto: Paul Colas
    Retornando ao ref�gio depois de aproximadamente 10 horas de escalada Foto: Paul Colas
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    Vulc�o "Mama" Tungurahua " Foto: Paul Colas
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    Cruzeiro perto do cume do Guagua Pichinha" Foto: Paul Colas
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    Passagem "Paso de la muerte" no Illiniza Norte " Foto: Paul Colas
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    No cume do Illiniza Norte (5.126m)" Foto: Paul Colas
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    Reunidos no ref�gio do Cotopaxi (4800m)" Foto: Paul Colas
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    Passando pelas pontes de neve" Foto: Paul Colas
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    Amanhecendo em uma vertente pr�xima ao cume" Foto: Paul Colas
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    Eu e o Renato no Cume do Vulc�o Cotopaxi (5.897m)" Foto: Paul Colas
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    Boca do Vulc�o Cotopaxi, vista do cume" Foto: Paul Colas
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Retornando ao ref�gio depois de aproximadamente 10 horas de escalada Foto: Paul Colas

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Toda expedição antes de nascer tem o momento exato em que a primeira semente é plantada, momento em que a idéia passa pela primeira vez na cabeça, às vezes até acidentalmente como foi o meu caso. Estava na Bolívia conversando com uma equatoriana, a Isolda, que conheci nos dias que precediam a escalada de uma das montanhas da Cordilheira Real próximo a La Paz. Determinado momento da conversa, Isolda me disse que eu adoraria conhecer o país dela. Quito, a capital, é rodeada de vulcões e não muito longe de lá está o Cotopaxi, o maior vulcão ativo do mundo, disse ela. Nossa! Nunca havia escalado um vulcão, pensei naquele instante. A semente estava plantada e cerca de 1 ano depois estava voando para o Equador com toda a tralha de equipamentos de montanhismo e escalada invernal.

Meu parceiro para esta empreitada foi meu amigo Renato, juntos já havíamos encarado Andes Argentinos, Patagônia e Terra do Fogo. Ele estaria na Bolívia, mas me encontraria em Quito para terminar sua aclimatação a altitude e escalarmos o Cotopaxi (5.897m), essa seria nossa meta final. A Fernanda, minha namorada na época, também concordou em nós acompanhar no processo de aclimatação. Vi alguns mapas do Cotopaxi enquanto planejava a expedição e estava convencido que tecnicamente dávamos conta de escalar esse vulcão por conta própria, o que significava abrir mão de guias, transporte, comida e do carregamento de equipamentos que as empresas locais forneciam como serviços.

Os 2.850 metros de altitude de Quito já é bastante incomum para uma capital, mas por outro lado foi ideal pra iniciar o processo de aclimatação. Gastamos os primeiros dias conhecendo a cidade e levantando informações de locação de equipamentos que não trouxemos do Brasil, e dos custos de deslocamento para nos levar até a base do Cotopaxi a cerca de 100km ao sul de Quito. Da janela de onde estávamos era possível avistar um vulcão que de tão perto parecia estar sobre a cidade, era o Guagua Pichincha (4.774m) um vulcão ativo, porém considerado benigno (um vulcão previsível e pouco violento). Normalmente em intervalos de aproximadamente 10 anos o Guagua entrava em atividade expelindo toneladas de cinzas sobre a capital Quito, a própria Isolda já vivenciara a cidade coberta de cinzas algumas vezes. É curiosa a naturalidade que os equatorianos falam sobre seus vulcões e a assustadora proximidade das cidades a eles.

Alguns dias depois rumarmos para cidades mais elevadas nas proximidades da cidade de Baños. Seguimos viagem por entre as serras quando tivemos nossa primeira visão do Tungurahua, um impressionante vulcão de 5023m de altitude que exalava uma enorme fumarola de seu topo. O Tungurahua tem ciclo de erupção de cerca de 50 anos e é também conhecido na região como "Mama". A denominação "Guagua" em Quechua significa criança ou bebê enquanto "Taita" quer dizer pai, e no Equador se refere ao vulcão Chimborazo (o maior vulcão do Equador, porém inativo). Diz a lenda que quando o Guagua Pichincha chora repetidas vezes, Mama Tungurahua responde, mas é o Cotopaxi que manda que todos se calem (uma analogia aos ciclos de erupção desses vulcões e também suas intensidades).

Naquele mesmo ano o Tungurahua havia entrado em erupção despejando rios de lava montanha abaixo. Nesse único mês houve mais de 200 ascensões de pessoas de todas as nacionalidades escalando esse vulcão apenas para ver os rios de lava, um tipo de turismo do fogo. O fato é que o Guagua Pichincha já estava em atividade constante a anos, o Tungurahua havia entrado em erupção recente e o Cotopaxi estava adormecido há muito mais tempo que o normal do seu ciclo que é de 100 anos, e sua erupção era esperada a décadas, enquanto isso nós tínhamos a intenção de escalá-lo.

Voltamos para Quito e senti que estávamos prontos para nossa primeira escalada de aclimatação, subir o Guagua Pichincha até seu cume. Na manhã seguinte chovia intensamente, mas assim mesmo eu e a Fernanda seguimos para o vilarejo de Lloa onde é possível acessar por estrada de terra um refúgio na parte superior da montanha. Tínhamos em mente pagar por um transporte que nos levasse até próximo do refúgio, pernoitar por lá, fazer o cume e nos virar para retornar no dia seguinte. Dormir uma noite em altitude, sem muito esforço, seria uma boa forma de forçar a aclimatação. Ironicamente, a caminhonete que contratamos para nos levar até lá não conseguiu passar além da metade do 10km do percurso. A chuva que caia há dias seguidos e a inclinação do terreno tornou a estrada mais lisa que sabão e tivemos que dedicar uma boa quantidade de energia desatolando o carro a 4000m de altitude, levando por água a abaixo nosso plano de alcançar o refúgio com o mínimo de fadiga possível. Caminhamos estrada acima carregando as mochilas e só algumas horas depois, próximo ao anoitecer, avistamos o refúgio.

Esse refúgio tem uma característica de localização bem distinta, eu nunca havia conhecido um abrigo tão próximo do cume, horas e horas subindo a montanha de caminhonete e a pé para dormir a apenas 45min do cume de 4.774m. Com a noite a temperatura caiu drasticamente e começou a nevar, tivemos uma noite fria e mal dormida, com todos os sintomas da mal de altitude nos assolando numa noite longa que parecia não acabar, a fadiga para chegar até o refúgio deixou nossos organismos debilitados e com certeza havia reduzido a eficiência de aclimatação. Logo nas primeiras horas do dia começamos a ascensão, atingimos o cume e pouco tempo depois iniciamos a descida para perder altitude antes que nossas cabeças explodissem.

Tínhamos a intenção de descansar o corpo antes de iniciar o segundo e mais intenso ciclo de aclimatação da viagem e decidimos descer ao nível do mar para que a recomposição fosse ideal. A geografia do Equador contribui bastante para isso, poucas centenas de quilômetros a leste de Quito e é possível alcançar a costa e mais algumas centenas a oeste a planície Amazônica. Já que eu e a Fernanda somos biólogos escolhemos para visitar a Meca de nossa profissão, as Ilhas Galápagos.

Antes de irmos ao nível do mar deixei programada uma 2º escalada de aclimatação, para o Illiniza Norte (5.126m). Dessa vez optamos por uma escalada comercial guiada para não perder tempo com logística para chegar e subir essa montanha. Na ocasião escrevi um e-mail ao Renato, que chegaria ao Equador dali alguns dias, para que acertasse o valor correspondente a escalada do Illiniza Norte na agencia. O Renato estava há 15 dias na Bolívia onde havia estado muitos dias em altitudes superiores a 3700m, altura de La Paz, além disso já havia chegado a 5700m de altitude numa tentativa de ascensão ao Huayna Potosi que foi frustrada devida a uma nevasca, mas ao menos a tentativa contribuiu com sua aclimatação para o Cotopaxi. Quando retornei do nível do mar, havia recebido um e-mail do Renato dizendo já estar em Quito, jantamos juntos e repassamos nosso plano de aclimatação e como alcançaríamos o objetivo final. Após o Illiniza, iríamos escalar o Ruccu Pichincha (4.698m), descansar um dia e então ir para a base do Cotopaxi.

Seguimos o plano a risca, alugamos o que nos faltava, como corda, piqueta e crampons (cravos metálicos colocados a bota), compramos a alimentação, revisamos os mapas e combinamos um valor justo com um senhor que aceitou fazer um bico e nos levar e trazer do Cotopaxi.

No caminho para lá, observávamos um a um todos as ascensões que havíamos feito e eles já não nos impressionavam mais, estavam dispostos quase que em fila o Ruccu Pichincha, o Guagua Pichincha e mais adiante o Illiniza Norte, além de muitos outros, não a toa essa região é conhecida como corredor de vulcões.
Cerca de uma centena de quilômetros depois de deixarmos Quito, em uma curva da rodovia, eis que aparece o Cotopaxi. "Puta merda!" Exclamei em voz alta, este sim era um vulcão impressionante.

Deixamos o carro o mais alto possível e seguimos andando até o refúgio (a 4800m de altitude) que estava lotado de pessoas que tentariam a ascensão. Na cozinha, enquanto cozinhávamos, conversamos e ouvíamos as histórias dos guias que preparavam a refeição dos seus clientes. Vez ou outra nos questionavam sobre nosso guia e respondíamos que não tínhamos, éramos uma expedição brasileira, a Fernanda seria nosso apoio no refúgio em caso de uma eventualidade e eu e o Renato iríamos escalar.

Em altas montanhas a escalada se inicia normalmente a noite, pois as baixas temperaturas tornam a neve mais rígida evitando avalanches e rupturas das placas, além disso tornam as pontes de neve e gelo mais estáveis. Essas pontes muitas vezes são a única forma de se cruzar uma fenda grande. Durante o dia na hora que as temperaturas se elevam é boa idéia já estar em uma parte segura da montanha.

No refúgio sabíamos que muitos montanhistas planejavam despertar às 22h para iniciar a escalada. Nós pretendíamos dormir um pouco mais e sair por volta da meia-noite, para evitar o rush de montanhistas no inicio da escalada. Porém, passado alguns minutos após as 22h o refúgio todo já se agitava com pessoas com lanternas de cabeça, se equipando e dialogando em idiomas variados. Chegava a ser difícil conter os ânimos e não pular para fora do saco de dormir calçando as botas e empunhando as piquetas. Contivemos nossa ansiedade e aos poucos o barulho foi diminuindo conforme as pessoas iam se lançando a escalada, então nós começamos a nos preparar. Saímos a 1h da manhã do refúgio, uma hora a mais do que havíamos planejado, mas como estávamos em apenas 2 pessoas (eu e o Renato), nós escalaríamos mais rápido que muitos outros grupos maiores e recuperaríamos o tempo.

Nas primeiras horas subimos sem nos encordar, zigue-zagueando por uma encosta longa e constante, e aos poucos íamos ultrapassando os grupos maiores. Em determinado ponto as vertentes se tornavam mais inclinadas e expostas e resolvemos prosseguir encordados, estava uma noite muito fria e era necessário retirar as luvas para manipular a corda, fazer os nós e colocar os cordins e mosquetões. Cumpri esta tarefa numa velocidade impressionantemente rápida antes que meus dedos congelassem, quando me virei para o Renato ele também estava efetuando o último nó e senti uma verdadeira segurança no nosso entrosamento.

Seguimos escalando sob a luz de nossas lanternas de cabeça até nos depararmos com uma fenda profunda, nela havia uma ponte de neve estreita em um dos cantos e nos dirigimos para lá. Pedi ao Renato que ficasse atento, caso a ponte quebrasse ele deveria me segurar com a corda. Passei pela ponte olhando para o fundo da fenda sem conseguir ter uma noção exata da profundidade, em seguida adotei uma posição de prontidão e foi a vez do Renato, havíamos passado nosso primeiro desafio na escalada. Olhei adiante e logo vi outra greta, mais adiante um conjunto de fendas estreitas. Tensos, pouco a pouco íamos progredindo encontrando pontes de gelo entre as gretas e saltando de um lado ao outro sobre as fendas menores até que a ascensão voltou a ser regular e sem falhas.

Já havia passado às 5h da manhã e começamos a nos deparar com grupos de escaladores retornando. Ainda estava muito cedo para terem atingido o cume e pela quietude e ar de exaustão estampado em seus rostos não tive dúvidas que se tratavam de grupos abandonando a escalada. O dia amanheceu e ainda estávamos nos arrastando por uma vertente inclinada com neve até o meio da perna, a própria inclinação da parede não nos permitia ver muito adiante, mas o altímetro indicava que já havíamos passado dos 5800m e que, portanto não estávamos tão distantes do cume.
A parte alta dessa vertente parava bruscamente sob uma parede de gelo e sentado na base da parede encontramos dois escaladores que conhecemos no refúgio, o Julián e seu cliente de nacionalidade alemã.

- Brasileños! Que prazer vê-los aqui em cima - disse Julián.
- Hola Julián. Estamos perto? Foi minha pergunta em busca de uma resposta animadora.
- Muito, muito perto. Só falta aquele lance ali. Respondeu ele apontando para uma parte baixa onde a parede poderia ser escalada.

E em seguida ele se levantou com seu cliente e partiu. Estávamos cansados demais e paramos uns minutos para descansar e logo perdemos os dois de vista. Aproximamo-nos do lance de escalada da parede caminhando lateralmente por um degrau de neve compactada que havia se formado na junção da vertente com a parede. Essa vertente abaixo do degrau descia por não mais que 100m e terminava numa enorme e sinistra fenda que foi um bom estímulo para passarmos com cuidado pelo degrau.

Vencemos a parede de gelo e mais uma breve subida fomos atingidos pelos primeiros raios de sol que nasciam do outro lado do vulcão. "Cume!" gritou o Renato e logo avistamos o Julián e seu cliente contemplando a imensidão de um colchão de nuvens abaixo de nós, eram cerca de 7h30 da manhã e o céu brilhava azul acima de nós. De onde estávamos dava para ver uma depressão gigante bem no meio do topo de onde se via o solo exposto, expelindo fumaça e de onde emanava um leve calor, era nada menos que a boca do vulcão tapada com toneladas de terra e rodeada por outras toneladas de neve e gelo.

Parabenizamos-nos todos, tiramos algumas fotos, filosofamos em espanhol e nos sentamos para tomar um merecido mate cozido que fumegava dentro da térmica na mochila do Renato enquanto recuperávamos um pouco da energia que claramente já tinha entrado na “reserva”. Algum tempo depois nossos companheiros de cume se despediram e desceram e nós ficamos ali sozinhos. Por um bom tempo desde que estávamos no cume ninguém mais chegou, então me dei conta de que éramos os últimos. Disse ao Renato que era bom começarmos a descer, afinal se acontecesse algo conosco sozinhos na montanha estaríamos fritos. Além disso, me agradaria passar pelas pontes de neve lá embaixo antes que o calor do sol as derretesse.

"- La fuga de Alcatraz?" Disse o Renato, se referindo a um termo que aprendemos na Argentina quando uma tempestade ou similar obriga os montanhistas a descerem correndo a montanha, assenti positivamente. Despedimos-nos do cume e começamos a descer na marcha mais acelerada que a fadiga permitia alcançar. Desescalamos a parede de gelo e caminhamos pelo degrau na base. Num ponto do degrau percebi que ele havia se rompido um pouco e novamente pedi para o Renato ficar atento caso ele não me suportasse. Passei por ele sem problemas e o Renato veio em seguida, de repente o degrau se rompeu e levou o Renato vertente abaixo. Rapidamente vi a folga da corda que existia entre nós se consumindo e me joguei para trás enterrando fundo a piqueta e os crampons na neve para segurar o tranco da corda. O Renato na outra ponta da corda batalhava para reduzir sua velocidade usando uma técnica de deixar as pernas abertas com as pontas dos crampons para baixo e com a piqueta transversal ao tronco com a ponta enterrada na neve. Nossa ação conjunta foi tão eficiente que quando a corda esticou não me movi nem um milímetro do lugar, mas meu coração estava saindo pela boca.

- Tudo bem ai? Perguntei ao Renato ainda pendurado na corda.
- Tudo bem! Vou subir escalando. Respondeu ele.

E iniciamos um movimento sincronizado, ele para cima e eu para trás, sempre deixando a corda tensionada até que ele atingiu um lugar seguro.
Nessas horas sou mestre em falar frases descabidas e dessa vez não foi diferente.

- Essa valeu o aluguel da corda, hein? Ótimo investimento. Eu disse a ele. Que balançou a cabeça concordando e então continuamos descendo. Aquela descarga de adrenalina tinha devolvido nossa atenção a escalada.

Algum tempo depois alcançamos um campo medonho de neve com a superfície completamente distorcida, cheia de fendas, fissuras e blocos de gelo (tecnicamente falando gretas, crevasses e seracs) que mais parecia as descrições que diversas vezes li sobre a temida cascata de gelo Khumbu do Everest.

- Acho que não viemos por aqui. Eu disse ao Renato.
- Viemos sim, só que estava a noite. Respondeu ele.
- Veja as pontes de neve que passamos e as fissuras que saltamos. Completou ele.
- Caramba, ainda bem que estava de noite, se estivesse de dia acho que eu teria dado meia volta.
- Vamos sair logo daqui, esse lugar me dá arrepios. Supliquei.

Dava pra ouvir a água escorrendo pelos blocos de gelo e gotejando para dentro das gretas, um claro sinal que a neve estava derretendo e ficando instável.

Continuamos descendo rapidamente sem descanso e por volta das 11h chegamos numa imensa vertente pouco inclinada e longe era possível avistar o bendito refúgio, era onde havíamos começado a escalada. Conforme nos aproximávamos pude avistar uma pessoa parada ali na neve do lado de fora do refúgio. Era a Fernanda, que logo nos reconheceu. Ela permaneceu ali estática olhando para nós e pensei que passava pela cabeça dela se havíamos conseguido ou não. Então levantei a piqueta sobre a cabeça e a chacoalhei no clássico gesto de vitória. Ela abriu um sorriso, levantou a mão com o punho cerrado e retribuiu com o mesmo gesto.

No dia seguinte estávamos retornando para o Brasil com a força de vontade restaurada e o espírito engrandecido.

Nem todos os projetos que pus em prática tiveram o mesmo desfecho deste, alguns tive que desistir e abrir mão do objetivo, mas estranhamente foram nessas que mais aprendi sobre montanhismo. O sucesso é sempre incerto, mas uma boa experiência é garantida. Felizmente, para cada projeto que termina duas outras idéias surgem é um ciclo vicioso que espero jamais abandonar, sem dúvida alguma a pior derrota de um projeto é jamais conseguir tirá-lo do papel.