Um Caribe Desconhecido
da redação, Texto e Fotos: Tom Alves
9 de agosto de 2013 - 9:44
 
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  • Foto: Tom Alves
    Espet�culo dos fins de tarde. Foto: Tom Alves
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    Vida marinha riqu�ssima. " Foto: Tom Alves
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    Nessa ilha me hospedei por alguns dias." Foto: Tom Alves
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    A travessia. Aproximadamente meia hora o separam do para�so. " Foto: Tom Alves
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    ESQUERDA: Em La Ceiba, pegue um �nibus como esse, para Sambo Creek ou Arm�nia. DIREITA: Nosso anfitri�o, pescando o almo�o daquele dia. " Foto: Tom Alves
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    Ilha deserta, como num filme." Foto: Tom Alves
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    Passeios de barco nas ilhas que circundam o local s�o oferecidos a pre�os bem camaradas." Foto: Tom Alves
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    ESQUERDA: N�o h� onde se acostumar os olhos. Beleza para todos os lados. DIREITA: Sem turistas, sem ru�dos, natureza intocada." Foto: Tom Alves
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    Crian�as Gar�funas" Foto: Tom Alves
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    Algumas ilhas s�o interligadas, como essas, onde se pode ir de uma a outra com �gua pelos joelhos." Foto: Tom Alves
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    Boa Rosada. Uma serpente rara, que pode ser vista nas florestas das ilhas maiores" Foto: Tom Alves
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    Paz e tranquilidade" Foto: Tom Alves
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    Un ni�o, Gar�funa" Foto: Tom Alves
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Espet�culo dos fins de tarde. Foto: Tom Alves

 

Quando se fala em Caribe, o que nos vem à mente? Geralmente pensamos logo em Cancún, Aruba, Ilhas Margaritas, San Andrés ou algum outro lugar badalado nas redondezas. E geralmente destinos impraticáveis para os bolsos de um mochileiro, além disso, infestados de turistas e os excludentes resorts. Tudo muito brochante e insuportavelmente clichê para o meu gosto.

É incrível como os Brasileiros adoram gastar dinheiro e passar férias em lugares tão "batidos". É no mínimo falta de criatividade.

Devo confessar que eu morria de preguiça do Caribe, até descobrir, meses atrás, algumas maravilhas, tanto em Honduras, como no Panamá. Em especial, nessa postagem quero mostrar um lugar chamado Cayos Cochinos, Caribe Hondurenho.

Tratam-se de dezenas de ilhas, que vão de desde aquelas desertas de alguns poucos metros quadrados e apenas um coqueiro (como nos filmes de náufragos em ilhas paradisíacas) até outras pouco maiores, onde habitam alguns moradores e rica vida selvagem. O modelo de turismo ali é de bases comunitárias, onde os viajantes se hospedam em cabanas de madeira e telhado de palhas de coqueiro, assim como os moradores locais, conhecidos como Garífunas. Estes são integrantes de um grupo étnico formado pela miscigenação de índios com escravos africanos.

O convívio direto e aberto com os Garífunas permite uma integração muito grande entre visitante e habitante local. Você toma café da manhã ao lado dos anfitriões, nada com as crianças, joga um futebol nos fins de tarde com os jovens, bebe uma cerveja enquanto discute questões sociais ou política na América Latina, deitado numa rede, nas noites frescas. É uma experiência única, viver alguns dias como aquelas pessoas tão simples e de humor contagiante. Outro ponto positivo: praticamente não há turistas. Na ilha em que me hospedei, por exemplo, não moram nem 10 famílias. Na baixa temporada, provavelmente você não verá mais que um ou dois turistas por dia!

Agora você deve estar se perguntando: Como chegar nesse paraíso? Bem, vão aí as instruções. Dirija-se à cidade de La Ceiba, de lá informe-se ou vá por conta própria, de ônibus, para as vilas Garífunas de Sambo Creek ou Nueva Armênia. Pequenas canoas farão a travessia de aproximadamente 30 minutos até alguma ilha paradisíaca. A partir daí, relaxe, esqueça-se do tempo e mergulhe fundo nessa autêntica experiência Caribenha.