WALDEMAR NICLEVICZ
Expedição México e América Central
 
 
Publicado em 16/04/2009 - 22h54 - da redação
 
 
 
Foto 1 - Do alto da pirâmide do Sol, mexicanos contemplam a pirâmide da Lua, na antiga cidade de Teotihuacan, situada a 40Km da Cidade do México..
Foto 2 - O “Castillo”, uma verdadeira jóia da cultua maya, localizado em Chichen Itza (“a cidade dos bruxos da água”), tem 24 metros de altura e cada lado de sua base mede 60 metros.
Foto 3 - Do alto do Templo do Sol, contemplo a antiga cidade de Palenque, que surge imponente em meio a uma bela floresta tropical. Em uma de suas mais impressionantes construções, o Templo das Inscrições, foi encontrado uma cripta onde foi enterrado o rei Pacal, tumbas similares só haviam sido encontradas no antigo Egito.
Foto 4 - O Templo 1, conhecido como o Templo do Jaguar, construído por volta de 700 d.C., domina a Praça Maior na antiga cidade de Tikal, declarada pela Unesco, ao mesmo tempo, Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade.

Fotos: www.niclevicz.com.br
   
 
 
Publicidade
   

Estimados Amigos!

No início do ano fui escalar as maiores montanhas do México e da América Central, e fiquei absolutamente impressionado com as ruínas das antigas civilizações que habitaram esses lugares. Para se ter uma idéia da grandeza dessas culturas, uma visita ao Museu de Antropologia da Cidade do México é mais do que obrigatória, o museu é gigantesco, simplesmente maravilhoso, e pode ser facilmente comparado em importância ao Louvre, em Paris, ou ao Britânico, em Londres, os museus mais fantásticos que eu já havia conhecido. O museu tem 12 galerias divididas por civilizações e regiões. Os maias, toltecas e olmecas e a cidade de Teotihuacán, têm grande destaque, mas a maior sala foi reservada aos astecas.

Depois da introdução teórica mais que pertinente, o bom mesmo é por o pé na estrada, fui primeiro visitar as “Pirâmides”, denominação dada pelos próprios mexicanos às ruínas de Teotihuacan onde realmente não faltam as ditas pirâmides, a maior delas a do “Sol” (provavelmente construída no século I, com 65 metros de altura), e a mais bonita a da “Lua”. Teotihuacan cobria uma área aproximada de vinte quilômetros quadrados e estima-se que por volta do ano 600 d.C. sua população pudesse ser de até 200 mil habitantes.

Depois fui conhecer parte do antigo reino dos Mayas, que ocuparam um vasto território que atualmente compreende o sudeste do México, Belize, Guatemala, Honduras e El Salvador. Fica difícil dizer qual são as ruínas mayas mais impressionantes, são na verdade todas maravilhosas. Os mayas reinaram desde 1000 a.C. até 1100 d.C., depois entraram em rápido declínio, em razão da superpopulação da região, que causou um total desequilíbrio do meio ambiente. Desflorestamento, contaminação das fontes d’água, escassez de alimentos, proliferação de doenças e guerras com tribos rivais levaram os mayas ao um verdadeiro colapso (***vale hoje uma reflexão da humanidade para não seguirmos o mesmo destino***). Quando chegaram os espanhóis, no final do século XV, as grandes cidades, com seus formosos templos e palácios, estavam novamente recobertas pela floresta.

Somente no México existem cerca de 1.600 sítios arqueológicos mayas, grande parte na península de Yucatan, um dos mais impressionantes é Chichen Itza, fundada em 453 d.C., foi considerada recentemente uma das novas Sete Maravilhas do Mundo. Outras ruínas que me deixaram também sem palavras foram as de Palenque, mais exóticas do que Chichen Itza por estarem encravadas no meio de uma exuberante floresta, e também por receber um número bem menor de visitantes (já que Chichen Itza está do lado de Cancun, onde sempre existem milhares de turistas). Também conheci Tikal, na Guatemala, o maior centro urbano maya que houve, cobrindo uma região de 576 quilômetros quadrados, onde existem ruínas de mais de três mil construções e viviam mais de cem mil pessoas.

Na próxima atualização vamos voltar a falar de montanhas, como também de expedições futuras, o próximo desafio já esta confirmado, mais um projeto inédito e absolutamente fascinante!

Namastê!

Waldemar Niclevicz