Insights de uma Trajetória em Busca de Liberdade, Propósito, Relacionamentos, Saúde e Crescimento
Não vá para onde o caminho pode levar, vá para onde não há caminho e deixe uma trilha.
Apesar de já refletir sobre os temas deste artigo há alguns anos, foi no mês passado, nos vários dias de reflexão profunda, muitas vezes sozinho, presenciando uma paisagem maravilhosa no trekking do Tour du Mont Blanc, que as ideias vieram ainda mais à tona...
Tenho mais de 20 anos de carreira, mas há cerca de uns dez anos, percebi que meu estilo de vida e carreira não se encaixava mais no modelo “tradicional”: um único empregador, rotina fixa, local e horário definidos, funções claras e previsíveis, desejo de atingir o cargo executivo mais alto de uma organização, desejo de ir várias vezes para Miami ou Orlando, desejo de ter o carro esportivo mais top ou maior patrimônio possível. E não faço qualquer juízo de valor aqui... não acho que existe um “melhor modelo” de vida e carreira para todo mundo. Apenas notei nestes últimos anos que eu tinha dificuldade para responder rapidamente perguntas como “Qual é a sua profissão?”, ou “Onde você trabalha?”, “Qual é sua função ou cargo?”, “De onde vem sua principal fonte de renda?”... E a dificuldade para todas estas é que para mim são várias as respostas possíveis... Ou ainda, dificuldade para explicar porque tenho desejos de ir para o Nepal, para o Tibet, para Marrocos, para a Índia (e não para EUA, Inglaterra, Alemanha etc), ou o porquê de passar perrengue correndo uma ultramaratona de 12 horas ou acampar num trekking de uma montanha fria qualquer...
Como estou muito ligado ao ecossistema de empreendedorismo (como mentor de start-ups, investidor anjo, professor da área e (ex)empreendedor), comecei a refletir que a forma como conduzi minha vida nos últimos anos (através de decisões profissionais, pessoais, de família, saúde e lazer) me exigiu (e ainda me exige!) diversas competências de um empreendedor “tradicional” de uma start-up, por exemplo.
Refletindo e estudando o tema nos últimos meses, percebi que o conceito que mais se aproxima desta minha própria jornada seria o de “Life Entrepreneurship” ou “Empreendedorismo de Vida”.
Talvez por ser professor e ter o desejo de acrescentar algo na vida das pessoas com quem convivo ou dou aulas, ou talvez por querer colocar estas ideias mais claras. O fato é que decidi “colocar no papel” estas reflexões de como venho conduzindo minha vida e talvez isso ser útil para algumas pessoas.
Sendo assim, neste artigo proponho uma reflexão sobre esse conceito ainda pouco explorado (no Brasil e no mundo), embora extremamente relevante, em minha visão, para o mundo e o profissional contemporâneo.
Your time is limited, so don’t waste it living someone else’s life.
O que já conhecemos há décadas: o profissional de carreira e o empreendedor
Após a revolução industrial (séculos XVIII e XIX), com o surgimento das organizações mais formais, também foi surgindo o profissional de carreira, que trabalhava por décadas em uma organização, muitas vezes crescendo e tornando-se um executivo e decisor relevante dentro da organização. E mesmo mudando de empresas, o profissional tem ou tinha basicamente a mesma carreira ou função, apenas “mudando de endereço”.
Nas últimas décadas, ganhou força um outro tipo de profissional, o empreendedor. De forma geral, o empreendedorismo é entendido como a capacidade de identificar oportunidades, mobilizar recursos e criar algo novo que gere valor, tipicamente estabelecendo uma empresa ou negócio do zero (start-up), dedicando-se por décadas a este negócio. Autores como Joseph Schumpeter destacam o papel relevante do empreendedor como agente de inovação, transformação e desenvolvimento econômico.
Relacionado a este último, começou-se a identificar a figura do intraempreendedor. O intraempreendedorismo é a prática de agir como empreendedor dentro de uma organização existente. Funcionários com essa postura assumem riscos, propõem ideias, lideram mudanças e inovam, mesmo sem serem donos do negócio.
O empreendedor social também é cada vez mais atuante hoje em dia. É aquele que empreende para um bem maior, não para si mesmo ou para buscar ganhos financeiros, mas para gerar impactos e benefícios para uma localidade, grupo ou para a sociedade como um todo.
Estes papéis são claros, relevantes e altamente difundidos na sociedade atual. Mas venho notando cada vez a mais a relevância de outra figura ou atuação no atual contexto do mundo: o “life entrepreneur” ou “empreendedor da vida”.
Mas gostaria de fazer uma autoanálise da minha própria vida antes de tentar definir esta nova atuação de “life entrepreneurship”.
Be fearless in the pursuit of what sets your soul on fire.
Minha própria experiência: um outlier no mundo atual ou tendência futura?
Por mais que queiramos acreditar que possamos planejar grande parte de nossas vidas e trajetórias, a verdade é que nossa jornada é um conjunto de aleatoriedades, oportunidades, sortes e azares, infortúnios e um acumulado de decisões que nos levaram ao momento que vivemos hoje. E eu não sou exceção.
Lembro-me claramente de grandes decisões de minha vida, que moldaram minha trajetória. Sair do conforto da minha família em Campinas, para decidir morar e estudar em São Paulo, sozinho, mesmo tendo entrado na Unicamp, talvez tenha sido minha primeira decisão relevante de vida. Manter uma viagem sozinho, para estudar no exterior, mesmo 15 dias depois de perder meu pai muito novo, foi muito difícil, mas me deixou muito mais forte para a vida. Deixar o emprego (talvez dos sonhos, para alguns) num grande banco, no início da minha carreira, para fazer um mestrado e depois um doutorado, também foi primordial. Um pouco antes de chegar ao topo da carreira em uma multinacional de consultoria, pedir demissão para ficar mais presente com minhas filhas e esposa, além de ter maior liberdade na vida, também alterou o rumo da minha vida. Não trocar de carro todo ano, de apartamento a cada X anos ou viver com mais luxo no dia-a-dia, para poder explorar este mundo e conhecer mais de 100 países, foi outra não trivial que me transformou. Criar a minha empresa de consultoria, tocar vários pequenos projetos em paralelo e não deixar de atuar como professor de várias instituições acadêmicas, atuação que me satisfaz muito, foram outros marcos de vida bem relevantes para minha jornada. Tirar umas 2 horas diárias para cuidar de meu corpo e praticar esportes, praticamente sem exceções, também acredito ter mudado quem eu sou há alguns anos. E em quase todas estas decisões eu fui contra o “esperado” ou “normal”... e não me arrependo de nenhuma.
Novamente, não acho que sou exemplo para ninguém e questiono meus caminhos e escolhas o tempo todo. Muitas vezes me considero um especialista em coisa nenhuma, ou acho que sou mestre em saber pouco de um monte de coisas... Mas fica claro que buscar novas habilidades, conhecimentos e experiências, me meter em áreas novas e desbravar este mundão são grandes paixões minhas... Mas como venho conseguindo “girar estes vários pires”, achar tempo para estas frentes ou priorizar estes temas em minha vida?
A resposta, estimo, está nas bases do “life entrepreneurship”...
The two most important days in your life are the day you are born and the day you find out why.
O que é, então, o “life entrepreneurship”?
Life entrepreneurship, ou empreendedorismo de vida, é um conceito ainda em formação, sem tradução oficial consagrada nem exploração profunda na literatura acadêmica ou mesmo no mercado. Mas sua essência é clara: trata-se de aplicar os princípios do empreendedorismo à própria vida.
É uma postura de protagonismo, autonomia e intencionalidade. É deixar de ser passageiro para tornar-se condutor da própria trajetória, combinando escolhas pessoais, profissionais, emocionais e existenciais com coragem, criatividade, disciplina, flexibilidade e diversas outras habilidades que veremos, moldando as ações de curto, médio e longo prazo a objetivos em cada pilar de nossas vidas.
O conceito talvez tenha sido cunhado no livro “Life Entrepreneurs” (2008), de Christopher Gergen e Gregg Vanourek, que entrevistaram dezenas de pessoas que construíram vidas intencionais e criativas, alinhadas com seus valores mais profundos. Mas foi muito pouco desenvolvido e disseminado desde então.
Aproveitando e expandindo o conceito de “várias vidas”, proposto por um amigo meu, Tom Coelho, professor, palestrante e escritor, cara muito especial, mas infelizmente já falecido precocemente, entendo que nossas vidas são compostas por vários pilares:
Talvez uma forma de levar uma vida empreendedora seja a de perseguir a realização do que para você seja importante em cada uma dessas nossas “vidas”. Eu, particularmente, acredito que o equilíbrio entre todas elas é o mais importante e o que mais eu persigo, mesmo entendendo que para muitos, o peso está mais em alguns dos aspectos e menos em outros (e tudo bem!).
Mas passemos a discutir as razões de talvez uma “vida empreendedora” ser um tema relevante para você...
Happiness is not something ready made. It comes from your own actions.
Por que uma “vida empreendedora” talvez seja relevante para você?
Em um mundo marcado por incerteza, transformação tecnológica acelerada e desestruturação dos modelos tradicionais de carreira, uma vida conduzida com atitude empreendedora não é apenas desejável — talvez seja necessária.
Acredito que no mundo de hoje já não podemos depender de um só empregador, de uma só carreira, de uma só oportunidade na vida, de uma só fonte de renda, ou mesmo de um só hobby. Com tanta diversidade, tantas oportunidades e “tantas vidas a serem vividas”, não sei se todos nós deveríamos ficar atrelados aos modelos tradicionais de vida, emprego e carreira.
Mas este desapego ao modo tradicional de viver e traçar uma vida profissional remete a grandes desafios e talvez e necessidade de desenvolvermos um grande rol de habilidades. Mas antes de falarmos de tais habilidades, acho importante discutirmos as “jaulas”, armadilhas ou os chamados vieses que somos vítimas e que talvez nos façam vivermos de certa forma “cegos” a outras possibilidades.
Life is either a daring adventure or nothing at all.
Vieses comportamentais nos afastando de uma vida empreendedora
Vieses comportamentais
Há duas décadas temos visto psicólogos (Simon, Kahneman, Smith, Shiller, Thaler etc) ganharem diversos prêmios Nobel de economia com descobertas na área de tomada de decisões. Estes vários cientistas têm provado como somos tomados por vieses (inapropriados ou usados incorretamente) na hora de tomarmos decisões econômicas. Vou tentar aplicá-los aqui ao tema de grandes decisões de nossas vidas, profissionais e pessoais.
- Efeito inércia ou status quo – o ser humano tem tipicamente a preferência por manter a situação atual. Será que isso não nos leva a levar a vida como temos levado nos últimos tempos e deixarmos de viver o “diferente”?
- Viés da ancoragem – o fato de ficarmos “presos” a uma situação passada ou “padrão”. Será que não nos ancoramos em padrões sociais do que deveria ser uma vida “adequada” e feliz?
- Viés de confirmação social (bandwagon) – seguir decisões ou opiniões da maioria. Será que não somos excessivamente preocupados com o que os outros pensarão de nós e deixamos de viver nossos próprios sonhos, trabalharmos no que realmente gostamos mesmo que não nos deixem mais ricos?
- feito manada – tendência de seguirmos a maioria e não sermos a exceção. Será mesmo que deveríamos direcionar nossa vida como a maioria direciona? Ou fazer tudo igual aos outros?
- Viés de familiaridade (mere exposure effect) – preferir o que é familiar ou repetido. Isso nos faz sermos naturalmente avessos ao que é diferente e, sendo assim, ficaremos mais fechados “ao novo”.
- Aversão à perda – sentir mais intensamente perdas do que ganhos equivalentes. Naturalmente, por este viés, em decisões relevantes em nossas vidas, seremos mais preocupados com as potenciais perdas do que benefícios que possam nos trazer.
- Efeito de perspectiva ou enquadramento (framing) – decisões influenciadas pela forma como a informação é apresentada. Este viés nos leva a importância de compartilharmos nossos receios, dúvidas e dilemas de vida com outras pessoas (queridas, especialistas etc) para buscarmos outras perspectivas, visões complementares e talvez nos ajudarem a tomarmos decisões relevantes para nossas vidas.
- Ilusão de controle – acreditar que se pode controlar ou influenciar eventos aleatórios. Aqui um cuidado! Uma “vida empreendedora” tem riscos... devemos sempre estar atentos e lembrar que não temos controle de tudo, mas que nem por isso devemos deixar de nos entregar ao novo.
Ok, muitas armadilhas, vieses mentais, riscos etc... Que habilidades ou como devemos então preparar nosso caminho para uma vida empreendedora?
The purpose of life is to live it, to taste experience to the utmost, to reach out eagerly and without fear for newer and richer experience.
Os caminhos para uma “vida empreendedora”
Se o life entrepreneurship provavelmente não tem ou deveria ter uma receita de bolo a qual todos deveriam seguir... ou seja, pela própria definição, cada um deveria buscar a sua vida, suas realizações, sei jeito de ser feliz e viver sua jornada. Mas o “empreendedor de vida” provavelmente tem algumas características ou princípios que o ajudarão a realizar seus objetivos.
Sem a pretensão de ser exaustivo, nem a de criar um “super ser humano”, seguem algumas das características ou princípios que acredito que provavelmente te levarão a uma vida empreendedora:
Importante dizer que independente de você perseguir ou não uma vida empreendedora, talvez o desenvolvimento destas habilidades o ajude a viver a sua vida e conquistar seus objetivos.
Também gostaria de acrescentar que cada dia que acordo tento evoluir um pouquinho mais em cada uma destas características... Tenho a consciência clara que estou longe da perfeição em todas elas...
1. Maior senso de propósito e busca de sonhos ou objetivos de vida
Em vez de viver no piloto automático, o empreendedor de si mesmo busca uma trajetória com sentido. E sentido para ele mesmo, e não ficarmos presos aos padrões de sucesso ou ambições dos outros.
O que me move, por exemplo, não é ganhar dinheiro ou sucesso material desenfreado, ou um plano de carreira e atingir os principais papéis executivos que se possa imaginar... Mas sim a busca pela (quase) total liberdade nas decisões do dia-a-dia, a flexibilidade de poder estar presente com minha família, o desejo de conhecer novas culturas e cantos deste mundo, o crescimento constante (aprendizado), o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, a manutenção ou progresso da minha saúde e o desejo de levar ou criar um legado para outros.
2. Consciência da importância da habilidade de tomada de decisões
Tomamos decisões a todo momento, todo dia. Algumas destas são bastante importantes e decisivas para nossas vidas. Treinarmos esta habilidade de tomada de decisão (se possível, mais pensada e racional) nos fará ir mais longe em nossos sonhos. Aqui, o estudo daqueles vieses comportamentais ou mais leituras sobre psicologia e tomada de decisões ajudam bastante.
3. Curiosidade, abertura ao novo, aprendizado contínuo e o “aprender a aprender”
Em um mundo de tantas mudanças, talvez a mais importante habilidade atual seja aprender a aprender. E isso te fará mais bem preparado para seguir sua vida empreendedora.
4. Equilíbrio em nossas frentes de vida (trabalho, lazer, cuidado com o corpo, etc)
E se o que você trabalha fosse uma paixão e te desse prazer? Buscar trabalhos que te dêem satisfação talvez seja um dos maiores segredos para uma vida realizada.
E se você dissesse mais “nãos” ou delegasse mais atividades não tão importantes para poder se dedicar aos outros temas de sua vida? Será que faz sentido nos entregarmos 60, 70, 80 horas de trabalho semanal enquanto gastamos 1-2 horas cuidando de nosso corpo? Ou somente 1-2 horas convivendo com nossos grandes amigos? Ou pouquíssimas horas semanais aprendendo coisas novas?
5. Organização, autonomia, responsabilidade, autogestão e disciplina
O empreendedorismo de vida, por não ser guiado por nenhuma entidade, chefe ou líder, exige uma forte disciplina, responsabilidade e organização. Você agora gerencia seus horários, seus trabalhos, seus resultados, onde quer e pode chegar.
6. Produtividade e otimização de seu tempo
Tempo é talvez o recurso mais valioso de nossas vidas. Só temos uma vida. Portanto, faça um uso espetacular de seu tempo. Viva intensamente e faça cada hora e dia da sua vida valerem a pena. Gaste um tempinho estudando técnicas de gestão de tempo pois isso levará a um ganho gigantesco de tempo futuro seu.
7. Saber ouvir, ter humildade, empatia e dar valor aos relacionamentos
O empreendedor prepotente será devorado pelo mercado, pelos clientes, pelos investidores ou pelos funcionários. Em nossas vidas empreendedoras, também devemos exercitar a humildade, saber ouvir e ter empatia. Isso nos trará relacionamentos mais fortes, duradouros e enxergaremos outros lados das coisas. Além de tornar a vida “mais leve”, atrair mais coisas positivas que negativas e mais pessoas boas que más.
8. Criação de valor para si e para outros
Não há problema algum em viver para si, ter autoestima forte e pensar sempre nos impactos dos seus atos para você mesmo. Entretanto, quando se faz o bem, pensa-se nos outros, entrega-se algo para o outro, a satisfação é ainda melhor. Confesso que com uma formação de engenheiro, administrador e consultor (carreiras menos “humanas”), sinto que fiz pouco ou menos do que eu deveria e gostaria para “os outros”. Mas talvez em minha atuação como professor, há mais de 20 anos, eu tenha gerado algum impacto positivo para os milhares de alunos que já convivi e tentei passar algo.
9. Ser crítico, equilibrado e ter personalidade forte
Hoje somos bombardeados de informações, visões e opiniões, sobre tudo. Temos que a todo momento, exercitar nossa capacidade crítica e sermos equilibrados nas mais diversas situações de conflitos potenciais. Uma personalidade forte também nos ajuda a questionar os padrões e, quando necessário, seguir em frente em nossas convicções, mesmo que elas sejam opostas ao consenso.
10. Resiliência e lidar com desconforto
Em todas as facetas de nossas vidas nós lideramos com desconforto. Muitas pessoas fogem de situações de desconforto, e tudo bem. Mas enfrentar o desconforto nos deixa mais fortes, mais preparados, mais satisfeitos com situações comuns ou aparentemente “sem graça”.
Passar frio te faz dar valor ao calor. Passar fome te faz dar valor a qualquer tipo de comida. Dormir mal te faz dar valor a qualquer cama ou teto. Isso tudo te leva a maior resiliência e preparo para uma vida empreendedora.
11. Capacidade de comunicação
Estamos a todo momento nos comunicando. A grande maioria dos conflitos se originam da má comunicação. Uma vida empreendedora também deve estar baseada em boa comunicação, sempre buscar se expressar bem, deixar claras suas boas intenções seja qual for o momento.
12. Flexibilidade, abertura ao risco e à mudança
Não importa o quão bem feito for seu plano, profissional ou pessoal. Ele vai ter que mudar... As condições, as pessoas, os momentos, os recursos, não importa, normalmente algo sempre muda ou acontece como não esperamos. Em nossas trajetórias de vida, muitas situações inesperadas vão acontecer. E você terá que ter a flexibilidade para adaptar-se às novas condições.
To live is the rarest thing in the world. Most people exist, that is all.
Conclusões e reflexões finais
Empreender a própria vida pode ser uma postura pensada e racional.
Não se trata de seguir um modelo pré-pronto, mas de construir uma existência autêntica, alinhada com seus valores, talentos e paixões.
É sobre assumir o papel de autor, e não apenas de personagem.
A vida não vem com manual. Mas pode ser desenhada, cultivada e recriada com a ousadia de quem não teme recomeçar. Esse é o verdadeiro espírito do empreendedorismo de vida.
Se você não se identifica com os valores e princípios de ambientes que você frequenta, mude de ambiente, clima e grupos de convivência.
Se os objetivos e “sonhos padrões” por aí não te atraem, crie os seus.
Pense nos seus pilares de vida, priorize-os e equilibre-os da maneira que achar ótimo.
Se não houver um caminho, crie um.
Se não houver um mapa, desenhe o seu.
Se você não se sente preparado e capacitado para algo, prepare-se, capacite-se.
Se os seus receios e medos sobre sua imagem te freiam, lembre-se que você não deve nada a ninguém ou não deveria ter que provar nada, então vá em frente e lute pelos seus sonhos.
E se tiver que recomeçar, recomece.
Esse talvez seja o projeto mais importante que você já pensou em tocar: viver com intencionalidade, impacto, liberdade, crescimento e saúde.
Seja o grande empreendedor de sua jornada nesta vida!
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