Extremos
 
Everest
10 ANOS DE COBERTURA ONLINE DO EVEREST - TEMPORADA 2015
 
 
Encerrada a temporada 2015 do Everest. Nos vemos em 2016!
 
CUMES ALPINISTAS / SHERPAS MORTES ALPINISTAS / SHERPAS
Face Sul: 0 - Face Norte: 0 22
 

 
Três projetos de ajuda ao Nepal com apoio do Extremos
 
AJUDA AO NEPAL MANOEL MORGADO KARINA OLIANI e ROSIER ALEXANDRE RODRIGO RAINERI e CARLOS SANTALENA
 
Notícias
 

29.09.2015 - 06:15

Nobukazu Kuriki abandonou a escalada ao Everest

Um alpinista japonês que perdeu nove dedos das mãos abandonou a tentativa de chegar ao topo do Monte Everest, na cordilheira do Himalaia.

"Eu tentei usar toda a energia que me restava, mas estava demorando muito para caminhar sobre a neve", escreveu Nobukazu Kuriki em sua página pessoal no Facebook.

"Me dei conta de que se continuasse, não voltaria vivo", acrescentou.

Ele decidiu desistir do desafio após tentar chegar ao topo da montanha, a 8,848 metros de altura.

Se tivesse concluído o feito, o alpinista de 33 anos seria a primeira pessoa a chegar ao cume do Everest após o terremoto que devastou o Nepal em abril deste ano.

Foi a quinta vez que Kuriki tentou chegar ao topo da montanha nos últimos seis anos.

Ele disse que decidiu desistir da meta depois de deixar o "o último campo" na noite de sábado.

"Obrigado a todos pelo apoio", disse ele.

Kuriki seguia pela mesma rota usada por Edmund Hillary e Tenzing Norgay quando se tornaram os primeiros a atingir o pico do monte, em 1953.

O alpinista japonês diz preferir escalar durante o inverno, sozinho e com o mínimo equipamento necessário. "Essa é a forma mais pura da escalada e vale a pena o risco extra", disse ele, antes da desistência.

Ele já escalou o Everest sozinho quatro vezes nos últimos seis anos, mas foi forçado a abandonar o percurso todas as vezes.

Em 2012, ele perdeu nove dedos das mãos depois de passar dois dias preso dentro de um buraco a 8,230 metros de altura e sob temperaturas inferiores a -20C.

O incidente acabou tornando mais difícil as escaladas seguintes, pois seus movimentos são limitados.

"Eu realmente fico nervoso e com medo", disse ele à agência de notícias Reuters depois de chegar ao Nepal, há cerca de um mês.

"É uma sensação natural antes de encarar o desafio de escalar o Everest, e depois do terremoto e durante essa época do ano".

A lucrativa indústria da escalada no Nepal foi significativamente abalada pelo terremoto de 25 de abril, que matou 9 mil pessoas.

 
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18.08.2015 - 10:52

Icefall doctors estão no Campo Base para fixar rota ao Everest

Os Icefall Doctors estão no Campo Base do Everest e vão avaliar as condições para fixarem uma rota de segurança até o Campo 1, para a escalada de uma expedição japonesa ao cume do Everest neste outono no Nepal, que vai de meados de setembro a meados de dezembro.

De acordo com Gyanendra Shrestha, funcionário do Departamento de Turismo do Nepal, cinco equipes compostas por alpinistas do Japão, Estados Unidos, Áustria, Alemanha, Reino Unido e Brasil já solicitaram autorizações para escalar picos diferentes, incluindo o monte Everest e o Manaslu (8,163m).

A expedição japonesa composta pelos alpinistas Nobukazu Kuriki e Masaru Kadotani tentarão uma rara escalada a montanha mais alta do mundo no Outono.

Brasileiro

O brasileiro Cristiano Müller irá escalar o Manaslu e você poderá acompanhar pela cobertura online do Extremos a partir de 1 de setembro.

O Extremos conversou recentemente com o montanhista brasileiro Carlos Santalena sobre os acontecimentos das temporadas 2014 e 2015 do Everest e ele disse:

"Devido as mudanças nas condições climáticas que vem acontecendo nos últimos anos, pode ser que a melhor época para escalar o Everest a partir de agora seja no Outono e não mais na Primavera, como era o normal."

Carlos Santalena

A China está fechada para escalada

As autoridades chinesas anunciaram o fechamento da temporada de escalada de outono ao Shishapangma e o Cho Oyu, temendo protestos pela ocasião do 50º aniversário de controle do Tibet.

 
O Extremos criou um Infográfico que mostra a rota da avalanche mortal. Arte: Elias Luiz / Extremos (proibida a reprodução)
 

12.05.2015 - 09:40

Novo terremoto no Nepal provoca pânico e deixa mortos

Um forte terremoto de magnitude 7,3 atingiu o Nepal nesta terça-feira (12), matando ao menos 36 pessoas e ferindo 981, segundo a agência de notícias Reuters. Prédios e estruturas que estavam danificadas pelo terremoto de 25 de abril - que matou 8 mil pessoas no país - colapsaram.

O terremoto desta terça sacudiu o acampamento base para o Everest. Foi registrado a 68 km a oeste da cidade de Namche Bazar, perto do Monte Everest. Ondas de choque foram sentidas em todo o norte da Índia e em Bangladesh.

Segundo a rede CNN, 36 pessoas morreram no tremor - que teve epicentro 68 km a oeste da cidade de Namche Bazaar, perto do Monte Everest e da fronteira com o Tibet, segundo o Serviço Geológico dos EUA. O terremoto pôde ser sentido no norte da Índia e em Bangladesh. A agência de notícias France Presse fala em 24 mortos.

Nas cidades indianas fronteiriças com o Nepal morreram cinco pessoas - uma em Uttar Pradesh e quatro em Bihar, de acordo com autoridades, e a mídia chinesa relatou uma pessoa morta no Tibet após deslizamento de rochas sobre um carro.

O país ainda não se recuperou do potente sismo de abril. O forte tremor matou mais de 8 mil pessoas, deixou mais de 17.800 feridos e destruiu milhares de imóveis e monumentos. A destruição foi tamanha que o Nepal ainda continua contando mortos e buscando por desaparecidos.

 

10.05.2015 - 21:00

Temporada encerrada

O gabinete do Ministro de Turismo anunciou que irá extender o prazo de validade do alvará de escalada (permits) emitido para escalar a face sul (lado do Nepal), mas ainda falta aprovação do governo para definir os parâmetros.

Sean Wisedale e seu time (África do Sul) e mais cinco escaladores foram os últimos à se retirar do acampamento base. O governo os avisou que seria impossível fixar as cordas e escadas na cascata de gelo e acima do C2 devido a falta de equipamentos necessários.

O governo Nepalês proibiu a ascenção pela face sul nesta temporada. Agora, os dois lados da montanhas (China, Nepal) estão fechados e ambos estão oferencendo extensão para a validade dos alvarás.

Fotos

As fotos que Giles Price fez de helicóptero mostra "a pequena cidade" que é montada e desmontada todos os anos durante a primavera do hemisfério sul, como base para a escalada da montanha mais alta do mundo.

"Olhando do alto parece a colonização de um planeta."_ Giles Price
 
Montanhistas na Cascata de Gelo do Khumbu no Monte Everest, logo acima do acampamento base, cinco dias antes do terremoto desencadeou uma avalanche mortal. Foto: Giles Price / The New York Times
 
Acampamento Base do Everest, quatro dias antes do terremoto. Foto: Giles Price / The New York Times
 
Um vista em close do Acampamento Base do Everest, quatro dias antes do terremoto. Foto: Giles Price / The New York Times
 

05.05.2015 - 23:15

Podcast #72 com Karina Oliani direto de Katmandu

Falamos com Karina Oliani que está em Katmandu realizando ações de atendimento médico aos moradores de vilarejos remotos que foram atingidos pelo terremoto. Para fazer a sua doação, clique aqui!

Para fazer o download do Podcast #72 (18MB), clique aqui!
 

04.05.2015 - 13:13 - atualização #2 - 21:43

Everest vai reabrir para escalada

Apesar do SPCC se mostrar contra a reabertura do Monte Everest, o Ministro do Turismo está firme em declarar que a montanha reabrirá nos próximos dias. A pressão está sobre o MT e no NMA para continuar com as expedições. A economia do Nepal depende em grande parte do turismo.

De acordo com o Sr. Tulsi Gautam, diretor do Departamento de Turismo do Nepal, os doutores da cascata de gelo começaram hoje a fixar as cordas e escadas na cascata de gelo Khumbu. Ontem, Sean Wisedale (África do Sul) começou seu trekking de volta ao campo base para ver o desempenho dos Sherpas e fazer a decisão se deve continuar com sua expedição ou cancelá-la. Wisedale encontrou com o grupo de Sherpas responsáveis pela manutenção da cascata de gelo enquanto os doutores da cascata de gelo aguardavam o helicóptero em Namche para levá-los até o campo base do Everest.

Russell Brice cancelou sua expedição após muito criticismo da comunidade montanhista internacional, mas parte de sua expedição decidiu continuar escalando. O Sr. Brice informou ao Ministro de Turismo que não se responsabilizará pelos membros de sua expedição que decidiram ficar no campo base do Everest mesmo que ele tenha se comprometido com a logística deles.

Os Sherpas dependem do turismo no Nepal e estão dispostos a voltar ao trabalho por motivos financeiros. O presidente da Associação de Montanhismo do Nepal (NMA), Ang Tshering, disse ontem que "depende do desejo dos clientes "It's up to the wishes of the clients," e ainda concluiu "Os Sherpas querem fazer de acordo com o desejo dos clientes", "The Sherpas will do according to the clients' wishes".

O NMA estima que cerca de 40 pessoas continuarão a escalada do Everest em 2015.

21:43 - Cem mortos são encontrados no vilarejo de Langtang

Funcionários nepaleses e voluntários locais encontraram os corpos de 100 trekkers e aldeões enterrados em Langtang, devido a uma avalanche causada pelo terremoto de 25 de abril.

Langtang, fica nas montanhas a 65 km ao norte de Katmandu, possuia 55 lodges. A região é muito popular entre os trekkers estrangeiros. A vila inteira foi dizimada na avalanche, dizem as autoridades. Os 100 corpos foram recuperados após uma operação de busca exaustiva por 600 trekkers e pessoal de apoio em busca dos desaparecidos desde que o terremoto atingiu há nove dias.

"Voluntários locais e a policiais estão cavando até 2 metros de neve profunda com pás à procura de mais corpos", disse Gautam Rimal, dirigente distrital assistente chefe de Langtang.

Entre os mortos estão pelo menos sete estrangeiros, mas apenas dois foram identificados, disse Rimal. Autoridades dizem que mais 120 pessoas podem estar enterradas sob a neve. Os esforços de resgate demoraram a chegar à aldeia devido ao mau tempo.

O número de mortos do terremoto já passa de 7.300 pessoas. Mais de 400 pessoas morreram em Langtang, e centenas ainda estão desaparecidas.

O vilarejo de Langtang foi dizimado por uma avalanche causada pelo terremoto. Na imagem o antes e depois da avalanche. Foto: Andrew e Annemarie
 

03.05.2015 - 02:42 - atualização #2 - 12:00

Podcast com Rosier Alexandre

Gravamos o Podcast #71 com Rosier Alexandre, diretamente de Katmandu. Falamos sobre o terremoto e a avalanche que devastou o Campo Base do Everest. Rosier contou onde estava no momento do terremoto e o que se passou. Podcast impredível!

Para fazer o download do Podcast (39MB), clique aqui!
 

12:00 - Análise do terremoto

Cientistas analisaram o terremoto de magnitude de 7.8 que aconteceu no dia 25 de abril com imagens atualizadas de satélite. Através dos estudos eles concluíram que não haverá um grande terremoto nos próximos dias. Mas tremores secundários acima de uma magnitude 5.0 está previsto para ocorrer por pelo menos mais cinco meses, o que poderia perturbar os esforços de ajuda e ameaçam os moradores que residem no caminho de potenciais avalanches.

Perto do limite das placas tectônicas da Índia e da Eurásia, em azul, mostra áreas de elevação de até 80 centímetros para o satélite (chamado de "linha de visão"), que pode ser causado por uma elevação vertical de 1 m. A área amarela retrata áreas de subsidência, um movimento que ocorre muitas vezes como um movimento contra a elevação em zonas de subducção (onde uma placa mergulha abaixo da outra) durante os terremotos. Além disso, um deslocamento horizontal norte-sul de até 2 m foi detectado.

Em primeira análise os cientistas informaram que a altitude do Everest (8.848m) não foi alterada. por se localizar mais ao leste do epicentro e apesar da região mais ao norte do Nepal ter se deslocado 2 metros horizontalmente, isso pouco muda em relação ao aumento vertical do Everest.

Cientistas analisaram a imagem de satélite da ESA e concluíram que nos próximos 5 meses o Nepal sofrerá tremores secundários.
 

02.05.2015 - 10:35 - atualização #2 - 10:50

Os brasileiros

Conheça os 13 brasileiros que já escalaram o Everest: 1º Waldemar Niclevicz - 2º Mozart Catão - 3º Irivan Burda - 4º Vitor Negrete - 5º Ana Elisa Boscarioli - 6º Rodrigo Raineri - 7º Eduardo Keppke - 8º Manoel Morgado - 9º Cleo Weidlich - 10º Carlos Santalena - 11º Carlos Canellas - 12º Karina Oliani - 13º Jefferson dos Reis

Esses são os 13 brasileiros que já estiveram no cume do Everest (8.848m)
 

10:50 - Vídeo

Terremoto no Nepal: Britânica grava vídeo ao ser atingida por avalanche. Annie Tinsley estava a meia hora de chegar ao base de campo do Monte Everest quando tremor atingiu o país.

 

01.05.2015 - 07:46

A Himex, agência de Russel Brice não vai escalar o Everest

Ontem, Russel Brice disse que estava avaliando a possibilidade de continuar a escalada do Everest, mas disse que ainda iria decidir sobre isso. O governo do Nepal chegou a liberar para caso ele precisasse o uso de helicóptero do BC para o C1.

Mas após avaliar todas as condições que o Nepal vem sofrendo e também o risco de novos terremotos e avalanches nas encostas do Everest, ele decidiu que toda a sua equipe vai se retirar do Campo Base do Everest e descer para Lukla.

Nos últimos 4 anos Russell Brice cancelou a sua expedição ao Everest 3 vezes. Em 2012 ele cancelou porque havia risco de queda de rochas na parede do Lhotse. Em 2013 não houve problema. Em 2014 e 2015 as expedições encerraram a temporada depois da avalanche na Cascata de Gelo e no Campo Base, respectivamente.

 

Com essa decisão da HIMEX (Himalayan Experience) uma das maiores e mais influentes agências no Everest, é praticamente certo que em 2015 não veremos nenhum cume pela Face Sul (Nepal). Até mesmo na Face Norte (Tibet) é difícil que isso aconteça, já que o governo chinês também deu por encerrada a temporada por lá.

1974 foi o último ano que o Everest não foi escalado. Será que isso se repetirá em 2015?

 

30.04.2015 - 08:10 - atualização #2 - 13h30

As campanhas de ajuda ao Nepal com apoio do Extremos

O Extremos está apoiando três projetos de ajuda ao Nepal criado por nossos colunistas: Manoel Morgado, Karina Oliani, Rosier Alexandre, Rodrigo Raineri e Carlos Santalena. Escolha o projeto e faça a sua doação.

• Manoel Morgado e Extremos

Projeto de ajuda aos vilarejos Sherpas do Nepal: http://goo.gl/RrWGO2

• Karina Oliani, Rosier Alexandre e Extremos

Projeto de ajuda ao Nepal: http://goo.gl/UfSUs0

• Rodrigo Raineri, Carlos Santalena e Extremos

Projeto de ajuda aos vilarejos do Nepal: http://goo.gl/2au2AB

Sem lugar para se refugiar Mingma Phuti Sherpa e seu filho Lhakpa Tenzing em frente a sua casa que desabou no vilarejo de Thame, horas depois do terremoto. Foto: David Morton
 

13:30 - Governo diz que os Icefall Doctors estão retornando para o Everest

O Departamento de Turismo no âmbito do Ministério da Cultura, Turismo e Aviação Civil do Nepal, anunciou hoje que será retomada todas as atividades de escalada na região do Monte Everest dentro de uma semana, informou que já mobilizou os Icefall Doctors a reconstruírem a rota da Cascata de Gelo que foi danificada pelo terremoto.

Tulsi Gautam, Director General do DoT, informou que a temporada de escalada não encerrou no Everest e nas montanhas da região. Cinco Icefall Doctors já foram acionados a partiram de Namche Bazaar em direção ao Campo Base com equipamentos necessários para iniciarem o trabalho de fixação da rota. O terremoto atrasou o ciclo de aclimatação em uma semana, mas ele acredita que haverá tempo hábil para a escalada.

DoT emitiu as seguintes licenças:
- Everest: 358 licenças de escalada para 42 equipes.
- Lhotse: 118 licenças de escalada para 12 equipes.
- Nuptse: 34 licenças de escalada para 4 equipes.

 

29.04.2015 - 05:45 - atualização #8 - 20:00

Próximo do fim, mas ainda há uma chance de ataque ao cume

O presidente da Associação de Montanhismo do Nepal (NMA) afirma que o ministro do turismo fechou a Monte Everest para escalada. O chefe da equipe dos doutores da cascata, Dorchi, baixou para seu vilarejo para ficar junto aos seus familiares e não tem outra pessoa encarregada da segurança na Cascata. O SPCC não autorizou a subida de escaladores desde o terremoto até o momento. Os únicos autorizados são os Sherpas e guias com expedição no Everest que estão fazendo depósito ou remoção de equipamentos na montanha (C1 e C2).

06:00 - Vídeo em tributo aos mortos no terremoto e avalanche

Nossos corações estão com os que foram afetados pelo terremoto no Nepal, e oramos para as mais de 4.000 pessoas que perderam suas vidas em 25 de abril de 2015.
Esta é a nossa experiência no Campo Base do Monte Everest após a avalanche.
Esta é a nossa homenagem aos mortos.

 

06:05 - Karina Oliani

A médica e colunista do Extremos, Karina Oliani, viajará de São Paulo para Katmandu na quinta-feira. Ela irá ajudar na assistência aos feridos do terremoto. Em breve Karina Oliani lançará com o apoio do Extremos um canal de ajuda aos nepaleses para que todos os brasileiros que quiserem, também possam ajudar.

06:10 - Manoel Morgado

O médico, montanhista e também colunista do Extremos, Manoel Morgado, lançou com apoio do Extremos um campanha de ajuda para reconstrução de pequenos vilarejos Sherpas. Para quem quiser colaborar, doar e saber mais, clique neste link.

O Extremos tem uma estreita relação com o Nepal, junto com diversos montanhistas já ajudamos em ações humanitárias em outras ocasiões e agora faremos o mesmo.

06:50 - Extremos, 10 anos de cobertura online do Everest

Desde os anos 90 temos interesse nas expedições e livros sobre a região. O interesse se intensificou com as primeiras expedições brasileiras ao Everest.

Em 2003 recebemos o convite de Vitor Negrete para fazermos o trekking ao Everest, mas na ocasião não pudemos realizá-la. Em 2003 criamos o site de Vitor Negrete como apoio a expedição que Rodrigo Raineri e ele fariam em 2005 ao Everest.

Em 2005 o Extremos, com o nome ainda de Portal do Trekking, realizou a primeira Cobertura Online em que acompanhamos o ataque ao cume do Everest de Rodrigo Raineri e Vitor Negrete. Nos primeiros anos (2005, 2006 e 2007) fazíamos apenas a Cobertura do Ataque ao Cume do Everest. Tendo noticiado desde então em primeira mão todas as conquistas brasileiras na montanha mais alta da Terra.

Em 2008, já com o lançamento do Extremos, realizamos a partir deste ano a Cobertura Online de toda a temporada do Everest (março, abril e maio).

Em 2010, junto com a Grade6 e com o guia e colunista do Extremos, Carlos Santalena, realizamos o trekking ao Campo Base do Everest, sem dúvida uma das trilhas mais bonitas do mundo, além de toda bagagem cultural que torna essa jornada ainda mais rica. Aproveitamos nesta mesma viagem para visitar Lhasa a capital do Tibet, durante o trajeto passamos pela Face Norte do Everest, indo até Tingri, o último vilarejo antes do Campo Base, onde as expedições descem depois de um ciclo de aclimatação. Na volta de Lhasa sobrevoamos próximo ao cume do Everest, dando assim mais um ponto de vista desta fantástica montanha.

Toda essa bagagem de conhecimento nos ajuda a cada ano a transmitir um pouco do que é uma expedição ao Everest. E sempre temos colaborações e assistências em informações de montanhistas que já estiveram no cume, e no qual respeitamos muito e enriquecem a nossa Cobertura Online, como: Waldemar Niclevicz, Ana Elisa Boscarioli, Rodrigo Raineri, Manoel Morgado, Cleo Weidlich, Carlos Santalena, Carlos Canellas, Karina Oliani e Jefferson dos Reis, como também de Thomaz Brandolin, que chefiou a primeira expedição brasileira ao Everest em 1991. Agradecemos muito a todos eles, pois estão sempre prontos a colaborar, tirar as dúvidas e nos informar em diversas ocasiões sobre os mais variados temas sobre o Everest. Tornando assim o Extremos uma referência no Brasil e no mundo como uma fonte confiável e rica em informações sobre as expedições ao Everest.

Todos os anos o Extremos ajuda a alimentar diversas agências de notícias como a Rede Globo, Record, Veja, Época, IstoÉ, G1 e diversas outras revistas e jornais em todo o Brasil.

E lá se vão 10 maravilhosos anos de Cobertura Online do Everest. Obrigado a todos por nos acompanharem. Fiquem ligados, a temporada ainda não está encerrada.

O Monte Everest (8.848m). Foto: Elias Luiz
 

10:26 - Colaboração de Cleo Weidlich

De acordo com o chefe da CTMA (China Tibet Mountaineering Association), ele recebeu ordem da CMA (China Mountaineering Association) em Beijing para fechar todas as altas montanhas no Tibet (inclui Shishapangma e Cho Oyu) enquanto a avaliação de segurança está sendo feita. A CTMA, braço regional da CMA, gerencia todas as montanhas no Tibet, com excessão do Monte Everest onde a CMA mantém sua presença.

De acordo com o governo do Nepal, 250 pessoas estão desaparecidas numa região de trekking chamada Wasuva, após uma poderosa que avalanche destruiu a cidade de Ghodatabela. Esta é uma área muito popular com turistas, pois nessa área está um dos Parques Naturais mais lindos do Nepal.

     
O vilarejo antes.  
O vilarejo depois da avalanche.

11:25 - A lista dos mortos

Lista oficial das vítimas no BC Everest emitida pelo Sr. Ang Tshering, presidente do NMA:

Dreamers Destination expedição do Lhotse

1) Zhenfang Ge (Líder da Expedição, China), 25-07-1971
2) Yomagato Horoshi (Trekker, Japan), 10-2-1959

Primeira Expedição Feminina no Everest

3) Renu Fotedar (F) (Australia): 22-7-1965
4) Lakpa Chhiring Sherpa (Porteador de alta altitude, Nepal), 18-4-1982

Campanha "Step Up Everest"

5) Shiva Kumar Shrestha (ajudante de cozinha, Nepal), 20-8-1989

Jagged Globe Expedição Everest

6) Daniel Paul Fredinburg (USA): 8-9-1981

Madison Mountaineering Expedições Everest e Lhotse

7) Marisa Eve Girawong, (USA) (médica acampamento base), 24-12-1986

Expedição do Adventure Consultants

8) Dawa Tsering Sherpa (Chawrikharka, Nepal) (Porteador em altitude), 31-1-1982
9) Pema Yishi Sherpa (Bung, Nepal) (Porteador de alta altitude), 25-11-1989
10) Chhimi Dawa Sherpa (Khumjung, Nepal) (Porteador de alta altitude), 28-8-1987
11) Pemba Sherpa (Solu, Nepal) (ajudante de cozinha), 25-2-1996
12) Maila Rai (Bung, Nepal) (ajudante de cozinha), 09-5-1973

Tim Mosedale Everest Expedition

13) Pasang Temba Sherpa (ajudante de cozinha, Nepal)
14) Krishna Kumar Rai (ajudante de cozinha, Nepal)
15) Tenzing Bhote (Porteador de alta altitude, Nepal)

Trekker

16) Vinh B Truong (Trekker, Vietnamita-Americano)

TET Filmes e Fotografias

17) Tom Taplin (Documentarista, USA), 61 anos

Dois ainda não identificados

18) não identificado
19) não identificado

Três sherpas morreram na Cascata de Gelo no dia 26 de abril

20) não identificado - (Doctor Falls, Nepal)
21) não identificado - (Doctor Falls, Nepal)
22) não identificado - (Doctor Falls, Nepal)

20:00 - Colaboração de Cleo Weidlich

O Tibet está fechado aos escaladores internacionais.

A CMA cancelou todas as expedições do Monte Everest e todas as outras expedições nas montanhas dentro do Tibet. A ordem é para todos os escaladores deixarem o Tibet, logo. Os Chineses acreditam que as atividades sísmicas irão continuar nessa região, tornando as escaladas bastante perigosas devido aos possíveis deslizamentos de pedras e gelo nas encostas da montanha no lado norte. A CMA e CTMA estão cooperando com as agências internacionais de trekking e escaladas dentro do Tibet para a saída dessas pessoas por Lhasa, pois a estrada que liga Tibet à Nepal está fechada e sem previsão de reabertura.

No Nepal, o Ministro de Turismo e Aviação Civil faz apelo ao público para não usarem helicópteros como meio de evacuação quando não necessário. Há muitas emergências nos vilarejos mais afastados como também no Vale de Katmandu.

O Sr. Russell Brice, proprietário da Himalayan Experience (HIMEX) decidiu ficar no Everest Sul para pensar mais um pouco se deve ou não continuar com sua expedição "O nosso time Himex permanecerá no acampamento base do Mt. Everest durante os próximos dias e então decidiremos se vamos continuar com nossa expedição ou não," disse o Sr. Brice. O porta voz do ministro de turismo indicou que o uso de helicóptero para os clientes do Sr. Brice somente serão disponíveis quando eles não forem mais necessários para suprir a necessidade das vítimas do terremoto. Hoje pela manhã, o Sr. Russell Brice teve uma reunião com o Ang Tshering (presidente do NMA) e o secretário do Ministro de Turismo. Após a reunião, Brice informou

"Ele nos deu permissão para ficar no Campo Base do Everest e levar a carga da nossa expedição via helicóptero até o Campo 1, mas somente após os helicópteros terminarem suas operações de resgate, que naturalmente nós concordamos totalmente."_ Russell Brice, chefe da agência Himex
Russell Brice, um dos maiores lideres de agências recebeu carta branca para continuar no Everest e até utilizar helicóptero do BC para o C2.
 
 

28.04.2015 - 17:41

A tragédia - por Rosier Alexandre

Neste momento escrevo de Debuche (3.800m) retornando para Katmandu onde devo chegar em mais 3 ou 4 dias. Neste momento estou em ambiente seguro, diferente dos que estive nos últimos dias.

No último dia 23 escalei a temível Cascata de Gelo, trecho de maior risco em todo o Everest, utilizando a nova rota aberta este ano, evitando a rota que sofreu a avalanche de 2014, e cheguei salvo ao primeiro acampamento avançado. Acampamos em uma plataforma de gelo cheia de gretas por todos os lados, mas ainda considerada segura. Dia 24 descansamos para seguir em frente no dia seguinte.

Dia 25 acordamos cedo e o tempo parecia normal, caia neve além do normal, mas isso não é um problema. Por conta do frio e do tempo fechado, tomamos café um pouco mais tarde e às 9h40 pegamos nosso caminho para o dia de menor esforço físico de toda a escalada. Saímos de 6.120m do Campo 1 para o Campo 2, que está a 6.550m. Além de um desnível de apenas 430m temos um pequeno sobe e desce nos primeiros 30 minutos, depois mais 39 minutos de zigue-zague contornando imensas gretas e depois seguimos um linha reta com uma subida bem suave.

Vista panorâmica de Gorak Shep. Foto: Roiser Alexandre
 

Por volta de meio-dia, tudo transcorria bem, enquanto caminhávamos com tempo fechado pela neve que caía sem parar. Nosso grupo de 12 alpinistas estava dividido em 3 subgrupos, eu estava no primeiro grupo, liderado por Garret Madison, o segundo grupo estava uns 500 metros atrás, mas a neve não nos permitia contato visual, o terceiro, ainda mais atrás. O contato entre os grupos se dava apenas por rádio. Escutamos um imenso estrondo, paramos e tentamos identificar de onde vinha, veio um segundo estrondo seguido de outros, mas a nevasca não nos permitia ver de onde era, apenas sabíamos que havia avalanches vindas de todos os lados. Neste momento a plataforma de gelo começou a tremer sem parar, parecia que o iríamos ser sugados. Garrett, enquanto procurava identificar de onde vinha o maior perigo, nos disse para colocarmos o buff (lenço) sobre a boca e o nariz. Todos estávamos em pânico, escutávamos várias avalanches e sequer sabíamos identificar de onde vinham. Passado o sufoco, todos estavam ofegantes e Garrett então decretou um break para lanche e hidratação. Ele entrou em contato com os demais guias que confirmaram ter passado pela mesma situação, porém estavam bem.

Por volta de 12h30, quando estávamos chegando ao Campo 2, Garrett entrou em contato com o Campo Base via rádio e foi informado que uma avalanche de proporções gigantesca havia descido da encosta do Pumori, que o Campo Base havia sido destruído e nossa médica, Dra. Eve, estava gravemente ferida e havia muitos desaparecidos. Tudo foi destruído e apenas o rádio funcionava precariamente. Depois de mais alguns contatos informaram que meu filho Davi, que estava no Campo Base, estava bem e havia sido levado para Gorak Shep, junto com Michael, cinegrafista da NBC e Ron, nosso colega australiano que havia desistido da escalada na Cascata de Gelo.

Por volta de 13h recebemos informações de que havia ocorrido um terremoto, que as avalanches foram simultâneas e incluíam praticamente todas as montanhas do Nepal. Posteriormente soubemos que em Katmandu havia mais de mil mortos. Claro que eu fiquei muito preocupado com o Davi. Depois de muitas tentativas consegui uma ligação para a Danubia (minha esposa) e lhe disse o que sabia até o momento e, em menos de 1 minuto, a ligação caiu. A tensão foi aumentando à medida que recebíamos notícias e sabíamos a dimensão do problema. A cascata de gelo ruiu completamente, logo estamos presos a 6.500 metros de altitude e precisamos pensar numa saída.

     
Davi Saraiva, filho de Rosier com um guia Sherpa. Foto: Rosier Alexandre  
Equipe da Madison Mountaineering no C2 do Everest. Foto: Rosier Alexandre

Garrett nos reúne e diz que a Cascata de Gelo está destruída e pode levar dias para ser recuperada, e nossos suprimentos de comida ainda não haviam subido, logo precisamos racionar todos os suprimentos. A noite Garrett informa que a Dra Eve não resistiu aos ferimentos e faleceu, o clima não podia ser pior. Nossa saída dali só tinha dois caminhos, uma operação com helicóptero ou a Cascata de Gelo. E falar em dias para recuperar a Cascata de Gelo é muito otimismo. Na reunião seguinte, Garrett nos informa que 6 helicópteros estavam em Lukla e esperavam apenas bom tempo de voo para nos resgatar, mas sabemos que um resgate a esta altitude é de grande risco e custos muito elevados. Nossos seguros podiam cobrir isso, mas o clima estava ruim e com previsão de mais 3 dias de nevascas. A tensão só aumenta.

Às 15h quando eu estava começando a arrumar a barraca a terra voltou a tremer fortemente e muitas avalanches voltaram a ocorrer piorando ainda mais a situação. A noite foi possivelmente a pior da minha vida, eu não conseguia comunicação com o Davi nem com minha família, não dormi um só minuto. Amanheceu mais um dia, o sol brilhou por poucos minutos e tensão continuava. Por volta de 13h a terra voltou a tremer. Estávamos na barraca restaurante e tudo foi chacoalhado, neste momento os olhares eram estarrecedores, todos se entreolhavam assustados e sem sabem o que fazer.

À tarde, vencido pelo cansaço e a tensão, entrei na barraca e dormi das 14 às 16 horas. No final da tarde a nevasca deu lugar a um lindo por do sol que parecia nada ter acontecido, mas isso não aliviava em nada o clima de dúvidas, medo e incertezas.

     
Campo 2 (6550m) do Everest. Foto: Rosier Alexandre  
Por do Sol no C2 (6550m) do Everest. Foto: Rosier Alexandre

À noite Garrett nos disse que ao amanhecer deveríamos descer para o Campo 1, onde era menos seguro, mas era ali que iríamos esperar o possível resgate.

A crise parecia estar se encaminhando para uma solução.

O dia amanheceu com tempo aberto, e eupassei mais uma noite sem dormi um só minuto, a noite foi a mais fria que lembro já ter passado.

Levantei às 6h45 sob um frio cortante, mas a esperança de um resgate era mais forte. Levantei, me equipei e fui tomar café. O frio era tamanho que meus pés e mãos começaram a esfriar.

Sabendo da tragédia e eu preso sem poder fazer nada. Eu fiquei arrasado. Cada voo com 2 passageiros... Uma mistura de terror, euforia e alegria. Em 2014 me vejo envolvido na maior tragédia da história do Everest, onde 16 Sherpas morreram na avalanche da Cascata de Geo. E e em 2015 numa maior ainda, com meu filho Davi no olho do furacão.

Rosier Alexandre
direto de Debuche, Nepal

 

28.04.2015 - 07:00 - atualização #6 - 11:10

Brasileiros encerram expedições e estão fora do Lhotse e Everest

Carlos Santalena e Eduardo Sartor anunciaram o fim da expedição ao Lhotse.

"Ontem estivemos no campo base e demos por cancelada nossa expedição. Tínhamos um cozinheiro que estava assustado e apenas mantendo os restos do acampamento e o sherpa Gyalzey que foi resgatado com ferimentos na cabeça. Diante da catástrofe estamos descendo amanhã para Tengboche afim de chegar em Khumjung e Kongde e começar o auxílio nestas que foram um dos vilarejos mais devastados da região. A Grade6 estará cordenando este auxílio. Neste momento qualquer ajuda é bem vinda. Para colaborar atendimento@grade6.com.br"_ Carlos Santalena, direto de Lobuche

07:14 - Rosier Alexandre também voltará ao Brasil

Como anunciamos em primeira mão ontem, hoje a agência que Rosier Alexandre faz parte, a Madison Mountaineering divulgou uma nota oficial que está abandonando o Everest e todos os seus clientes retornarão o mais rápido possível para Kathmandu.

Rosier Alexandre está neste momento em Deboche e deve chegar a Katmandu em 3 ou 4 dias.

08:45 - Fatima Williamson

A IMG (International Mountain Guides), agência da brasileira Fatima Williamson anunciou que está desmontando acampamento e vão descer para Lukla.

Finalmente o Extremos conseguiu falar com a Fatima.

"Nós terminamos o segundo ciclo de aclimatação, mas ficamos presos no Campo 2 e salvos por helicópteros ontem. A nossa expedição foi cancelada e começaremos a descida amanhã sem saber direito o que nos espera em Katmandu.
O meu voo de helicóptero foi cancelado hoje e a única opção para descer é de trekking. A Icefall rota foi destruída no segundo tremor e não tem tempo suficiente para reconstruir a rota e terminar aclimatação em tempo para tentar o ataque ao cume. O Campo Base do Everest foi muito destruído e tem ainda corpos espalhados esperando para serem levados para Katmandu. Situação devastadora, muito triste!"
_ Fatima Williamson, direto de Gorak Shep

08:55 - Cleo Weidlich colaborando com a cobertura do Extremos

O governo Chinês, através da Associação de Montanhismo Chinês (CMA), emitiu nota suspendendo a subida no Everest pelo lado Tibetano. Essa ordem são de cinco dias, a reabertura depende do resultado da avaliação que está sendo feita nesses dias. A Amical Alpin, uma das maiores agencias de montanhismo da Alemanha encerrou sua expedição no lado Tibetano, outras estão aguardando a decisão do governo Chinês.

Duas agências, uma Nepalesa e outra Neozelandesa foram as que tiveram o maior número de mortos. Dreamers Adventure Treks and Expeditions (Nepal) perdeu 4 pessoas, incluindo 2 Nepaleses, 1 Chinês, e uma cidadã australiana, a Renu Fodarte.

Adventure Consultant (Nova Zelândia) perdeu:
- Dawa Tsering Sherpa from Chawrikharka
- Pema Yishi Sherpa from Bung
- Chhimi Dawa Sherpa from Khumjung
- Pemba Sherpa from Solu
- Maila Rai from Bung

Estados Unidos perdeu: Vinh Truong (estava fazendo trekking, mas estava no Everest BC na hora da avalanche), Dra. Eve Girawong (Madison Mountaineering), Tom Taplin (documentarista), Daniel Fredinburg (executivo da Google).

Japão: um escalador de 50 anos

Os nomes das demais vítimas ainda não foram publicadas pendendo o aviso aos familiares.

Correção: muitos estão publicando matérias sobre a tentativa da Melissa Arnot se tornar a primeira Americana a subir o Everest sem o uso de oxigênio suplementar. Infelizmente para Arnot, ela e a equipe não sabiam que uma mulher Americana já havia culminado o Everest sem o uso de oxigênio suplementar. Feito por Francys Arsentiev, nascida Francys Yarbro. Ela faleceu na descida após tal feito no dia 24 de Maio, 1998. Ela tinha 40 anos.

09:50 - Miss Elizabeth Hawley está bem

A maior pesquisadora do Everest e das montanhas do Nepal, Miss Elizabeth Hawley, 91 anos, se encontra bem. Segundo informa sua ajudante Billi Bierling: "Ela está bem, sentada na mesma mesa em que sentou durante o último grande terremoto em 1960."

11:10 - A maior operação de resgate

Helicópteros resgataram todos os mais de 200 alpinistas que estavam no C1 e C2 do Everest. Essa foi considerada a maior operação de resgate da história da montanha mais alta da Terra.

Todos os alpinistas foram resgatados do C1 e C2 do Everest. Foto: Reuters
 
     
Sherpas fazem resgate das vítimas da avalanche no Campo Base do Everest.  
Barracas destruídas no Campo Base do Everest. Foto: Reuters
 

27.04.2015 - 04:32 - atualização #14: 21:36

Começou o resgate dos alpinistas que estavam no C2

Rosier Alexandre desceu hoje para o C1 onde um helicóptero fez a sua evacuação para o Campo Base do Everest. Ao descer Rosier disse:

"O cenário do Campo Base parece de guerra."_ Roiser Alexandre via telefone Satelital do Campo Base

Rosier segue agora para Gorak Shep, em uma caminhada de pouco mais de 1h. Ele também informou que o tempo está bom e mais resgates devem acontecer do C1 para o BC.

04:32 - Davi Saraiva

Davi, filho de Rosier, fez contato por telefone de Gorak Shep, ligação rápida e falhando muito. Ele está bem sem nenhum dano físico, além de alguns leves arranhões na pele, mas nada que prejudique o rendimento físico. Ele retornou hoje ao Campo Base para pegar os equipamentos, mochilas e outros itens abandonados na montanha. Confirmou que tem mantimentos suficientes. Viu vários helicópteros sobrevoando o Campo Base.

09:05 - Carlos Santalena e Eduardo Sartor

Falamos com Carlos Santalena que foi hoje ao Campo Base do Everest. Ele descobriu que a sua barraca não existe mais, foi atingida pela avalanche. Pensando pelo lado positivo, foi bom eles estarem guiando o grupo de trekkers brasileiro pelas trilhas da região do Vale Khumbu, pois no momento da avalanche não estavam no Campo Base.

Mas por outro lado Carlos acredita que agora é difícil pensar em continuar a expedição. Eles tinham uma pequena estrutura, dependiam de apenas dois sherpas. Um sofreu ferimentos e o outro está assustado. Mas ainda vai avaliar qual decisão que irá tomar.

Carlos Santalena e Eduardo Sartor já estão de volta a Lobuche.

09:10 - A temporada pode ser cancelada?

Sim, essa é uma possibilidade que existe. Mas no momento o assunto não é esse. Todas as expedições estão esperando esse momento mais crítico passar, para poderem avaliar o que restou dos seus acampamentos. Outras expedições estavam preocupadas em tirar os seus alpinistas que estavam presos no C1 e C2, e isso já foi feito hoje.

A avalanche causou um grande atraso, a rota da Cascata de Gelo ainda precisa ser consertada, muitos agências não conseguiram fazer o seu primeiro ciclo de aclimatação. Mas por outro lado, a Fatima Williamson e sua agência está com o ciclo de aclimatação em dia, acabaram de fazer o 2º ciclo.

Rosier Alexandre e sua equipe finalizaram agora o 1º ciclo de aclimatação. O momento é de espera e avaliação.

09:40 - Mortes em todo o Nepal

O terremoto causou 3.726 mortes em todo o Nepal. Esse foi o mais trágico terremoto de todos os tempos no país e os números ainda podem aumentar.

10:37 - Número de mortes na região do Campo Base do Everest

No final de semana o número de mortos chegou a 22, mas hoje foi rebaixado para 17. Esses números ainda são confusos devido ao caos instaurado no momento pós avalanche e resgates.

Durante os próximos dias esse número deve se estabilizar e deverão ser divulgados os nomes dos mortos.

11:10 - Fatima Williamson

Fatima Williamson também já foi resgatada do C1 e já está com Campo Base. Ela está bem.

11:32 - Mais 3 sherpas morreram ontem

Devido a uma avalanche ocorrida após terremotos secundários, 3 sherpas morreram ontem na Cascata de Gelo. Seus corpos já foram evacuados da montanha.

12:45 - Em primeira mão

Recebemos informações que duas das grandes agências, a Alpine Ascent International e a Adventure Consultants já cancelaram as suas expedições ao Everest, mas até o momento não divulgaram porque ainda devem resolver a logística de retirada de todo o pessoal do Nepal. Essa informação ainda é extraoficial.

Se for confirmada essa informação, deverá acontecer o mesmo que no ano passado, resultando na desistência da maioria das agências e o cancelamento da temporada.

Lembrando que em 2014 apenas a chinesa Jing Wang chegou ao cume do Everest pela face sul. Após o cancelamento de todas as expedições devido a avalanche que matou 16 sherpas na Cascata de Gelo, ela voo de helicóptero do Campo Base para o C2 e de lá fez toda a escalada com uma equipe de sherpas.

13:19 - Kilian Jornet

Kilian acabou de confirmar que embarcará hoje da Europa para Katmandu. Mesmo com as informações da tragédia no Nepal, ele resolveu manter os planos de viajar, mas cancelou a sua escalada de velocidade do Everest. Ele está indo ao Nepal para ajudar no que for possível.

"Sin embargo, no seguiremos el planing que teníamos previsto. Queremos colaborar, en la medida que sea posible, en el apoyo en la montaña y en zonas remotas, donde se nos necesite.
Nepal es un país que llevamos en el corazón, y es por ello que hemos decidio continuar con el viaje."
_ Kilian Jornet

13:23 - Rosier Alexandre fora do Everest

Mais uma agência que irá anunciar nas próximas horas o cancelamento de sua expedição. É a Madison Mountaineering, com isso Rosier Alexandre pelo segundo ano consecutivo tem sua expedição cancelada e sua tentativa de conclusão do Projeto 7 Cumes adiado.

Também fazia parte desta agência, entre outros, a guatemalteca Andrea Cardona e o alpinista e cronista do Everest, Alan Arnet, ambos iriam escalar o Lhotse.

Rosier está em Gorak Shep e amanhã desce para Namche Bazaar.

16:50 - Manoel Morgado e o Extremos lançam campanha

Projeto de reconstrução de pequenos vilarejos Sherpas é a campanha do Manoel Morgado e do Extremos em apoio as famílias dos pequenos vilarejos afetados pelo terremoto do dia 25 de abril. Leia o artigo e faça a sua contribuição. Obrigado a todos!

17:08 - Número de mortos no Nepal e região

Ao cair da noite pelo menos 3.954 pessoas foram oficialmente reconhecidas como mortas no Nepal, Índia e China, como resultado do terremoto. Funcionários nepaleses dizem que há mais de 7.000 feridos.

21:36 - Cancelamento da temporada 2015 do Everest na Face Sul

Há informações que amanhã ou nos próximos dias será anunciado oficialmente o cancelamento da temporada 2015 do Everest na Face Sul (Nepal), em decorrência das 20 mortes no Campo Base e Cascata de Gelo e também em respeito as milhares de mortes em todo o Nepal.

Outro motivo importante é a questão de segurança dos alpinistas, já que quase todos os dias essa região do Nepal vem sofrendo abalos secundários. Além de que todas as provisões das expedições estão em baixa depois do estrago que a avalanche fez no Campo Base.

Por enquanto essa é uma informação extraoficial e que deverá ser confirmada em breve com o pronunciamento oficial das autoridades do ministério do turismo do Nepal.

Na Face Norte (Tibet) o governo chinês suspendeu a escalada ao Everest.

Sherpas fazendo resgate das vítimas da avalanche no Campo Base do Everest. Foto: Roberto Schmidt/AFP
 
     
Foto do acampamento destruído de Carlos Santalena no Campo Base do Everest.  
Lodges destruídos em Lobuche, após o terremoto. Foto: Carlos Santalena
 

26.04.2015 - 17:09

O primeiro vídeo da avalanche é assutador

Veja o primeiro vídeo da avalanche filmado por um alpinista direto do Campo Base do Everest. É assustador, não tem para onde correr!

 
 

26.04.2015 - 08:52 - atualização #6: 12:55

A nova maior tragédia no Everest (sobe para 22 mortes)

Subiu para 22 mortes no Everest em mais recente atualização e também há pelo menos 60 feridos decorrentes do terremoto de magnitude 7.9 que atingiu o Nepal e matou mais de 2.500 pessoas na região de Katmandu, neste sábado dia 25 de abril. O epicentro do terremoto foi a 81 km de Katmandu.

Uma avalanche no Pumori atingiu o Campo Base do Everest. Muitos sherpas que subiam pela cascata de gelo cairam em gretas e montanhistas próximos puderam ouvir gritos de socorro.

Na manhã deste sábado os helicópteros de resgate não conseguiram sobrevoar na região devido a uma nevasca. Hoje, domingo, já há um grande fluxo de voos de helicópteros fazendo resgates na região do Campo Base do Everest.

Mais de 1.000 pessoas estavam no Campo Base do Everest no momento da avalanche (400 são estrangeiros).

Brasileiros estão bem

• Rosier Alexandre e Fatima Williamson estão no C2 do Everest, e estão estudando uma forma de descer para o Campo Base, já que o trecho de descida pela Cascata de Gelo foi danificado. Há duas opções, ou eles aguardam que esse trecho seja restabelecido ou voltar com um helicóptero de resgate.
• Carlos Santalena e Eduardo Sartor estão bem, no momento estavam em Lobuche, mas pretendem subir hoje ao Campo Base.
• Davi Saraiva, filho de Rosier Alexandre que estava no Campo Base foi para o vilarejo de Gorak Shep e está bem.

Instruções para quem está no C2

A IMG, agência da Fatima Williamson, disse que toda sua equipe que está no C2 está bem. A instrução é que permaneçam no C2 e um helicóptero deve sobrevoar a rota da cascata de gelo para verificar a condição da trilha. Amanhã receberão uma nova instrução se devem continuar no C2 ou descer. Mas é mais provável que os alpinitas retornarão para Gorak Shep de helicóptero.

A temporada pode ser encerrada?

Por enquanto não há nenhuma informação concreta sobre essa questão. Mas lembrando que no ano passado a temporada foi encerrada depois que 18 sherpas Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram na avalanche na Cascata de Gelo e houve um motim de um grande grupo de sherpas reivindicando melhores condições de trabalho.
Este ano a situação é diferente. Tecnicamente é possível restabelecer o trecho da Cascata de Gelo, mas fica a dúvida se os Sherpas estarão dispostos a enfrentar essa atual situação, que além das 20 mortes confirmadas na região do Campo Base, mas também das milhares de pessoas que Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram em todo o Nepal.

Médica da equipe de Rosier Alexandre Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 u no Campo Base

A médica Marisa Eve Girawong, 29 anos, da equipe da Madison Mountainneering, Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 u em decorrência da avalanche do Pumori que atingiu o Campo Base. Marisa era a médica especializada em alta montanha e fazia parte da equipe de Rosier Alexandre.

Novo terremoto no Nepal

Hoje, dia 26 de abril, houve um novo terremoto que atingiu o Nepal e a Índia, com 6.7 de magnitude. Houve avalanches na região do Everest, mas as informações que chegaram até o momento é que não houve consequências aos alpinistas e sherpas.

Melissa Arnot

A americana Melissa Arnot confirmou via telefone satelital que está bem.

Garret Madison

O chefe da expedição de Rosier Alexandre que está com a equipe no C2 do Everest acabou de enviar a seguinte notícia:

"Ontem no momento do terremoto estávamos subindo do C1 para o C2, e chegamos bem aqui. Mas infelizmente recebemos a triste notícia que a nossa médica que estava no Campo Base Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 u devido a avalanche. Uma triste notícia para nós, ela fará muito falta, todos nós gostávamos muito dela.
Algumas equipes tentaram descer hoje pela Cascata de Gelo e não tiveram êxito. Por isso decidimos que amanhã desceremos para o C1 e se o tempo permitir evacuaremos de lá de helicóptero."
_ Garret Madison, direto do C2 (6.400m)
Sherpas no campo base durante resgate de feridos na maior tragédia do Everest. Foto: Roberto Schmidt/AFP
 
     
Helicópteros participaram hoje de resgates na região do Campo Base do Everest.  
Boa parte da região do Campo Base foi devastada pela avalanche do Pumori.
 

25.04.2015 - 06:30 - atualizado: 07:34

Terremoto de magnitude 7.9 atinge o Nepal

Um forte terremoto de magnitude 7.9 atingiu a capital do Nepal e o Vale de Katmandu, densamente povoado, na manhã deste sábado (25), causando danos em edifícios e estruturas urbanas, incluindo desabamentos e elevamento do solo em alguns pontos. Segundo a agência Reuters, ao menos duas pessoas Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), o terremoto ocorreu às 11h26, horário local, 3h26 em Brasília, com magnitude 7.9 e a 15 km de profundidade, no distrito de Gorka.

Mais de 1.800 mortes foram confirmadas até o momento em Katmandu. Ainda não há nenhuma notícia se há alpinistas mortos no terremoto.

Os brasileiros

• Falamos com Rosier Alexandre direto do C2. Ele e Fatima Williamson estão bem.
• Conversamos com Carlos Santalena e Eduardo Sartor. Eles estão bem, estão em Lobuche. Neva muito no momento e não é possível voo de helicóptero na região.
• Davi, filho de Rosier Alexandre que está no BC (Campo Base do Everest), está bem. Mas disse que o BC foi bem atingido pelo terremoto. Chegou a usar a palavra "devastado", para o BC.

Pemba Sherpa

O Extremos conversou com o Pemba Sherpa.

"O Terremoto foi muito forte, alguns lodges foram danificados. Não estamos conseguindo contato com os alpinistas que estão no C1 e C2 do Everest, mas daqui de Lobuche o contato via rádio é sempre difícil mesmo."_ Pemba Sherpa direto de Lobuche
O terremoto destrui parte de alguns lodges em Lobuche (4.940m), no Vale Khumbu. Foto enviada por Pemba Sherpa.
 
 
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24.04.2015 - 12:15

Carlos Santalena

Carlos Santalena está finalizando o trekking ao campo base do Everest, no qual está guiando um grupo de trekkers brasileiros. Em breve ele e Eduardo Sartor devem se juntar sua a equipe que irá escalar o Lhotse, a 4ª montanha mais alta da Terra.

"Hoje comecei o dia como um carregador 30 kg, excelente teste. Ainda pela manhã aproveitei o sol para lavar roupas com Pemba Sherpa. Durante a tarde encontrei José Eduardo Sartor Filho e conversamos bastante com a família de Pemba, seu pai chegou ao cume do Everest em 1983 , seu avô guiou a caravana de yaks da expedição de Hillary e Tenzing e este ano sua família pediu que ele não escalasse devido a tragédia do último ano. Como é bom filosofar com estas pessoas. O avô dele é o barba da foto com os lamas."_ Carlos Santalena
     
Carlos Santalena com 30kg em mochilas nas costas.  
Carlos Santalena entre 3 gerações de Sherpas do Everest.
 

23.04.2015 - 19:30

Vídeo de Rosier Alexandre

Nesta madrugada, antes de sair do Campo Base em direção ao C1, Rosier Alexandre gravou o vídeo que publicamos abaixo. Rosier já está no C1 e levou 8 horas para fazer esse percurso da nova rota pela Cascata de Gelo.

 
 

23.04.2015 - 07:20 - atualizado: 10:00

Alguns números do Everest em 2015 e a 1ª fraude

Sempre foi assim e continuará sendo, o Everest causa um fascínio em todos. Quem já esteve cara a cara como nós do Extremos, entende um pouco o motivo, mas muitos mesmo sem conhecê-lo sonham em escalá-lo.

Mesmo com a grande tragédia do ano passado em que uma avalanche matou 16 sherpas na Cascata de Gelo, o fascínio de chegar ao topo do mundo não diminuiu. Agora em 2015 a procura para escalar o Everest continua grande e comparado com outros anos, cresceu um pouco. Lógico, nós do Extremos desejamos que seja criado um limite de pessoas por ano e que a questão de segurança, conservação e limpeza da montanha seja cada vez melhor.

Alguns números

• Na face norte há 150 alpinistas e 175 Sherpas
• Na face sul há 359 alpinistas e 350 sherpas
• 108 alpinistas irão escalar o Lhotse
• Tanto na face sul como na face norte houve aumento de alpinistas em relação a 2014
• Os números de licenças ano a ano:
- 2010: 28 equipe e 237 alpinistas
- 2011: 26 equipes e 251 alpinistas
- 2012: 33 equipes e 341 alpinistas
- 2013: 32 equipes e 348 alpinistas
- 2014: 31 equipes e 326 alpinistas
- 2015: 39 equipes e 359 alpinistas (estimado)

A primeira fraude no Everest em 50 anos

Nove alpinistas, entre eles oito gregos e um indiano foram obrigados a cancelar a sua escalada ao Everest pela face norte (Tibet) após serem enganados pela agência Himalayan Alpine Treks and Expeditions, com base em Katmandu.

Segundo delcarações dos próprios alpinistas, teoricamente haviam contratado um serviço de alta qualidade para escalar o Everest. Quando chegaram em Katmandu, foram recepcionados pelo proprietário da agência, Tshering Dorjee Sherpa, e encaminhados para o Hotel Manaslu, no centro da capital. Após isso não tiveram mais contato com o proprietário, que desapareceu com os U$ 100.000 que recebeu.

Os gregos resolveram cancelar a expedição e já voltaram para Atenas. O indiano tentará encontrar outra agência que o leve para a face norte do Everest.

As autoridades nepalesas estão a procura de Tshering Dorjee Sherpa, mas salientaram que é necessário regulamentar as atividades das empresas relacionadas ao negócio de aventura e alta montanha, que vem crescendo muito nos últimos anos no Nepal.

Trecho da Cascata de Gelo, a parte inicial da escalada rumo ao C1 do Everest que Rosier e Fatima enfrentaram ontem. Foto tirada no dia 22 de abril por Thomas Martienssen.
 
 

22.04.2015 - 21:50

Começou pra valer

Finalmente agora os brasileiros começaram a subir ao C1 e neste momento devem estar finalizando a passagem pela temida nova rota na Cascata de Gelo.

Rosier Alexandre

Rosier estava programado de sair do campo base às 2h da madrugada no horário do Nepal (hoje, às 17h15 no Brasil).

Fatima Williamson

Fatima também subirá hoje, e ficará duas noites no C1, depois sobe para o C2 onde ficará mais duas noites. Depois sobe para tocar* o C3 e retorna neste mesmo dia para o Campo Base, finalizando assim o seu segundo ciclo de aclimatação. O primeiro ciclo de aclimatação foi a sua escalada ao Lobuche East na semana passada.

*TOCAR: Sempre usamos essa palavra - tocar - para informar que o alpinista subirá até um ponto mais alto possível e retornará para dormir em uma altitude mais baixa. Assim forçando um pouco mais a sua aclimatação.

Carlos Santalena e Eduardo Sartor

Os dois estão descendo de Gokyo em direção a Namche Bazaar com os clientes da Grade6 que estão fazendo o trekking. Assim que finalizarem o trabalho de guia de trekking, eles devem subir para o Campo Base, para inciarem os ciclos de aclimatação para a escalada do Lhotse, que utiliza a mesma rota do Everest até a metade entre o C3 e o C4, onde eles devem montar um acampamento para o ataque ao cume, pela via em azul na imagem da Cobertura Online.

     
Rosier Alexandre próximo ao Campo Base.  
Foto do Campo Base do Everest feita pela Fatima Williamson.
 

22.04.2015 - 10:20

Rosier Alexandre sentiu dores no tornozelo

Nosso contato com os brasileiros no campo base do Everest sofreu algumas dificuldades esses dias devido a conexão ruim de Wi-Fi que foi disponibilizada aos alpinistas e o contato por enquanto tem sido mais por telefone.

A subida para o Campo 1 mais uma vez foi adiada, primeiro as escadas tinham sido prejudicadas por um deslocamento do glaciar, mas já foram consertadas, porém a via também foi interditada e estão fazendo a manutenção. A subida estava prevista para hoje, dia 22, mas novamente foi adiada.

Rosier Alexandre deu um pequeno “mau jeito” no tornozelo realizando treinamento nas paredes de gelo mas já foi medicado e usou bolsa de gelo (o que não é difícil onde ele está) e a recuperação ocorreu bem.

Rosier acabou de confirmar que eles devem subir para o C1 (5.900m) nesta madrugada, por volta das 3h no horário local (18h no horário de Brasília). Este trecho, do Campo Base ao C1, como você pode verificar na imagem da Cobertura Online, era feito normalmente entre 3h a 6h, dependendo de quanto aclimatado você está. Mas esse tempo era feito na antiga rota da Cascata de Gelo, mas será bom para termos como padrão e assim que recebermos notícias dos brasileiros poderemos comparar se a nova rota aumentou o diminiu o tempo dessa travessia.

     
Rosier durante treinamento próximo ao Campo Base.  
Durante o treinamento ele sentiu dores no tornozelo, mas já fez tratamento e está bem.
 

21.04.2015 - 13:00

Melissa Arnot vai escalar o Everest sem oxigênio suplementar

A americana Melissa Arnot, 31 anos, que já escalou o Everest 5 vezes, agora fará a sua primeira tentativa de escalar a montanha mais alta do mundo sem utilizar oxigênio suplementar. Se consseguir, será a primeira americana a realizar tal feito.

Melissa já é bem conhecida do público brasileiro, o Extremos sempre acompanhou as suas expedições ao Everest e neste ano não será diferente. Sucesso a ela neste novo desafio.

Abaixo ela fala sobre a sua preparação para o novo desafio (em inglês).

 
 

19.04.2015 - 08:53

Carlos Santalena

Carlos Santalena, 28 anos, recebeu ontem a bênção do lama Geshe para a sua escalada ao Lhotse (8.516m), a 4ª montanha mais alta da Terra.

Carlos foi o quarto brasileiro a escalar os Sete Cumes:

• 08.01.2011 - Aconcágua 6.962m - (América do Sul)
• 07.05.2011 - Everest 8.848m - (Ásia)
• 02.09.2011 - Kilimanjaro 5.892m - (África)
• 09.08.2012 - Elbrus 5.642m - (Europa)
• 03.07.2013 - McKinley 6.194m - (América do Norte)
• 29.10.2013 - Carstensz 4.884m - (Oceania)
• 13.12.2013 - Vinson 4.892m - (Antártica)

Santalena é o brasileiro mais jovem a escalar o Everest, com apenas 24 anos.

Carlos Santalena, 28 anos, recebeu ontem a bênção do lama Geshe para a sua escalada ao Lhotse (8.516m), a 4ª montanha mais alta da Terra.
 

17.04.2015 - 15:42

Rosier Alexandre

Segue abaixo o diário de Rosier Alexandre no campo base do Everest

15 de abril

Nosso terceiro dia no campo base e o nosso Puja, solenidade budista, onde pedimos uma bênção aos deuses da montanha e pedimos também licença para escalar a montanha. É um momento solene, um Lama sobe até o campo base para este momento, onde temos uma solenidade privativa da nossa expedição. Eu mesmo não sendo budista, consigo mergulhar neste momento e pedir uma luz divina que me traga força, sabedoria e disciplina. Sinto que cada um, de acordo com suas crenças, pede uma luz neste momento. O clima continua ruim, cai neve e mesmo quando para por alguns momentos, o tempo continua fechado, o dia é abafado e a temperatura chega a ser agradável apesar da neve, mas as noite e madrugadas continuam muito frias.

À tarde fizemos nosso primeiro treino, todos os equipamentos foram checados mais uma vez, vimos e revimos exaustivamente o uso da cadeirinha, nós, mosquetões, jummar, capacete, etc e em seguida fizemos uma caminhada no glaciar andando de crampons e em planos inclinados para que todos se familiarizem com o uso desta ferramenta. Tudo isso foi feito embaixo de muita neve e com visibilidade muitas vezes bem reduzida.

16 de abril

Hoje após o café da manhã fizemos um novo treino, desta vez utilizando os equipamentos de forma prática simulando uma parede de gelo com transferência de cordas, inicialmente com luvas finas, depois com luvas grossas e finalmente com os mitones (luvas para frio extremo onde os quatro dedos ficam juntos). Hoje à tarde fizemos nosso primeiro treino para travessia nas escadas sobre as gretas e subidas em paredes de gelo.

Amanhã, dia 17, repetiremos o treino com maior intensidade e dia 18 será um dia de repouso e luto, será o aniversário de um ano da grande avalanche que matou os 16 sherpas. Dia 19 vamos até a metade da cascata de gelo, atravessaremos diversas escadas sobre as gretas e retornaremos ao campo base e dia 20, finalmente subiremos ao primeiro acampamento avançado. As comunicações ainda continuam bem complicada, o sinal de satélite é muito instável e a internet oscila demais, a noite tem ficado totalmente fora do ar e durante o dia funciona por poucas horas, por isso a irregularidade das nossas informações, porém, consideramos que estamos no Everest, isso é um avanço. Em breve retornaremos com mais informações.

Namastê
Rosier Alexandre e Davi Saraiva

Rosier Alexandre durante treinamento para a travessia da Cascata de Gelo.
 
     
Equipe reunida para a cerimônia Puja.  
Equipamentos são colocados ao centro na cerimônia Puja.
 

16.04.2015 - 13:50

Fatima Williamson

Fatima Williamson já completou o seu primeiro ciclo de aclimatação, ela escalou o Lobuche East (6.119m). Entre os brasileiros ela é a primeira a realizar o 1º ciclo.

Antigamente o comum era fazer o primeiro ciclo de aclimatação subindo a cascata de gelo até o C1 (5.900m) ou tocando C2 (6.400m). Mas para minimizar o risco de passar tantas vezes pela Cascata de Gelo, algumas expedições tem optado por escalar uma montanha próximo, que normalmente é o Lobuche East (6.119m) ou o Island Peak (6.189m), ambas com uma altitude compativel com o primeiro ciclo no Everest e que envolve menos riscos.

"Escalamos ontem o Lobuche East 6.119 m como parte de nossas rotações de aclimatação para escalar o monte Everest. Voltamos ao EBC (Everest Base Camp) esta tarde e vamos aguardar o início das rotações pela Cascata de Gelo. Fortes nevascas atingiram essa região do Everest e atrasou a finalização do percurso na Cascata de Gelo e o início das rotações de aclimatação. Estamos dentro do cronograma e na esperança de continuar progredindo como planejado."_ Fatima Williamson

Rodrigo Raineri e Digão

Rodrigo Raineri não consta mais em nossa imagem da Cobertura Online porque ele já finalizou o seu trekking ao Campo Base do Everest. Digão, o seu filho, teve uma crise de sinusite e foram retirados da montanha de helicóptero e já estão bem em Katmandu.

"Olá amigos! Estamos bem, no hotel em Katmandu! A viagem foi (está sendo) incrível! O outro lado do planeta, com as altas montanhas, budismo, hinduísmo, e a companhia de grandes e queridos amigos, é fantástico! Mais fantástico ainda é tudo isso na companhia do meu filho! Sinto-me abençoado e realizado! Não subimos o Kala Patar... não deu desta vez, tanto pelas condições climáticas quanto pela altitude e frio, que atacou a sinusite do Digão e fez ele sofrer bastante! Valeu muito a pena! Novos amigos! Momentos inesquecíveis, de qualidade, e uma grande lição de vida! Valeu Feinkost Alimentos! Valeu Grade 6! Valeu Digão! Te amo filho! De volta pra casa! Grá, estamos chegando!!!"_ Rodrigo Raineri
Fatima Williamson no cume do Lobuche East (6.119m), seu primeiro ciclo de aclimatação.
 
     
Rodrigo Raineri, Digão e amigos.  
Rodrigo Raineri e Digão voltando de helicóptero.
     
Equipe de Fatima Williamson no cume do Lobuche East.  
Nevou muito nos últimos dias nesta região do Everest.
 

15.04.2015 - 10:30

Doctors Falls

Antes de qualquer alpinista chegar ao Campo Base, os Doctors Falls (doutores da cascata de gelo) são os primeiros a chegar. Eles são responsáveis em estabelecer a melhor rota pela cascata de gelo, que neste ano será deslocada mais ao centro devido a avalanche que matou 16 sherpas em 2014 (veja na imagem abaixo).

Junto a eles há também uma equipe de Sherpas que está sendo acompanhada por David Breashears e são responsáveis por equipar toda a via com cordas. A partir deste ano o Extremos irá destacar na imagem da Cobertura Online até em que ponto as cordas de segurança já foram instaladas na Face Sul, Nepal (cor amarela). A parte pontilhada é exatamente onde ainda não foram instaladas as cordas de segurança. Neste momento a equipe de Sherpas está no C2 (6.400m).

Essa informação é importante porque os alpinistas das agências comercais só podem subir até onde as cordas estão instaladas. Por enquanto nenhum alpinista subiu a cascata de gelo, mas nos próximos dias eles estarão liberados para o início do primeiro ciclo de aclimatação, onde normalmente sobem até o C1 ou C2 e depois retormam ao Campo Base.

Elias Luiz
Editor Chefe do Extremos

O trecho em bordô não será utilizado em 2015, é exatamente a rota onde Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram 16 sherpas na avalanche de 2014. Arte: Elias Luiz / Extremos
 

14.04.2015 - 13:08

Rosier direto do Campo Base

Nossa chegada ao Campo Base foi dura, subindo gradativamente passamos por Deboche (3.800m), depois avançamos para Dingboche (4.370m) elá passamos pelo Monastério de Pangboche onde o Lama fez uma solenidade privativa para o nosso grupo com direito a uma bênção individual. Apesar das mais de 7 horas de caminhada eu e Davi, meu filho, estamos reagindo bem. Permanecemos em Dingboche onde batemos o recorde de altitude nesta expedição, chegamos aos 5.000 metros de altitude. Pela primeira vez tomamos banho com balde, bem desconfortável, mas pior é ficar sem banho e o desconforto vai aumentando, mas isso faz parte do desafio, não é nenhuma surpresa.

Depois partimos de Dingboche para Lobuche (4.900m). Após a nossa chegada a Lobuche, parte do nosso time fez uma caminhada de 30 minutos para visitar um observatório com estação meteorológica, alguns preferiram descansar e eu preferi brincar de fotografar os iaques que estavam “estacionados” ao lado do nosso lodge.

Mais uma vez avançamos, partimos de Lobuche para Gorak Shep (5.180m), o momento mais esperado, a subida do Kalla Pattar, uma longa e dura subida que seria recompensada por uma das melhores vistas do Everest, porém o tempo fechou e por segundos conseguimos ver o Base Camp, mas o tempo predominou fechado e em nenhum momento vimos nenhum sinal do Everest, mas tudo bem, todos vibraram ao chegar ao cume do Kala Patar, mais um acima de 5.500m para a coleção.

No dia 13 de abril nosso último de caminhada para chegar ao Campo Base. Dormimos com uma paisagem e acordamos com outra completamente diferente, entre a madrugada e o nascer do dia caíram quase 50 cm de neve, tudo branquinho, a paisagem é belíssima, mas não é nada animadora para quem está de saída para o Campo Base.

Depois de duas horas e sem nenhuma parada de descanso, finalmente chegamos ao Campo Base com o tempo completamente fechado, não tínhamos a dimensão do número de barracas, e nenhum helicóptero circulou durante o dia.

Hoje, 14 de abril nosso primeiro dia no Campo Base foi mais um dia com tempo fechado, à tarde demos uma caminhada indo até próximo a cascata de gelo. O frio aqui é intenso já chegou a 20 graus negativos.

Amanhã, 15 de abril teremos um puja privativo da nossa expedição e dia 16 o nosso primeiro treinamento e possivelmente no dia 19 ou 20 devemos começar a escalada propriamente dita subindo para os acampamentos avançados.

Namastê,
Rosier Alexandre e Davi Saraiva

     
Nossa equipe rumo a Gorak Shep.  
Rosier Alexandre com o Ama Dablam ao fundo.
 

09.04.2015 - 17:48

Fatima Williamson já realizou a cerimônia Puja

Fatima Williamson realizou na sexta-feira a cerimônia Puja. Agora ela desce para Lobuche onde irá escalar o Lobuche Peak (6.119m) como seu primeiro ciclo de aclimatação. Durante esta semana ela retornará ao acampamento base do Everest.

A cerimônia Puja

A cerimônia é realizada pelos sherpas e conta com a participação de praticamente todos alpinistas. Durante a cerimônia eles pedem aos deuses que habitam o Sagarmatha (Everest) que deem passagem segura por sua casa. "No fim, todos recebem um punhado de tsampa, um tipo de farinha, que jogamos uns nos outros... ficamos com os cabelos e rostos brancos, o que simboliza a chegada da idade... e desejamos “long life – vida longa” uns aos outros.” Lisete Florenzano

Rodrigo Raineri

"Chegamos em Periche, a 4.200m de altitude! Dia longo, mas maravilhoso e frio. Agora esta nevando lá fora. São 21h30 e vamos descansar! Amanhã caminhada de aclimatação e pernoite na mesma altitude. Bom Domingo! Namastê!"_ Rodrigo Raineri
     
     

09.04.2015 - 08:35

Fatima Williamson chega ao campo base do Everest

A montanhista Fatima Williamson é a primeira brasileira a chegar este ano ao campo base do Everest. Amanhã ela participará da tradicional cerimônia Puja e no sábado desce para o vilarejo de Lobuche onde dará início ao ciclo de aclimatação, e vai escalar o Lobuche Peak de 6.119 metros de altitude (veja na imagem da cobertura online).

Outros brasileiros

Carlos Santalena, Eduardo Sartor e Rodrigo Raineri devem chegar hoje a Namche Bazaar e Rosier Alexandre em Dingboche.

Foto panorâmica do vilarejo de Namche Bazaar, considerada a capital sherpa no vale Khumbu. Foto: Equipe Carlos Soria
 

07.04.2015 - 11:52

Rosier Alexandre e as informações do Everest

Hoje conversamos com o Rosier Alexandre direto de Namche Bazaar quando ele se preparava para seguir rumo a Tengboche, o próximo vilarejo em sua caminhada rumo ao Campo Base do Everest e assim prosseguindo com a sua aclimatação.

Há dois dias atrás Garret Madison, diretor da agência Madison Mountaineering, da qual Rosier faz parte como cliente, sobrevoou de helicóptero a cascata de gelo e verificou que a nova rota que será utilizada este ano e que o governo havia informado que aumentaria em mais duas horas de escalada, Garret considera pelo que ele conseguiu observar do alto, que na verdade o tempo deste trecho pode ser até mais rápido que o antigo. Mas isso por enquanto é apenas uma estimativa dele.

Rosier afirmou também pelo que tem visto durante o trekking ao campo base do Everest que provavelmente este ano o número de montanhistas tentando escalar a montanha mais alta da Terra será menor.

Mais brasileiros na trilha

Carlos Santalena, Eduardo Sartor e Rodrigo Raineri desembarcaram hoje em Lukla e já estão a caminho de Phakding.

Rosier Alexandre e Lakpa Sherpa, o nepalês já esteve no cume do Everest 17 vezes. Foto: Davi Saraiva
 

06.04.2015 - 14:04

Brasileiros já estão na trilha do Everest

Fatima Williamson foi a primeira brasileira a desembarcar em Lukla e a iniciar o trekking a base do Everest. Neste momento ela está em Lobuche (4.940m).

Rosier Alexandre iniciou a trilha ontem e já está em Namche Bazaar (3.400m).

Carlos Santalena, Eduardo Sartor, Rodrigo Raineri e seu filho Rodrigo Rocha Raineri ainda estão em Katmandu e nos próximos dias devem seguir para Lukla.

A equipe da Madison Mountaineering que irá escalar o Everest concentrada no Hotel Everest View (hotel japonês). Rosier Alexandre ao centro.
 
 
Notícias / pré-temporada
 

31.03.2015 - 12:54

O novo desafio de Rodrigo Raineri

No dia 02 de abril, Rodrigo Raineri irá guiar um grupo para o trekking até a base do Monte Everest. Este é um desafio muito especial para o alpinista que já esteve por 3 vezes no cume da montanha mais da Terra, agora ele irá levar para a expedição seu filho de 13 anos: Rodrigo Rocha Raineri, o Digão, como carinhosamente é chamado.

Digão já segue os passos do pai e coleciona alguns feitos. Aos 9 e 10 anos escalou o Pão de Açúcar; aos 11 anos escalou o Vulcão Villarica, localizado no Chile (atualmente em erupção), e aos 12 anos conquistou o Monte Roraima, na Venezuela.

A expectativa de pai e filho é grande. Ambos estão animados, entusiasmados e vem se preparando bastante para a nova aventura.

As belas paisagens de algumas das maiores e mais admiradas montanhas, como Everest (8.848m), Lhotse (8.516m), Nuptse (7.879m) e Pumori (7.165m) e a diversidade cultural fazem parte deste Trekking. Este ano Rodrigo Raineri conquistou o cume do Monte Vinson, a maior montanha do continente Antártico (4.892m), após quase três semanas de expedição.

O retorno de pai e filho ao Brasil está previsto para o dia 20 de abril. Este projeto conta com o patrocínio da Feinkost e apoio da Grade6, Cia Athletica, Lapinha SPA, F7 Assessoria Esportiva, SOL Paragliders, ABP (Associação Brasileira de Parapente) e CBME (Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada).

Rodrigo Raineri e o filho Rodrigo Rocha Raineri escalando o Pão de Açucar.
 

13.03.2015 - 19:30

Khumbu Valley

Assista o vídeo com as lindas imagens do Vale Khumbu, a morada dos Sherpas no Himalaia. Exatamente a mesma trilha que aventureiros e alpinistas farão no início de abril rumo ao campo base do Everest.

 

12.03.2015 - 13:53

Google Street View

Pronto! Agora você pode fazer todo o trekking do Everest, sem sair de casa. O Google acaba de lançar a versão do trekking no Street View.

Por um lado, é informação. Você poderá ver o passo a passo de um dos mais espetaculares trekkings do mundo, e quem sabe te inspire um dia a percorrê-lo de verdade.

Mas por outro lado, tira um pouco o encanto, a pessoa que for fazer o trekking poderá ver antes todas as imagens da trilha. E assim quando realmente estiver inloco, com certeza o fator surpresa será outro.

Mas como sempre, são apenas fotos. Não tem como você sentir o gosto da comida, o cheiro das flores na primavera, ver o rosto, a conversa e a camaradagem dos sherpas. Muito menos mergulhar na cultura local. E acima de tudo, nunca vai saber o que a altitude causa em nosso corpo durante este trekking que começa a 2.840m e chega até 5.550m no alto do Kala Patar, de frente para o Everest.

Boa viagem, virtual!

Gorak Shep (5.164m), o último vilarejo antes de chegar ao acampamento base do Everest
 

04.03.2015 - 11:00

Excrementos humanos, um dos problemas no Everest

Os excrementos humanos que os alpinistas e sherpas deixam quando estão acima do acampamento base tem se tornado um problema de saúde. Estima-se que entorno de 700 pessoas circulem pelas encostas do Everest a cada temporada, gerando uma grande quantidade de fezes e urina, sem dar um destino adequado a isso a não ser cavar um buraco na neve e depois encobri-lo.

No acampamento base, a 5.350 metros de altitude, isso é controlado com barracas latrinas que contém um depósito de excrementos, que depois de cheias elas são transportadas de helicóptero para altitudes inferiores onde são devidamente tratadas. Mas o problema está nos acampamentos superiores e uma das soluções poderia ser a obrigatoriedade da sheet bag (bolsa de excrementos), que em muitas outras montanhas já é obrigatória. Os alpinistas fazem suas necessidades na bolsa e depois retornam com ela para o acampamento base para que seja dada o destino correto.

Por outro lado o governo do Nepal irá manter a ordem de que todo alpinista deve descer para o acampamento base com 8 kg de lixo, para ajudar na limpeza dos acampamentos superiores, e assim poder retirar a sua fiança de 4.000 dólares que fica retida. Mas o problema é que nesses 8 kg de lixo não há nenhuma menção em relação aos desejetos humanos.

O sheet bag é um saco impermeável e você coloca dentro dele um sanito e depois retira apenas esse sanito com os excrementos e faz o descarte em local apropriado. Foto: Elias Luiz
 

03.03.2015 - 16:38

Imagens em 4k

Daqui a 30 dias os primeiros montanhistas estarão chegando em Kathmandu. De lá embarcam em um pequeno avião para Lukla, onde dão início ao famoso trekking ao acampamento base do Everest, o mesmo trekking que é realizado por aventureiros de todo o mundo.
Nas imagens abaixo filmado em 4K, você poderá ver um pouco deste fascinante país chamado Nepal. Lembre-se, o que diferencia cada montanha pelo mundo não é apenas o seu formato, altitude e grau de dificuldade, mas principalmente a cultura local. Isso que torna cada montanha especial.

 
 

27.02.2015 - 15:00

Mortes no Everest

Estamos disponibilizando mais um estudo realizado pela equipe Extremos sobre os 260 montanhistas que Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram no Everest. Desde de a primeira morte em 1922 até a maior tragédia de todos os tempos que aconteceu em consequência da avalanche de 2014. Suas nacionalidas, causa mortis e relação ano a ano.

 
1922   1924   1934 1952 1960   1962 1963 1966 1969 1970   1971 1972 1973 1974  
 
  1975   1976 1978   1979   1980   1981 1982   1983   1984  
 
  1985   1986   1987   1988   1989  
 
  1990   1991   1992   1993   1994   1995   1996  
 
  1997   1998   1999   2000   2001  
 
  2002   2003   2004   2005   2006   2007
 
  2008 2009   2010   2011   2012   2013  
 
  2014   2015  
 
                         
                                               
                                                   
 
CAUSA MORTIS  
100
AVALANCHES
78
QUEDAS
41
HIPOTERMIA
38
MAL DE ALTITUDE
10
MORTE SÚBITA
9
DESAPARECIDOS
5
NÃO IDENTIFICADAS
 
NACIONALIDADE  
104
NEPAL
23
ÍNDIA

20
JAPÃO
17
INGLATERRA
12
CHINA
11
CORÉIA SUL
14
USA
8
RÚSSIA
8
ALEMANHA
7
POLÔNIA
6
FRANÇA

6
AUSTRÁLIA
5
ESPANHA
5
SLK
4
CANADÁ
3
ITÁLIA
3
BULGÁRIA

3
NOVA ZELÂNDIA
2
SUÍÇA
2
ÁUSTRIA
2
TAIWAN
2
HUNGRIA

2
CZE
1
CHILE
1
MACEDÔNIA
1
UCRÂNIA
1
BÉLGICA
1
DINAMARCA
1
IOGOSLÁVIA
1
ESLOVÁQUIA
1
BRASIL

1
BANGLADESH
1
CAMBOJA
1
IRLANDA
           
 

24.02.2015 - 16:55

Os brasileiros no topo do mundo

Conheça os 13 brasileiros que já estiveram no topo do mundo. Clique nas imagens.
Waldemar Niclevicz, Mozart Catão, Irivan Burda, Vitor Negrete, Ana Elisa Boscarioli, Rodrigo Raineri, Eduardo Keppke, Manoel Morgado, Cleo Weidlich, Carlos Santalena, Carlos Canellas, Karina Oliani e Jefferson dos Reis.

 

24.02.2015 - 08:15

Arretado

Rosier Alexandre vai voltar ao Nepal para tentar escalar o Everest e assim finalizar o seu projeto dos Sete Cumes. Rosier também estava no acampamento base do Everest no fatídico dia 18 de abril de 2014, quando uma avalanche matou 16 sherpas e a temporada foi cancelada.
Rosier é de Fortaleza, Ceará, se chegar ao cume do Everest será o primeiro brasileiro da região nordeste a conseguir esse feito. Ele usará novamente a agência Madison Mountaineering na sua tentativa de chegar ao topo do mundo pela face sul.

"Espero que as condições climáticas colaborem, pois eu quero chegar ao cume e estou muito preparado. Desde que voltei de lá, em maio do ano passado, reforcei o meu treinamento. Não reduzi a carga de treinos nem no final do ano nem no carnaval."_ Rosier Alexandre
Rosier Alexandre no cume do monte McKinley ou como também é conhecido, o Denali (6.194 m), a montanha mais alta da América do Norte, localizada no Alasca.
 

23.02.2015 - 09:55

De volta ao Everest

Fatima Williamson confirmou ao Extremos que voltará ao Everest para concluir o Projeto 7 Cumes, iniciado apenas dois anos atrás. Se obtiver êxito no Everest se tornará a segunda mulher brasileira a completar os 7 Cumes, e a sexta entre todo os brasileiros. Ana Boscarioli, no dia 24 de maio de 2014, chegou ao cume do McKinley tornando-se assim a primeira mulher brasileira a completar os 7 Cumes. Ana Boscarioli também é a primeira brasileira a escalar o Everest.
Neste ano Fatima escolheu a operadora IMG (International Mountain Guides) para escalar o Everest. Fatima nasceu em Brasília, mas atualmente mora em Toronto, no Canadá.

"Dois anos atrás eu comecei a incrível jornada de escalar os Sete Cumes. Eu já escalei seis dos sete e em breve partirei para última, a mais desafiadora, o Monte Everest. Ao longo destas viagens, visitei lugares interessantes, conheci pessoas extraordinárias e fiz muitos amigos. Houve lutas, trabalho árduo, mas, acima de tudo, emoção e diversão. É um misto de sentimentos quando estou no topo de uma montanha. Foi uma pena chegar no acampamento base do Everest e não ser capaz de escalá-lo, no ano passado, devido a tragédia que matou 16 sherpas. Eu espero que esse ano a temporada no Everest seja melhor."_ Fatima Williamson

O Projeto Sete Cumes consiste em escalar a montanha mais alta de cada continente.
Na foto abaixo estão os 6 cumes até agora conquistados por Fatima Williamson:
• América do Sul - Aconcágua (6.962 m)
• América do Norte - McKinley (6.194 m)
• África - Kilimanjaro (5.892 m)
• Europa - Elbrus (5.642 m)
• Antártica - Vinson (4.892 m)
• Ásia - Carstensz (4.884 m)

Fatima Williamson no cume do: Aconcágua, McKinley, Kilimanjaro, Elbrus, Vinson e o Carstensz. Só falta o Everest para completar os Sete Cumes.
 

18.02.2015 - 20:30

Infográfico: Nova rota na face sul

Devido a tragédia de 2014, onde 16 sherpas Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram após uma avalanche, o governo do Nepal decidiu alterar este trecho mais perigoso, como mostra o infográfico abaixo, o trecho em bordô será alterado.

Cordas e escadas já tinham sido importados de países, incluindo o Reino Unido e será fixado na posição ao longo da nova rota. A rota central, até a montanha imediatamente após Base Camp não é realmente nova. Era o caminho usado por alpinistas mais de duas décadas atrás. Mas na década de 1990, a rota foi alterada para executar o que é conhecido como o "ombro a oeste", porque era mais curto e mais fácil de subir, mesmo para alpinistas inexperientes. A desvantagem foi que o risco de avalanche era maior.

"A rota através da parte central vai ser difícil e demorada, mas será relativamente livre do risco de avalanche, como os penhascos de gelo e geleiras pendurado [ao longo do ombro oeste] são relativamente longe dele."disse Ang Dorji Sherpa, presidente da Comissão de Controle de Poluição de Sagarmatha, uma organização autorizado a definir a rota de expedições ao Everest.

Uso de helicóptero
Outra questão reivindicada pelos sherpas no protesto de 2014, era a utilização de helicópteros para transportar cargas e suprimentos para o Campo 1. Pois cada sherpa precisa atravessar esse trecho entre 30 a 40 vezes a cada temporada para abastercer os acampamentos superiores. Mas esta questão foi negada.

"A lei do Nepal não permite até mesmo helicópteros de resgate acima acampamento base, principalmente, por causa da fragilidade ambiental das montanhas e estamos de acordo com essa disposição."disse Tika Gurung, membro executivo da Associação das Operadoras de Expedições do Nepal.
O trecho em bordô não será utilizado em 2015, é exatamente a rota onde Terremoto no Nepal atingiu a região do monte Everest - Podcast 69 ram 16 sherpas na avalanche de 2014. Arte: Elias Luiz / Extremos
 

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