Revista Desnivel, Julho de 2011
da redação,
26 de julho de 2011 - 18:46
 
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A REVISTA - A edição de julho tem como matéria de capa o debate sobre o uso ou não dos cilindros de oxigênio acima dos 8.000m. (Foto: Elias Luiz)
 

Chegou a nossa revista Desnivel de julho, e iremos aproveitar para continuar a nossa apresentação das revistas de aventuras do Brasil e do mundo.

 
Croquis
   
 
Matéria de capa  
   

A Desnivel é uma revista da Espanha, com sede em Madri, esta é a edição número 301, por isso mesmo carrega uma longa tradição.

Diferente das nossas revistas como Aventura & Ação que foca mais em viagens de aventura e da Go Outside que é mais comportamento, a revista Desnivel é mais técnica e focando a escalada e o alpinismo, como o próprio nome diz é uma "revista de montaña". A edição atual tem 92 páginas, muitas matérias técnicas com croquis de escalada em rocha e testes de equipamentos.

MATÉRIA DA CAPA
A matéria de capa é um debate que a revista abre em relação ao uso ou não de cilindros de oxigênio acima dos 8000m. Na temporada 2011 do Everest, que ocorreu entre abril e junho deste ano, diversos alpinistas espanhóis tentaram cume tanto no Everest como no Lhotse, mas foi no Lhotse que aconteceram os maiores problemas, onde diversos alpinistas que chegaram os 8516m do cume sem o uso de oxigênio suplementar, na descida tiveram problemas com o mal de altitude e foram mobilizados vários resgates, colocando assim outras pessoas em riscos e fazendo com que alguns deles abandonassem o ataque ao cume para ajudar no resgate.

Um dos problemas é que a maioria dos alpinistas que estavam sendo resgatados não queriam receber como ajuda o uso de cilindro de oxigênio, o que dificultava ainda mais o resgate, pois para eles o uso seria algo como um dopping. Mas por outro lado a maioria destes alpinistas afirmam que usam Dexa (Dexametasona) tanto para aguentar um tempo a mais no ataque ao cume ou para ajudar na descida quando estão passando mal. O que soa um tanto sem sentido, pois ambos seriam um tipo de dopping para os puristas.

Voltando ao assunto da revista, a identidade visual não é das melhores,, em algumas páginas chega a ter 5 colunas de textos, muitas páginas tem fundo colorido em degrade e algumas fotos com um sombreamento muito carregado, algo em desuso há muito tempo. O conteúdo é bom, mas falta cuidado aos detalhes do visual.