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Brasileiro morto na África ganha trilha em sua homenagem no Rio
Cerca de 60 familiares e amigos participaram da cerimônia de inauguração.
Gabriel Buchmann morreu em julho de 2009, ao escalar o Monte Mulanje.
 
Publicado em 02/03/2010 - 10h02 - da redação
Fonte: G1
 
 
 
  A mãe de Gabriel, Fátima, discursa ao lado da placa em homenagem ao filho: lembrado pelo amor à natureza (Foto: Daniella Clark/G1)

A emoção marcou a inauguração, na manhã deste sábado (27), de uma trilha em homenagem ao engenheiro carioca Gabriel Buchmann, que morreu em julho de 2009 ao escalar o Monte Mulanje, no Maláui, na África. Cerca de 60 pessoas, entre amigos e familiares, participaram da cerimônia, no Parque Nacional da Tijuca.

“Haja coração”, disse a mãe de Gabriel, Fátima, ao chegar ao início da trilha, que leva à Pedra da Gávea. No local, além de duas placas com seu nome, está uma foto de Gabriel, tirada por sua namorada Cristina Reis, em 8 de julho, na fronteira da Zâmbia com Zimbábue. “Quando tirei essa foto percebi como o Gabriel cresceu nessa viagem”, disse Cristina.

“Estou muito emocionada porque, ao batizar uma trilha o nome dele fica para muitas gerações. É como ter o nome numa rua, num parque. Ele não foi um simples cidadão, foi um cidadão que fez diferença. E ainda é mais especial uma trilha, que tem a ver com o perfil dele, de aventureiro”, completou.
Primeiras aventuras

Em um discurso emocionado, a mãe de Gabriel lembrou que foi nessa trilha que Gabriel deu seus primeiros passos antes de se aventurar pelo Brasil e pelo mundo.

“Vocês todos que estão aqui são pessoas que participaram intensamente da vida do Gabriel. Vocês sabem do amor que ele tinha pela natureza. Ele conhecia cada passo das trilhas do Rio de Janeiro e foi a partir dessa trilha da Pedra da Gávea que ele começou a trilhar os caminhos dele. Tenho certeza que o Gabriel está aqui pertinho, muito feliz com toda essa homenagem”, disse Fátima Buchmann.

 
 
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A irmã de Gabriel, Nina, contou que esteve ali pela primeira vez com o irmão em 2001: “Gabriel sempre me levava para esses passeios mais ligados à natureza. É uma honra chegar e ver a foto do meu irmão aqui”.

Percurso dura 4 horas

A ideia de batizar a trilha com o nome de Gabriel Buchmann partiu do subprefeito do Centro Thiago Barcellos, quando ainda atuava como administrador regional da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, bairro por onde a trilha é acessada.

O acesso à trilha é feito pela Estrada Sorimã, na Barrinha. Segundo Thiago, o percurso demora cerca de quatro horas – contando a ida e a volta. Neste sábado, apenas os mais experientes se aventuraram a percorrer a trilha, já que as condições não estavam favoráveis devido ao mau tempo. Fátima prometeu continuar a homenagem em um dia de sol, lembrando que a integração à natureza é uma das formas com que mata a saudade do filho:

“É uma emoção imensa, indescritível. Essa força de vida que o Gabriel sempre teve, essa energia imensa, essa solidariedade, esse amor e essa integração à natureza, em nome disso tudo que eu me mantenho de pé e isso de uma certa forma acalma um pouco a minha alma”.

 
 
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