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Salto Angel tem o nome em homenagem a descobridor americano.
Presidente quer que queda d'água seja conhecida por nome indígena.
 
 
Publicado em 22/12/2009 - 13h28 - da redação
Fonte: G1
 
 
O Salto Ángel ou cataratas Ángel (nome nativo Parekupa-meru) é o mais alto salto do mundo, com 979 metros de altura (807 metros de queda sem interrupção).
Foto: Briere
 
 
 
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A maior queda d'água do mundo, a Salto Angel (Angel Falls, em inglês), no sul da Venezuela, pode ter seu nome inglês trocado por um indígena, segundo o presidente do país, Hugo Chávez.

Em seu programa semanal de rádio e televisão, Chávez disse que ninguém deve mais usar o nome pelo qual a cachoeira é conhecida. "Como podemos aceitar esta ideia de que as cachoeiras foram descobertas por um cara que veio dos Estados Unidos em um avião. Se fizássemos isso, estaríamos aceitando que ninguém vivia aqui", disse.

As cachoeiras são um patrimônio mundial da Unesco e foram "descobertas pelo piloto norte-americano Jimmy Angel em 1937.

A Salto Angel, disse, "é nossa, e já era muito antes de Angel chegar lá."

Segundo o presidente, as cachoeiras devem receber seu nome indígena, no idioma Pemon, Kerepakupai meru, que significa "queda d'água do lugar mais profundo".

Desde que chegou ao poder, há dez anos, Chávez mudou o nome de várias coisas na Venezuela, inclusive o do próprio país, atualmente chamado de República Bolivariana da Venezuela, em subtituição a apenas Venezuela.




Saiba mais
O Salto Ángel ou cataratas Ángel (nome nativo Parekupa-meru) é o mais alto salto do mundo, com 979 metros de altura (807 metros de queda sem interrupção), gerada pela queda do Rio Churún desde o Auyantepuy, no Estado de Bolívar, sudeste da Venezuela, próximo à fronteira com o Brasil e a Guiana. Seu nome é alusivo ao aviador estado-unidense James Crawford Angel.
O salto faz parte do Parque Nacional de Canaima, constituído em 1962 e declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1994. Trata-se de uma área de 30 000 km², (maior que a Bélgica), sendo o sexto maior parque do mundo.
A altura oficial foi determinada por uma pesquisa da National Geographic Society, em 1949, segundo Ruth Robertson em Jungle Journey to the World's Highest Waterfall. O livro de David Mott, Angels Four, relata a primeira escalada bem-sucedida pela face do Auyantepui, a montanha do mal, até o topo das cataratas.
O salto era conhecido pelos indígenas da zona, que o chamavam Kerepakupai-meru ("queda de água até o lugar mais profundo"), em idioma pemón, mas seu "descobrimento" pelos ocidentais é um assunto controvertido. Alguns historiadores atribuem-no a Ernesto Sánchez, explorador que em 1910 notificou o achado ao Ministério de Minas e Hidrocarburos em Caracas. Outros citam o capitão Félix Cardona Puig, que em 1927, junto a Mundó Freixas, divisou o grande salto no maciço de Auyantepuy.
Os artigos e mapas de Cardona atraíram a curiosidade e o espírito de aventura do aviador Angel. Em 21 de maio de 1937, Cardona acompanhou Jimmy Angel no sobrevôo ao salto. Em setembro do mesmo ano, Jimmy Angel insiste em aterrissar sobre o Auyantepuy, o que consegue abruptamente, incrustando seu pequeno avião no solo. As notícias do acidente, sem vítimas, motivaram que o grande salto fosse batizado como Salto Ángel.
Em Canaima, Santa Elena de Uairén e Ciudad Bolívar há operadores turísticos que promovem excursões por terra, água e ar (em avião ou helicóptero) para divisar o Auyantepuy e seus numerosos saltos de água.

 
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