A experiência desenvolve nosso crescimento pessoal e profissional, nos transforma e nos ensina. Trilhar caminhos desconhecidos, enfrentar longas tempestades elétricas, fugir das chuvas de granizo, ser resgatado após uma queda, buscar pessoas perdidas, apagar incêndios em florestas, promover sorrisos, realizar sonhos, guiar, participar de conquistas, chorar nas alvoradas, se emocionar ao pôr do sol, receber um reconhecimento, mobilizar pessoas, plantar, manejar, descobrir novos caminhos ou ouvir que por quatro horas eu mudei a vida de alguém, pelo simples fato de tê-lo guiado numa trilha, são vivências.
Um outro amigo me disse:
- Anderson! Esses são os seus feitos!
- Sim! - respondi.
- Estou escrevendo um livro. – risos.
Guiando nas montanhas aprendemos o real sentido das palavras.
Projetar um desafio, montar uma expedição e viver essa experiência possibilita descobrir a razão de um verdadeiro objetivo.
Ao longo de um grande caminho, incentivar amigos a continuar enfrentando obstáculos naturais, mesmo que o clima esteja desfavorável, é ascender e valorizar o espirito de equipe.
Viver pendurado em grandes encostas preso a equipamentos, lidando com ventos ou raios, trabalhamos nosso psicológico e conhecemos o verdadeiro sentido da palavra medo.
Lidar com problemas, tomar decisões a curto prazo, optar pelo melhor caminho, ter iniciativa num plano de resgate, estimular sua inteligência emocional ou uma tomada de decisão assertiva, nos torna verdadeiros líderes.
Ao chegar no alto de uma montanha e poder contemplar o pôr do sol ou sua alvorada, é natural entender o real significado da paz.
Essas são apenas algumas das várias respostas que encontramos quando vivemos e percorremos pelas encostas ou cristas das nossas grandes montanhas do planeta.
Nesse tempo, busquei me envolver em grandes projetos, multiplicar boas ações e me unir com aqueles que tem o mesmo propósito. Nesse caminho conheci algumas pessoas e por uma série de razões encontrei nelas algo enriquecedor ou especial, e com outras dividi grandes aventuras e aprendizado.
Como não reconhecer as bandeiras brasileiras tremulando nas mãos dos montanhistas Rodrigo Raineri, Vitor Negrete, Carlos Santalena, Mozart Catão, Alexandre Oliveira e nas mãos do viajante Amyr Klink. Como não se inspirar no equilíbrio de Gideão Melo, na força de Pemba Sherpa ou nas conquistas de Flávio Daflon, Bernardo Collares, Alexandre Portela, Sérgio Tartari, Francesco Berardi ou das lentes de Peterson Almeida, Vitor Marigo, Felipe Lombardi e Marcelo Rabelo. Como não ter orgulho dos projetos humanitários e feitos de Karina Oliani, Andrei Polessi ou da determinação de Thaís Pegoraro, Jennifer Benetti e Felipe Camargo. Como não viajar nas expedições ou livros de Elias Luiz, Waldemar Niclevicz e Maximo Kausch. Como não parabenizar os conservacionistas Pedro Menezes, Jeremias Freitas, Ivan Terra Limpa, Chico Schnoor, Alex Vieira, Richard Smith, Beto Mesquita, Adriano Mello, Marcelo Mona, Roberta Campelo e guias como Hercules Avolio, Marcelo Crux, Cintia Daflon, Augusto Legal, Dirlei Silva, Thiago Haussig, Flávio Leone, Horácio Hagucci ou Dinho Pedrinha. Como não falar do engajamento de Vinicius Viegas e Rodrigo Fernandez pelo Turismo de Aventura ou montanhistas como Nelson Barretta, Alex de Castro, Zé Mária, Arthur Costa e os braços fortes do voluntariado: Claudia Pereira, Taninha Flu, Mônica Lemos, Alane Oliveira, Thiago Martins, Ana Popescu e Sávio Teixeira. Acrescento, ainda, as grandes aventuras com meus irmãos Alessandro Ribeiro, Adriano Ribeiro e também com meus amigos Marlon Regis, Jeremias Freitas, Leonardo Mendes, Anderson Arruda, Bruno Camerano, André Camerano e minha querida esposa Verônica Rocha, além de muitos e muitos outros, não menos importantes.
Durante todo esse tempo caminhei sozinho, fui de Federações de Montanhismo, clubes, grupos e atualmente lidero a AVEC Trilhas (Empresa de Turismo de Aventura sustentável no Rio de Janeiro), componho a Diretoria da ACTA (Associação Carioca de Turismo de Aventura), sou um dos fundadores e Coordenadores da Trilha Transcarioca (1° Trilha de Longo Curso do Sistema Brasileiro de Trilhas), Componho a Diretoria da APAVIDA (Consultoria ambiental e atividades ao ar livre), sou embaixador no Rio de Janeiro do Instituto DHARMA (Projetos de ajuda humanitária no Brasil e no mundo), Colaborador aqui do Portal Extremos (o maior portal de aventura do Brasil e um dos maiores do mundo), além de palestrante e conservacionista.
Nesses meus vinte anos de montanhismo na busca por um planeta melhor, desejo aos meus companheiros de jornada paz, percepções, vida longa, luz e muito reconhecimento.
Conservação, respeito, equilíbrio e amor é o que eu desejo para nossas montanhas.
Há sete anos meu caminho está ainda mais rico. Hoje, conto também com a companhia do meu filho Pedro, com quem multiplico o amor e respeito pela natureza.
Namastê!
Abraços verdes!
Anderson Ribeiro Montanha |