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O Oscar de melhor cenário vai para o Jalapão
 

texto e fotos: Quésia Cunha
8 de maio de 2018 - 10:15

 
Quésia Cunha nas dunas do Jalapão
 

O Jalapão é uma das manifestações de grande generosidade da natureza. Uma região mágica de paisagens naturais quase em estado virginal e selvagem, que nos põe em contato com a nossa essência por meio do cerrado e savanas que se estendem infinitamente diante dos olhos. Rios cristalinos, dunas alaranjadas e douradas, chapadões que parecem fortalezas a esconder algo misterioso por traz de seus paredões, fervedouros que brotam da terra e nos impulsionam para a superfície e nos desafia a vivermos sem medo, a abrirmos os olhos para a beleza que está fora e dentro de nós.

Nosso grupo, composto por oito pessoas de estados e histórias diferentes, mas, que se permitiram viver intensamente as emoções que se apresentavam nessa natureza bruta, doce e surpreendente viveu emoções marcante e inesquecíveis. Foram dias de vínculos empáticos, ternura na convivência e intimidade que só é possível quando há respeito e carinho conquistado em meio à cumplicidade do cenário natural.

Mais que apaixonados pela natureza e turismo de aventura, o grupo, heterógeno, foi formado por pessoas em busca de novos olhares e novas referencias, cada um com sua motivação pessoal em que as diferenças somaram-se em complementaridade e convivência terna no acampamento bem no coração do Jalapão.

O acampamento pertence a empresa Korubo, bem estruturado no meio do mato e à beira do cristalino rio novo nos desafiou a desconexão das referencias urbanas, à sintonia com o belo e simples que se espalha generosamente em derredor. A Korubo funciona como um sistema do tipo safári, com tendas confortáveis e instalações fixas com banheiros, redário e refeitório e todo conforto sem abrir mão da singeleza e do charme rústico dos acampamentos.

As estradas mal conservadas e de solo arenoso é um desafio à resistência, paciência e perseverança que eram vencidos com caminhões adaptados e apropriados à rudeza do local e com bom humor, afinal as dificuldades são um aprendizado de empatia ao que cada morador enfrenta todos os dias.

 
Jalapão
 

O primeiro destino é uma parada no meio da estrada onde situa-se o canyon Sussuapara que parece esconder um portal para outra dimensão. De suas paredes rochosas escorre agua cristalina que refresca o ambiente e renova as forças diante do calor intenso da região. Do paredão brota uma torrente de água refrescante que representa o batismo e preparação para o que estava por vir.

Conhecemos dois fervedouros, um raro fenômeno que parecem um oásis no meio do cerrado. A água emerge do solo e se mistura à areia e sem esforço boiamos nas águas cristalinas e transparentes da piscina natural. A areia em suspensão dá uma sensação de podermos ver o fundo mas, é uma ilusão. Não é possível afundar em função da suspensão da areia e da água que brota ininterruptamente e de forma surpreendente.

A cachoeira do formiga, fica próxima ao município de Mateiros. De águas verde esmeralda e morna, é uma celebração ao descanso, ao relaxamento e à entrega do ser a energia local que lava toda preocupação, ansiedade e stress. A areia branca e a agua cristalina é rodeada de vegetação intensa e mergulhar é um convite ao puro deleite.

 
Jalapão
 

Entre as atrações que mais encantam os olhos e a alma está a Cachoeira da Velha, uma enorme queda d’água em forma de ferradura e som ruidoso. Não é possível tomar banho em suas águas, no entanto, o espetáculo da força das águas compensa toda a viagem e despedir-se dela e do rio calmo que é formado por suas águas é um imenso esforço a que a contempla.

As dunas douradas e também conhecidas como o cartão postal do Jalapão, são compostas por areias finas e alaranjadas que se espalham em várias elevações formando um cenário planetário e de beleza singular. O silencio que impera é reconfortante e o sobe e desce faz-nos sentir crianças novamente. Paredões em erosão circundam as dunas e com a ação dos ventos alimentam as areias com seus tons dourados e formam cenários que nunca se repetem com diferentes intensidades e tonalidades da cor laranja numa monocromia bem planejada por Deus.

A Serra do Espírito Santo é uma das grandiosas formações rochosas do Jalapão e compõe um cenário surpreendente com a serra do meio e uma montanha conhecida como serra da bigorna que lembra um funil invertido. Percorrer a trilha que leva ao topo proporciona uma visão ampla da topografia do cerrado com suas veredas de buritis com intensos tons de verde em contraste com o céu de azul intenso com a presença de nuvens, que nessa época do ano se desprende em alguns pontos específicos como cortinas tremulando no além. Do alto da trilha contempla-se o platô e se tem uma linda vista para as dunas e outras formações que lembram torres de castelos medievais. O platô é amplo e bem preservado com vegetação própria do cerrado, aves e bichos que se escondem diante da presença dos visitantes.

 
Jalapão
 

Ao retornar da serra do Espirito Santo enfrentando a estrada esburacada e cheia de vincos profundos, somos presenteados com um céu de coloração intensa que tira o folego. A serra assume um tom de laranja intenso que parece que uma imensa lâmpada foi acesa por dentro da rocha. As nuvens avermelhadas incendeiam o céu e enche nossos corações de gratidão e paz!

Ainda tem canoagem, flutuação e banhos diários no rio novo de águas potáveis que renova, refaz e restaura. Tem comida caseira e saborosa, artesanato único e elegante da cor de ouro reluzente. Tem povo amável e de sorriso tímido e acolhedor.

 
Jalapão
 

O Jalapão é mais que novela, é cenário de cinema, é reserva natural quase intocada que merece nossa reverencia e o Oscar de melhor roteiro, som, imagem, cenário, fotografia, edição e efeitos visuais.

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