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Uma montanhista argentina está presa a 3.000m no Logan
 
da Redação: Elias Luiz
4 de maio de 2017 - 07:30
 

Natália no Campo 2 do Monte Logan, Canadá.
 

Atualizado em 05.05.2017 - 06:10

Natalia Martínez foi resgatada e está bem! O resgate tinha sido adiado para hoje, dia 5 de maio, mas ontem o piloto Tom Bradley da Icefield Discovery, o mesmo que hávia jogado um novo par de crampos para ela na semana passada, estava sobrevoando a região e percebeu uma melhora no clima e informou a equipe de resgate, que imediatamente começou com a operação logística de resgate via helicóptero que só terminou às 22h30, retornando a base da Icefield Discovery, de onde enviou esta foto.


Natalia e Lance celebran­do o regresso! Foto: Tom­ Bradley­
 

Publicado em 04.05.2017 - 07:30

Uma argentina tenta sobreviver na montanha mais alta do Yukon, Canadá. Natalia Martínez, de 37 anos, está presa no monte Logan depois de, pelo menos, dois sismos provocar uma série de avalanches no local. Natalia tinha como objetivo a escalada e travessia do pico leste do monte Logan em solitário. Ela já estava em seu 9º dia de expedição quando o terremoto de 6,3 graus sacudiu a região.

No último domingo, 30 de abril, devido ao terremoto que abalou a região, Natalia deixou seu acampamento no glaciar (C5) e se mudou para um lugar mais seguro antes da queda de avalanches, gelo e rochas. Infelizmente o local é um pouco mais exposto ao vento, algo que a preocupava por causa de uma tempestade que se aproximava.

Como esperado, a tempestade atingiu o acampamento com neve pesada e ventos muito fortes, em suas palavras: "Era uma loucura!", e Natalia como uma montanhista e expedicionária experiente, conhece muito bem sobre ventos! A estação meteorológica a 30 km de distância e mil metros abaixo registrou rajadas que ultrapassaram 100 Km/h. Onde Natalia está o vento deve ter açoitado com ainda mais força, e combinado com a neve e temperaturas de -20°C tornou-se um desafio de sobrevivência para a montanhista. Mas ao contrário dos terremotos, este era um desafio ao qual ela já estava preparada para enfrentar durante a sua travessia nesta região inóspita do planeta. Natália não conseguiu dormir durante ao noite, pelo forte vento que sacudia constantemente a sua barraca, mas atingiu o seu objetivo de se manter segura e o acampamento em boa forma até o amanhecer.

Ontem às 15h, através de um telefone satelital, ela enviou boas notícias. Disse que estava tudo mais tranquilo, o vento estava moderado e que estava preparando uma refeição quente, porque durante a tempestade era impossível usar o fogareiro.

Início da expedição

A travessia de Natália começou no dia 22 de abril, depois de um voo de Kluane Lake para uma área próxima da base do pico leste do monte Logan. O grande desafio inicial era transportar sozinha os 60kg de equipamentos e mantimentos para a sua travessia.

No quarto dia de expedição, quando estava no Campo 2, um crampon quebrou, o que a obrigaria a abandonar a expedição. Mas ela conseguiu contato via rádio com a agencia Icefield Discovery e no dia seguinte montaram um logística, onde um avião sobrevoou a área do acampamento e jogou um par de crampon novo para ela.

Na espera de um resgate

No momento Natália espera por um resgate de helicóptero, que ainda não aconteceu por causa do clima. Mas a previsão é que o tempo melhore nesta sexta-feira e assim o resgate poderá ser realizado.

   
Natália Martínez Marín O mapa da escalada e travessia do Pico Leste do Monte Logan
 

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