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Transpatagônia, expedição, livro e filme
texto e vídeo: Elias Luiz
20 de fevereiro de 2017 - 17:15
 
Transpatagônia está disponível para assistir no Netflix
 
  Elias Luiz  

Na resenha que escrevi logo no lançamento do livro Transpatagônia, Pumas Não Comem Ciclistas, de Guilherme Cavallari (colunista do Extremos desde 2010), eu disse que a obra “certamente será referência em literatura de viagem no Brasil” e hoje sei que eu estava certo.

Primeiro veio a Expedição Transpatagônia, de outubro de 2013 a março de 2014, quando o aventureiro, escritor, editor e faz-tudo na Kalapalo Editora, percorreu 6.000 km sozinho de bicicleta em seis meses toda a extensão da Patagônia e da Terra do Fogo, no Chile e na Argentina. O público do Extremos pode acompanhar todas as etapas da viagem em podcasts gravados em campo por Cavallari. Depoimentos que foram criando grande expectativa para o que viria depois — livro e filme.

Em agosto de 2015, o filme-documentário Transpatagônia, dirigido por Cauê Steinberg a partir do material filmado durante a viagem e completado por entrevistas com Cavallari, ficou pronto e menos de dois meses depois faturava o prêmio do público no Rio Mountain Festival, o mais importante festival de cinema de aventura do Brasil. Em janeiro de 2016, o documentário estreou no Netflix da América Latina e é até hoje o filme brasileiro do gênero de maior sucesso do canal.

E finalmente, em abril de 2016, saiu o esperado livro Transpatagônia, Pumas Não Comem Ciclistas, que tive a oportunidade de ler ainda em manuscrito, meses antes do lançamento. E como geralmente acontece, o livro é bem mais completo que o filme.

Quando perguntado se a expedição, o livro e o filme fizeram sucesso, Cavallari responde que não sabe, “não penso nisso, penso apenas em fazer o meu melhor, quero sempre que o próximo projeto seja melhor que o último. Não olho pra trás”. Mas é inegável que a trajetória do projeto, em tão pouco tempo de vida, foi positiva. Transpatagônia estabeleceu um padrão de produção e linguagem, de alcance e complexidade, de cuidado e genuinidade que poucas obras já alcançaram no Brasil. E quem ganha com isso somos todos nós, consumidores do segmento aventura.

Mas o principal objetivo dessa matéria é alertar. Se você assistiu ao filme e ainda não leu o livro, não perca a oportunidade! Repito o que escrevi na resenha escrita tempos atrás: “Poucas obras tem o poder e transformação, informação e de inspirar o leitor a conhecer um novo mundo que Guilherme Cavallari conseguiu imprimir nas páginas de seu livro”. E usando as palavras do próprio Cavallari: “No livro vou mais fundo nos questionamentos e descobertas pessoais, na história e na cultura da Patagônia, na ciência e na arte de viajar de bicicleta”.

Onde comprar o livro

   

Kalapalo Editora

Livraria Cultura

Saraiva

 

Onde assistir o filme

• Netflix - Canal Brasil / Net / Now - iTunes Store - GooglePlay

Direção e roteiro: Cauê Steinberg
Argumento, texto e apresentação: Guilherme Cavallari
Duração: 63 minutos
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Classificação: Livre

 

Alguns comentários de quem já leu o livro

“Sempre com um olhar questionador e sincero, o livro narra a longa travessia e leva até o leitor uma extensa e interessante pesquisa histórica e literária. Um convite tentador para a próxima viagem.” 

Sessão Cultura da revista “Go Outside” de novembro de 2015

“O livro, numa palavra, ou melhor, em duas palavras: é inspirador!” 

Paulo Vieira, ex-editor da revista “Viagem e Turismo”
e atual editor do site “Jornalistas Que Correm”

“No todo, é um livro de viagem moderno. Ambientalismo, capitalismo, tecnologia e espiritualismo, tudo em cima de uma bicicleta. Não poderia ser mais século XXI, sem perder os laços com o passado e ao mesmo tempo ser uma homenagem ao poder do presente. A leitura também foi uma bela viagem! Obrigado!” 

Renato Kestener

“O texto é inspirador e poético, as reflexões são profundas e verdadeiras, tocam a alma, conversam com o coração. Admiro a facilidade com que os aprendizados mais íntimos, a tristeza mais real, os desejos mais mundanos foram narrados. Lendo o livro, conectei-me com o mais profundo eu.” 

Antônio Calvo, diretor do “Armazém Aventura” e colunista do site “Extremos”

“O melhor livro de cicloturismo que já li!” 

Charles Zimmermann, aventureiro e autor do livro de cicloturismo “Travessias”

“A escrita envolvente e direta transformou esse livro numa das melhores narrativas de aventura que já li.” 

Amandina Morbeck, editora do site “Viajando com Amam”

“Um depoimento sincero, claro; muito bem escrito mesmo. Deve inaugurar uma tendência nesse tipo de literatura no país por estabelecer esferas muito bem sustentadas e amarradas por uma estrutura literária repleta de humanidade.” 

André Gurgel, autor do livro "Meu Primeiro GPS”

“Transpatagônia, Pumas não Comem Ciclistas, foi uma daquelas leituras em que a gente se transporta para o enredo, participa, aprende e quer ver tudo in loco. Esse livro está na minha estante ao lado de Amyr Klink e Shackleton.” 

Luiz Pelizzer

“Transpatagônia, Pumas não Comem Ciclistas, me emocionou por muitas vezes, não só pelo relato da viagem em si mas pela delicadeza da descrição dos detalhes. O livro me encorajou a realizar um sonho e seguirei na minha primeira viagem de bike. Obrigada!” 

Jaqueline Ferreira

 
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