Na resenha que escrevi logo no lançamento do livro Transpatagônia, Pumas Não Comem Ciclistas, de Guilherme Cavallari (colunista do Extremos desde 2010), eu disse que a obra “certamente será referência em literatura de viagem no Brasil” e hoje sei que eu estava certo.
Primeiro veio a Expedição Transpatagônia, de outubro de 2013 a março de 2014, quando o aventureiro, escritor, editor e faz-tudo na Kalapalo Editora, percorreu 6.000 km sozinho de bicicleta em seis meses toda a extensão da Patagônia e da Terra do Fogo, no Chile e na Argentina. O público do Extremos pode acompanhar todas as etapas da viagem em podcasts gravados em campo por Cavallari. Depoimentos que foram criando grande expectativa para o que viria depois — livro e filme.
Em agosto de 2015, o filme-documentário Transpatagônia, dirigido por Cauê Steinberg a partir do material filmado durante a viagem e completado por entrevistas com Cavallari, ficou pronto e menos de dois meses depois faturava o prêmio do público no Rio Mountain Festival, o mais importante festival de cinema de aventura do Brasil. Em janeiro de 2016, o documentário estreou no Netflix da América Latina e é até hoje o filme brasileiro do gênero de maior sucesso do canal.
E finalmente, em abril de 2016, saiu o esperado livro Transpatagônia, Pumas Não Comem Ciclistas, que tive a oportunidade de ler ainda em manuscrito, meses antes do lançamento. E como geralmente acontece, o livro é bem mais completo que o filme.
Quando perguntado se a expedição, o livro e o filme fizeram sucesso, Cavallari responde que não sabe, “não penso nisso, penso apenas em fazer o meu melhor, quero sempre que o próximo projeto seja melhor que o último. Não olho pra trás”. Mas é inegável que a trajetória do projeto, em tão pouco tempo de vida, foi positiva. Transpatagônia estabeleceu um padrão de produção e linguagem, de alcance e complexidade, de cuidado e genuinidade que poucas obras já alcançaram no Brasil. E quem ganha com isso somos todos nós, consumidores do segmento aventura.
Mas o principal objetivo dessa matéria é alertar. Se você assistiu ao filme e ainda não leu o livro, não perca a oportunidade! Repito o que escrevi na resenha escrita tempos atrás: “Poucas obras tem o poder e transformação, informação e de inspirar o leitor a conhecer um novo mundo que Guilherme Cavallari conseguiu imprimir nas páginas de seu livro”. E usando as palavras do próprio Cavallari: “No livro vou mais fundo nos questionamentos e descobertas pessoais, na história e na cultura da Patagônia, na ciência e na arte de viajar de bicicleta”.
Onde comprar o livro
Onde assistir o filme
• Netflix - Canal Brasil / Net / Now - iTunes Store - GooglePlay
Direção e roteiro: Cauê Steinberg
Argumento, texto e apresentação: Guilherme Cavallari
Duração: 63 minutos
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Classificação: Livre
Alguns comentários de quem já leu o livro
“Sempre com um olhar questionador e sincero, o livro narra a longa travessia e leva até o leitor uma extensa e interessante pesquisa histórica e literária. Um convite tentador para a próxima viagem.”
Sessão Cultura da revista “Go Outside” de novembro de 2015
“O livro, numa palavra, ou melhor, em duas palavras: é inspirador!”
Paulo Vieira, ex-editor da revista “Viagem e Turismo”
e atual editor do site “Jornalistas Que Correm”
“No todo, é um livro de viagem moderno. Ambientalismo, capitalismo, tecnologia e espiritualismo, tudo em cima de uma bicicleta. Não poderia ser mais século XXI, sem perder os laços com o passado e ao mesmo tempo ser uma homenagem ao poder do presente. A leitura também foi uma bela viagem! Obrigado!”
Renato Kestener
“O texto é inspirador e poético, as reflexões são profundas e verdadeiras, tocam a alma, conversam com o coração. Admiro a facilidade com que os aprendizados mais íntimos, a tristeza mais real, os desejos mais mundanos foram narrados. Lendo o livro, conectei-me com o mais profundo eu.”
Antônio Calvo, diretor do “Armazém Aventura” e colunista do site “Extremos”
“O melhor livro de cicloturismo que já li!”
Charles Zimmermann, aventureiro e autor do livro de cicloturismo “Travessias”
“A escrita envolvente e direta transformou esse livro numa das melhores narrativas de aventura que já li.”
Amandina Morbeck, editora do site “Viajando com Amam”
“Um depoimento sincero, claro; muito bem escrito mesmo. Deve inaugurar uma tendência nesse tipo de literatura no país por estabelecer esferas muito bem sustentadas e amarradas por uma estrutura literária repleta de humanidade.”
André Gurgel, autor do livro "Meu Primeiro GPS”
“Transpatagônia, Pumas não Comem Ciclistas, foi uma daquelas leituras em que a gente se transporta para o enredo, participa, aprende e quer ver tudo in loco. Esse livro está na minha estante ao lado de Amyr Klink e Shackleton.”
Luiz Pelizzer
“Transpatagônia, Pumas não Comem Ciclistas, me emocionou por muitas vezes, não só pelo relato da viagem em si mas pela delicadeza da descrição dos detalhes. O livro me encorajou a realizar um sonho e seguirei na minha primeira viagem de bike. Obrigada!”
Jaqueline Ferreira
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