WALDEMAR NICLEVICZ
Expedição México e América Central
 
 
Publicado em 22/01/2009 - 23h25 - da redação
 
 
 
Foto 1 - A Bandeira do Brasil se juntou a da Costa Rica, no alto dos 3.820m do Chirripó, no dia 19 de janeiro de 2009, às 5:53hs.
Foto 2 - Perto do refúgio, a 3.600m, está Los Crestones, uma crista formada por torres de rocha, onde existem algumas vias de escalada. Reparem à esquerda, na base da grande torre, algumas pessoas.
Foto 3 - Los Crestones é o lugar ideal para ver o entardecer.
Foto 4 - Amanhecer no alto da maior montanha da Costa Rica.
   
 
 
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Estimados Amigos!

Após escalar as maiores montanhas do México e da Guatemala (todos vulcões e muito interesantes), passei rapidamente por San Salvador (El Salvador), Tegucigalpa (Honduras) e Manágua (Nicaragua).

Nao subi nenhuma montanha nesses países, onde também predominam os vulcões, e a razão principal é a falta de segurança, infelizmente são países muito pobres, com alto índice de criminalidade.

No guia Lonely Planet está escrito: “pode ter a certeza, que quando você colocar o pé em uma das ruas de Tegucigalpa, vai ter um ladrão te seguindo”. E quando fui sair do hotel a pé em Manágua, a recepcionista se surpreendeu dizendo: “você nao tem medo de ser assaltado”!

Bem, depois da Guatemala, indo para o sul, a Cordilheira Vulcânica vai perdendo altitude e praticamente se desfaz. Os vulcões ficam menos imponentes e a escalada nao passa de uma caminhada bem simples de uma ou duas horas.

Aquí na Costa Rica a cordilheira volta a se formar e a ganhar altitude, a principal se chama Talamanca, e nao é mais vulcânica, embora exista vários vulcões no país. A exuberância da floresta é quem garante à paisagem um ar selvagem, tudo muito parecido com a Serra do Mar no Brasil.

Acabei subindo o Cerro Chirripó (3.820m), a maior montanha da Costa Rica, no dia 19 de janeiro. No dia 18 fui dos 1.470m até os 3.400m (2 mil metros de desníve!), caminhando 15Km em 6 horas, primeiro por uma floresta e no final por uma espécie de campo de altitude chamado de Páramo, algo parecido com o Planalto de Itatiaia (a Costa Rica é o único país da América Central onde ocorre o Páramo, comum na América do Sul – Venezuela, Colombia e Equador).

Antes do ataque ao cume passei a noite no confortável Refúgio Crestones, a 3.400m, provido de beliches com colchões, cozinha e banheiros, tudo em perfeito estado de funcionamento. Para ingressar no parque Nacional Chirripó (15 dólares) e usar o refúgio (10 dólares) é preciso fazer reserva e pagar as taxas com pelo menos 2 meses de antecedência.

Do refúgio até o cume mais 1 hora e 30 minutos indo rapidinho, cheguei lá a ponto de ver a linda saída do sol entre as nuvens, antes de iniciar a longa descida de 21 Km e quase 2.500m de desnível até o início da trilha.

Agora estou partindo para o Panamá. Veja nas fotos como é o Chirripó.

Grande abraço,

Waldemar Niclevicz