Sábado passado, dia 20 de agosto, logo cedinho me juntei com o Yan Ouriques para o último treino pré-viagem para a Papua, Nova Guiné, onde farei a quarta escalada do projeto 7CUMES. Preparação pra lá de emocionante – e de extrema utilidade – para encarar os desafios, que não serão poucos, da Pirâmide Carstensz (o pico mais alto da Oceania, com 4.884 metros de altitude). Entre eles, a subida em uma parede de mais de 500 metros. Adendo: essa é a única montanha do roteiro com escalada em rocha. Vai vendo.

Mas antes de contar como foi a nossa aventura no Dedo de Deus – a primeira vez do Zillermano a escalar esse ícone do montanhismo brasileiro – vale apresentar o compay Yan Ouriques. Ele é escalador profissional, competidor e meu treinador de escalada em rocha. É sócio-fundador da Rokaz Escalada, academia que treina e incentiva inúmeros apaixonados pelas montanhas a melhorar suas experiências, preparando-os para as tão sonhadas escaladas a céu aberto. Não à toa, se juntou à Expedição #7CUMES rumo à Pirâmide Carstensz. Um fato: sua presença será fundamental.

Volta pro Dedo de Deus

O pico tem 1.692m de altitude e fica entre as cidades de Petrópolis e Teresópolis, mais precisamente nos limites do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, região de Guapimirim. Quem ficou ligado no site do Zillermano (gziller.com), acompanhou, pelo link de rastreamento da SPOT Brasil, todo o nosso trajeto.

Essa subida não é mole, não. Tem uma rampa, malandro! Ali é #puraadrenalina. É o lugar onde os ateus se convertem, os anjos aparecem e onde sua vida toda passa pela cabeça. E a natureza deu um jeito de deixar tudo ainda mais emocionante, mandando um belo de um vento forte pra acompanhar eu e o Yan naquele jornada.

O Dedo de Deus, uma das escaladas clássicas no Brasil.		Gustavo Ziller e Yan Ouriques no início da escalada.

A verdade é que, além de todo o esforço físico, foi um dia de atividade cerebral intensa. E isso é muito valioso, sabe pra quê? Pro psicológico. Esse é meu recado. Além de um bom preparo físico, a cabeça precisa ser muito bem trabalhada. Sempre sigo a filosofia: “se prepara pro pior, que o que vier dá pra ser encarado”. Psicológico é isso. E, pra essa pegada, Dedo de Deus é treino essencial.

Cada enfiada na pedra, uma sensação diferente. E depois de uma trilha que exige muito esforço e concentração, deu cume! Às 16h20.

Nessa hora, uma mistura de sentimentos invade, sacumé? Pavor, adrenalina, felicidade, estafa, medo, redenção.

E ali ainda era só a metade do caminho, porque a volta é tão exigente quanto a ida. Na minha conta no Instagram, eu postei alguns petardos desse percurso. Já era noite quando chegamos à base da pedra, na estrada de Teresópolis. E seguimos para um merecido descanso.

Resumindo: foi épico. Um encontro sublime com o extraordinário! Um dia que valeu por um mês e que entrou pra história do Zillermano. Dá para acompanhar cada detalhe no álbum que eu fiz no Facebook com o passo a passo da ascensão.

Pra cima!		Um treino puxado no Dedo de Deus.

Só para complementar isso tudo, vale contar que no dia 5 de setembro (tá dobrando a esquina!), Maximo Kausch, um dos mais experientes guias de alta montanha do Brasil, e o brother Gabriel Tarso, film maker do programa 7CUMES e #budamaster das fotografias de paisagens naturais, embarcam comigo para a Oceania. Yan Ouriques, novo integrante da equipe, engrossa o time!

E eu sou o Zillermano, o cara que criou o projeto 7CUMES, que envolve essa galera toda que acabei de citar, e que faz a rima para resultar em um programa de tv, transmitido pelo Canal Off, e na publicação dos livros de cada uma das escaladas.

Dessa coleção, já publiquei “Aconcágua” e estamos no caminho de lançar “Kilimanjaro”. Antes desses títulos, escrevi “Escalando Sonhos”, que conta como decidi mudar de vida e por que escolhi as montanhas para dar um novo significado para a minha existência.

Gustavo Ziller no cume do Dedo de Deus.		Descanso!

É isso, turma. Bora acompanhar essa tribo na expedição? Então fique ligado aqui, no Portal Extremos.

Avante, sempre!
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