1º dia - De Reikjavik a Landmannalaugar
da redação na Islândia: Elias Luiz
3 de setembro de 2012 - 22:00
 
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  • Foto: Elias Luiz
    Parada no primeiro complexo de cachoeiras antes de chegar a Landmannalaugar Foto: Elias Luiz
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    Nosso grupo de trekkers" Foto: Elias Luiz
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    Paisagem com rochas em vários formatos impressiona" Foto: Elias Luiz
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    Vista do alto da trilha " Foto: Elias Luiz
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    Montando as barracas em plena chuva, vento e muito frio" Foto: Elias Luiz
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    Um banho em uma piscina de águas termais. Difícil foi sair no frio depois." Foto: Elias Luiz
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    O furgão que utilizamos no translado de Reikjavik até Landmannalaugar, preparado para atravessar os vários rios." Foto: Elias Luiz
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    Na barraca refeitório, John o nosso cozinheiro preparando um jatar a base de salmão fresco." Foto: Elias Luiz
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Parada no primeiro complexo de cachoeiras antes de chegar a Landmannalaugar Foto: Elias Luiz

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Uma grande explosão colocou este país no centro das atenções durante alguns meses e agora eles estão se preparando para a próxima, o turismo de aventura. A Iceland ou Islândia para nós, chamou a atenção do mundo após a erupção do vulcão Eyjafjallajökull que parou o tráfego aéreo da Europa por vários dias em meados de 2010.

O turismo de aventura promete tornar a ilha que fica as margens do circulo polar Ártico no centro das atenções nos próximos anos e muitos aventureiros partirão com suas mochilas para alguns dos atrativos que a ilha oferece e são muitos.

A ilha já tem uma boa estrutura a oferecer ao turismo, mas um volume maior de pessoas desembarcando no aeroporto da capital Reykjavik só deve acontecer aos poucos, do boca a boca de quem experimenta e na força de divulgação das revistas, sites especializados e dos filmes que estão começando a usar as locações cênicas da ilha para encantar a todos nas grandes telas.

Sentindo a força eminente da região o editor chefe do Extremos, Elias Luiz, colocou a mochila nas costas e com apoio da Hi-Tec partiu para ver de perto esse Pantone ao ar livre. O destino escolhido foi a travessia Landmannalaugar a Pórsmörk, 56km de trekking pelo planalto islandês, e provavelmente pode ser o primeiro brasileiro a realizar tal feito. Não que seja difícil e sim por falta de divulgação deste destino no Brasil.

A Islândia já impressiona assim que você chega, a ausência de árvores, a temperatura baixa mesmo no verão e a terra remexida as margens da rodovia no translado do aeroporto para a capital Reykjavik impressiona, você sente que a terra aqui está viva.

Escolhi um trekking guiado e assistido da agencia Arctic Adventures - www.adventures.is.

Primerio dia
Logo cedo a pickup da empresa passou em meu hotel e depois de alguns minutos no escritório da agencia partimos em um dia chuvoso rumo a Landmannalaugar, nosso grupo consistia em nove pessoas mais o guia e o cozinheiro que sempre nos esperávamos no próximo destino com a barraca refeitório montada e um café quente a nossa espera. Laurent, nosso guia é françês mas já vive há alguns anos na Islândia, nosso grupo era bem internacional, tinha o jovem casal de russos, o belga, suíço, suécas, holandês e eu o único de fora da Europa.

O primeiro dia é um translado até o primeiro acampamento, mas pouco antes paramos e fizemos um trekking a um conjunto de cachoeiras e logo no primeiro dia experimentei algo que seria normal no trekking e que me incomodaria muito, as travessias de rios, sempre que isso acontece temos que parar tirar as botas e colocar uma sapatilha de borracha para atravessar o rio e do outro lado parar, limpar os pés e colocar novamente as meias e as botas, parece algo simples se fosse no Brasil, vale lembrar que a temperatura média era de 6 graus, sem contar o forte vento e a água gelada que chega a doer de tão fria. Esse primeiro trekking foi curto, acho que só para o guia avaliar o grupo e logo de cara ele notou que não gostei da brincadeira do "cross river", e sempre me provocaria com isso, dizendo:

- Elias, hoje tem cross river.

Ao chegarmos em Landmannalaugar a barraca refeitório estava montada, mas as barracas dormitórios os próprios trekkers teriam que montar, por sorte havia escolhido dormir nos Hut (cabanas) o que me poupou de montar a barraca em plena chuva. Esse primeiro dia já estava mostrando o que seria este trekking, frio, chuva, muito vento, cross river e muito mais.

A chuva caia fina, o vento ajudava e incomodar ainda mais, foi então que comecei a ver algumas pessoas de sunga em direção a um lago de águas termais bem próximo do alojamento e mesmo relutando resolvi fazer o mesmo. O lago é alimentado com água quente da montanha e a temperatura na maior parte do lago é morna e agradável, só próximo as nascentes que a temperatura fica muito alta. O banho quente ao ar livre com a chuva gelada caindo foi maravilhoso, o problema foi sair em pleno frio e correr para a cabana.

A noite fomos surpreendidos com um belo jantar na barraca refeitório, salmão fresco com legumes e de sobremesa mousse de chocolate com creme, uma mordomia sem igual.