Próxima parada: Kathmandu, Nepal
da redação, Jus Prado
27 de abril de 2011 - 21:58
 
   
 
 

De ChengDu pegamos o vôo para Kathmandu, o qual apresentou alguns contratempos como atrasos e uma parada surpresa em Lhasa, no Tibet, para pegar o visto de saída da China. A passagem por Lhasa foi bem rápida, durou cerca de 30 minutos e infelizmente não deu para ver muita coisa, mas o contraste do aeroporto, Gonggar, com o altiplano tibetano foi algo que me chamou muita atenção. Quanta modernidade e literalmente no meio do nada.

A próxima parada agora é em Kathmandu e a nossa viagem está apenas começando! A diferença cultural é nítida já descendo do avião no aeroporto internacional Tribhuvan que sustenta uma estrutura bem simples em meio a um matagal cercado pela cidade.

Kathmandu (a capital), Patan e Bhaktapur juntos formam o que é conhecido como o Vale de Kathmandu, possui uma das maiores riquezas monumentais que se possa imaginar e faz com que qualquer visitante volte no tempo.

De início a capital nepalesa é um choque aparentando ser um lugar sujo, barulhento e desorganizado, mas, é só uma questão de tempo para perceber a maravilha que se esconde por trás do caos. Kathmandu é incrível, acolhedor, exuberante e de uma tolerância religiosa enorme, sendo muito comum encontrar templos hinduístas e budistas lado a lado e sadhus e monges convivendo pacificamente, cada um com o seu ritual, sua cerimônia e sua crença. Respeito é a palavra.

Ficamos em um hotel situado no coração do Thamel, bairro turístico repleto de lojas de equipamentos de montanha, roupas, panos indianos, imagens de deidades, joalherias, também hotéis, restaurantes, cafés, agências de turismo, bancos, livrarias, pequenos templos em todo canto, monastérios, rickshaw (táxi-bicicleta), carros, tuktuks (rickshaw motorizados) motos, vacas, ratos, pessoas, macacos, cachorros... Opa! Acho que já deu para visualizar, rs.

E antes de imergir no Himalaia fomos imergir na cultura local, visitando diversos templos e lugares sagrados.

Fomos a Bhaktapur conhecida como "cidade dos devotos" localizada a cerca de 20km de Kathmandu é extremamente encantadora. Um vilarejo perdido no tempo é a única que no perímetro do centro histórico não é permitido entrar com nenhuma espécie de veiculo, o que preserva a plenitude do lugar tornando-se mais tranqüilo e limpo, dentro dos parâmetros nepaleses é claro.

Patan é também conhecida como Lalitpur, a cidade da beleza, situada bem próxima de Kathmandu ao longo do rio Bagmati, sagrado rio onde ocorrem as cremações no complexo do mais importante templo hinduísta do Nepal: Pashupatinath. É considerada a cidade mais rica em monumentos e é realmente bela e cheia de vida, presenciamos algumas oferendas e rituais hindus regados a muito incenso, havia outros locais em que a entrada de turistas não era permitida.

Outro lugar magnífico é a Stupa Boudhanath, uma das maiores, senão a maior, stupa budista do mundo e é também dona de uma beleza e energia sublime. É considerado Patrimônio histórico mundial pela UNESCO junto com vários outros monumentos do vale de Kathmandu. Representa atualmente um dos mais importantes centros de peregrinação budista do Nepal, abrigando inúmeros tibetanos exilados.

E por fim Swayambhunath, conhecido como Templo dos Macacos (The Monkey Temple), e não é a toa, logo de início apresenta uma longa escadaria que dá acesso a entrada para os templos, o caminho é repleto por enormes imagens de buda fortalecendo o espírito e o sagrado do lugar e também encontramos nessa caminhada famílias e famílias de macacos, daí o nome popular. Do alto da colina, onde ficam os templos, dá para se ter uma vista deslumbrante do vale de Kathmandu rodeado pelo Himalaia.

Curtimos mais uns poucos e intensos dias em Kathmandu para então seguirmos no vôo mais alucinante para Lukla de onde vamos iniciar o trekking ao Everest.

Namastê!