Extremos
 
COLUNISTA GUILHERME CAVALLARI
 
Aventura real, aventura digital...
 
Texto: Guilherme Cavallari
7 de dezembro de 2015 - 11:00
 

Guilherme Cavallari durante a sua travessia de 450 km na Cape Wrath Trail.
 
  Guilherme Cavallari

Quem acompanha meu trabalho à frente da KALAPALO EDITORA, mapeando roteiros de trekking e mountain bike pelo Brasil, Patagônia e Terra do Fogo desde 2001, deve ter tido uma surpresa… De repente minha bússola finalmente apontou para o Norte em vez de mirar sempre o Sul (minha bússola sempre foi meio rebelde, eu sei…) e fui parar perto do Círculo Polar Ártico, nas Highlands da Escócia.

Outra surpresa também pode ter sido a total falta de privacidade que vivi e dividi com todo mundo durante a CAPE WRATH TRAIL que acabei de fazer. Mas tudo isso foi 100% intencional.

Relembrando… Caminhei sozinho e autossuficiente, fora de temporada, por 450 km, de Fort William até o extremo Noroeste das Highlands escocesas para chegar a Cape Wrath – um promontório rochoso atirado para dentro do Atlântico Norte e municiado apenas de um velho farol ainda ativo. Durante 21 dias não cruzei absolutamente ninguém nas trilhas e, ao mesmo tempo, não fiquei desacompanhado nem um passo do caminho.

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Big Brother

Há quem diga que estou ficando velho e medroso. Pode ser. Mas quem me conhece um pouco sabe também a importância que sempre dei à segurança, ao planejamento e à tecnologia que acrescenta qualidade à experiência de trilha, que para mim é sinônimo de experiência de vida.

Desde 2001, quando lancei o primeiro volume da coleção GUIA DE TRILHAS – hoje com quase 10.000 quilômetros de trilhas para trekking e mountain bike detalhadamente mapeadas e publicadas em 13 livros – sempre usei GPS de alta precisão na confecção dos guias. Durante os seis meses da Expedição Transpatagônia – que gerou o já consagrado livro TRANSPATAGÔNIA, PUMAS NÃO COMEM CICLISTAS e o premiado filme-documentário, dirigido por Cauê Steinberg, TRANSPATAGÔNIA – mantive um blog com regularidade e dei entrevistas em áudio para o site EXTREMOS.

Mas, na CAPE WRATH TRAIL, nas Highlands escocesas, fui além e investi pesado em tecnologia de segurança. E não me arrependi.

Há muitos anos venho acompanhando a tecnologia utilizada em personal beacons – “sinalizadores pessoais”, traduzindo para o português – que possibilita a localização do usuário através de sinal via satélite em qualquer lugar do planeta. Os melhores personal beacons dispõem também de dispositivos de emergência, sinais que, uma vez emitidos, desencadeiam uma operação de resgate de emergência.

Big Father

Funciona assim: o personal beacon emite um sinal a cada tantos minutos (o usuário configura essa frequência de tempo) que é captado por uma rede de satélites que permite que a pessoa em questão seja localizada e visualizada em mapas na internet. Todo mundo vai saber onde esse cara está, todo o tempo… Big Brother total!

Mas se um acidente acontece, de qualquer magnitude, e o botão de S.O.S. é acionado, polícia, corpo de bombeiros, guarda civil, guarda costeira e demais entidades oficiais de socorro e resgate são automaticamente acionados para o início de uma operação de resgate de emergência. Perfeito para a Europa, Estados Unidos, Japão e demais países do Primeiro Mundo, onde esses órgãos dispões de pessoal e equipamento para cumprir seu trabalho. No Brasil, infelizmente, não é tão simples assim…

No Brasil, a melhor chance de resgate em áreas remotas que uma vítima pode ter está, às vezes, nas mãos de amigos e familiares. Algo que, inclusive, eu ensino e não canso de repetir no CURSO DE TREKKING e no CURSO DE MOUNTAIN BIKE E CICLOTURISMO que ministro regularmente.

E essa é a diferença que enxergo na tecnologia disponível pela SPOT.

SPOT

Na CAPE WRATH TRAIL eu tinha comigo três aparelhos da marca SPOT: o GEN-3, o TRACE e o GLOBAL PHONE. Cada um com uma função específica e todos muito eficientes.

O GEN-3 é, de longe, meu favorito e esse aparelho que vai me acompanhar de hoje em diante em todas minhas aventuras. Ele é completo: emite os sinais regulares que permitem que o usuário seja acompanhado, em real-time, em qualquer lugar do mundo onde haja cobertura via satélite da Globalstar (marca proprietária da SPOT). Ele também dispões do botão de S.O.S., que aciona o resgate de emergência, enviando uma mensagem de socorro não apenas às entidades oficiais de socorro e resgate (polícia, corpo de bombeiros e afins) mas também a uma lista de amigos e familiares que o usuário escolhe.

 

O SPOT GEN3 tem o botão S.O.S. que aciona o resgate de emergência.
 

Minha esposa acompanhou passo a passo minha aventura solo de três semanas pelas Highlands escocesas e isso deu tranquilidade a ela, além de ter sido divertido. Do meu lado, eu sabia que se pressionasse o botão de S.O.S. haveria alguma chance de eu ser resgatado numa emergência. Sem o GEN-3 essa chance simplesmente não existiria.

O TRACE é um simples localizador, sem botão de S.O.S., e é mais útil para manter objetos como carros, motos, bicicletas e até mochilas, sob controle. Se o objetivo começar a se mover, o proprietário receberá um aviso e poderá acompanhar o deslocamento de seu objeto pela internet.

 

O SPOT TRACE rastreia tudo em tempo real.
 

O GLOBAL PHONE é exatamente o que seu nome indica: um telefone via satélite que funciona em qualquer lugar do planeta onde haja cobertura dos satélites da Globalstar . Foi com esse aparelho que dei entrevista ao site Extremos ao lado do farol no Cape Wrath, onde não tem energia elétrica ou sinal de celular. Usei esse aparelho também para matar a saudade da minha esposa durante a trilha e pude dividir com ela momentos especiais e me acalmar em horas de tensão.

 

O SPOT GLOBAL PHONE, um eficiênte telefone via satélite.
 

Ficou Interessado?

Se você ficou interessado nessa tecnologia e acha que ela vai acrescentar segurança ao seu esporte de aventura, como aconteceu comigo, os custos básicos são os seguintes…

No link (www.shopdbs.com.br/spot-h5/) dá para adquirir os aparelhos SPOT com desconto. O GEN-3 custa R$ 599. O TRACE sai por R$ 579. E o GLOBAL PHONE requer um investimento de R$ 1.499. Entrando no link acima e escolhendo qual produto SPOT você deseja comprar, basta digitar o código PROMOKALAPALO lá no espaço do “informe seu cupom ou vale-desconto” que rola um desconto de 5% para os fãs da Kalapalo Editora, e se o pagamento for à vista tem mais 5% de desconto. Uma vez adquiridos, os aparelhos precisam ser ativados com pacotes de serviço para uso diretamente no site (http://la.findmespot.com/pg). Qualquer dúvida é só ligar no 0800 723 7768.

O valor anual aproximado dos planos básicos para manter o GEN-3 em funcionamento é de R$ 33,90 por mês e no TRACE é de R$26,90 por mês.

No caso do GLOBAL PHONE dá para optar por planos pré-pago ou pós-pago. No pré-pago eu fiz um plano com validade de 250 minutos ou seis meses por R$ 700 porque sabia que usaria muito nas Highlands, mas também poderia ter optado pelo plano pós-pago partir de R$ 68,10 por mês.

Mas quem fizer a ativação até 20 de dezembro de 2015 tem uma promoção com 50% de desconto nos planos para o GEN-3 e o TRACE…

Dicas Finais

Minhas dicas finais são: o GEN-3 é supereficiente em toda e qualquer a aventura, traz segurança ao aventureiro e tranquilidade à família do aventureiro. O TRACE é útil para o monitoramento de equipamentos de alto custo, como barcos, veículos de lazer e até bicicletas caras. Já o GLOBAL PHONE é ideal para profissionais ou aventureiros extremos, guias de montanha e de aventura, comunicadores que precisam manter contato com seu público em qualquer lugar do planeta.


Guilherme Cavallari,
autor de 18 livros sobre esportes e turismo de aventura, entre eles o recém-lançado “Transpatagônia, Pumas Não Comem Ciclistas”, tenta levar uma vida simples nas montanhas da Mantiqueira. Também colabora como colunista do Extremos desde 2010.

 
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