Bons Guias de Montanha: Vamos refletir!
da redação, Freddy Duclerc
17 de setembro de 2013 - 10:40
 
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Freddy Duclerc no cume do Vulcão Marmolejo de 6108m de altitude. - Foto: Arquivo Pessoal
 

Chile e Argentina se destacam por ter excelentes “Guias Profissionais de Montanha”!

No Brasil os Guias de Montanha são visto e escolhidos apenas pelo preço, em sua maioria das vezes, são muito poucas as pessoas que associam o sucesso de sua experiência na montanha com segurança a ter um bom Guia de Montanha.

No Chile e Argentina os Guias de Montanha são vistos e contratados pela sua experiência, qualidade e aventura segura que pode oferecer. De longa data o Brasil engatinha em ter excelentes Guias Profissionais em quantidade e qualidade, apesar de termos bons guias, mas poucos e são sempre os mesmos, bem conhecidos por quem pratica montanhismo e trekking.

Não temos escolas boas para formar guias “Gestores de Expedições” em montanhas, não apenas aquele que leva ao destino e sim o que tem cuidado pelo psicológico, bem estar, segurança e logística. Estamos distante de termos uma classe profissional unida de guias de montanha, com qualidade e quantidade. No Chile e Argentina os Guias Profissionais fazem faculdade, investem em obter grande conhecimento e cultura de montanha e natureza antes de guiar pessoas. Na Bolívia, são raros os bons guias profissionais, são formados pela própria montanha, que é às vezes uma grande escola, mas não supre a necessidade de segurança de quem visita. No Peru temos Excelentes Guias formado por algumas escolas de guias de montanha "Casa de Guias", um guia de montanha em Huaraz, formado pela Casa de Guias, no mínimo tem que subir o o cume do Pisco, 9 vezes a 5750m para poder Guiar pessoas. No Brasil infelizmente pela falta de profissionalização de bons guias de montanha, o guia é visto apenas pelo preço, e não pela sua experiência, pelo investimento que realiza em novos destinos, investimentos em equipamentos pessoais, cursos, segurança que ele traz e o conhecimento que proporciona entre tantas características e qualidade que pode oferecer. Muitas vezes é visto com preconceito, cheguei a ouvir de uma pessoa que Guias são Mercenários, por cobrarem para levar pessoas. Esse é o termômetro da falta de cultura da profissionalização de Guias de montanha ou natureza no Brasil. Os guias que levam para turismo convencional já tem um outro Status, são vistos como parte integrante da viagem e sem preconceito. Apesar disso tenho viajado com pessoas que tem a real noção, de quanto vale um sonho, uma experiência exclusiva, uma aventura com um retorno seguro mesmo com risco que exige uma expedição em lugares remotos. Fica a minha proposta de refletirmos! Sinto-me na obrigação de multiplicar uma “Cultura” de bons Guias Profissionais em Montanha.

Um excelente Guia de Montanha é como um excelente Engenheiro, Administrador, Médico, Executivo...


Bons ventos,

Freddy Duclerc
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