Butão, a felicidade do povo
da redação, Carlos Santalena
24 de fevereiro de 2011 - 8:30
 
 
 
 

Butão, um país conhecido por poucos, porém muito famoso principalmente pela importância dada ao povo local e pelo governo inteligente.

Um dos poucos países que não foram colonizados, no Butão podemos apreciar a cultura local extremamente viva sem deixar o desenvolvimento de lado. É visto neste lugar a modernidade andando junto com a grande preservação de costumes e crenças.
Para chegar a este pequeno pedaço de nosso planeta, pegamos um avião que pode vir do Nepal, Tailândia ou da Índia, de onde também é possível chegar de trem, sendo esse um pouco mais precário, econômico, porém muito divertido.

Aos interessados em trekking, há possibilidades de caminhadas que vão de 3 a 18 dias, podendo variar desde observação de flores e fauna local até a altitude onde se pode contemplar os Himalaias butaneses, que é representando principalmente pelo Mt Jomolhari (7150m). Em contra partida é possível realizar passeios culturais de 7 dias contemplando principalmente os antiqüíssimos Monastérios, Fortes, Templos e Dzongs.

Com mais de 80% da população vivendo da agricultura, um dos principais atrativos é com certeza a vida rural, os alimentos frescos e os tradicionais banhos de pedras quentes que nos lugares frios são muito bem vindos.

Atualmente o Butão vive uma democracia popular criada pelo seu próprio rei que com muita inteligência vêm levando o país ao grande desenvolvimento econômico e social sem deixar a preservação da cultura Budista e Butanesa.

Com 90 % da população budista é inevitável encontrar monges e aspirantes em qualquer pequeno vilarejo, ou até mesmo nas estradas e caminhadas.

Este país é um dos paises mais caros a se visitar, sendo cobrado aproximadamente U$ 250,00 por dia independente do roteiro realizado, seja um trekking ou um pequeno passeio cultural. Neste valor está tudo incluso: o guia, e alimentação e o transporte, excluindo o ticket aéreo que leva até o aeroporto internacional de Paro, segunda maior cidade do país.

Com valores altos, o governo local não busca volume de turistas e sim qualidade naqueles que querem conhecer uma das últimas populações budistas extremamente preservados da Ásia.

É praticamente impossível o turista não se apaixonar por este lugar já que eles fazem de tudo para agradar os estrangeiros e, além disso, oferecem instalações hoteleiras maravilhosas com banho quente, água encanada, serviços cordiais e comidas muito boas e típicas, regada a peixes, carnes, massas, arroz, vegetais frescos e os famosos temperos a base de gengibre e pimenta (opcional para estrangeiros e primordial para os locais)

É interessante ver como a população faz a diferença em qualquer fonte de renda, porque mesmo tendo uma grande biodiversidade, cultura preservada, alimentos frescos, a grande atração do Butão são as pessoas que com grande felicidade e receptividade cativam qualquer um e fazem os turistas se sentirem muito a vontade.

Para isso o governo local investe tudo o que pode em educação, saúde, religião, moradia e alimentação para que as pessoas se sintam extremamente satisfeitas com o que já possuem. Pedintes na rua não são vistos no Butão.

No país do Dragão pode-se vivenciar o grande exotismo cultural onde a maconha pode ser vista nos canteiros das cidades, nascendo naturalmente na região, onde a figura de pênis a frente das casas representam proteção e extinção de maus olhados, sem contar o Guru que têm até um monastério especial, este ficou famoso por sua virilidade e fertilidade além de suas bebidas rotineiras; até hoje mulheres de todo o país freqüentam o monastério a fim de resolver quaisquer problemas de reprodução.

A viagem ao Butão mostra a nós que a busca da felicidade e da satisfação esta mais próxima do que imaginamos e devemos apenas parar e nos perceber, descobrindo assim que já somos felizes vivos... Independente de qualquer conquista.

Carlos Eduardo Santalena esteve no Butão em novembro de 2010 e realizou pequenas caminhadas pelo país durante 8 dias acompanhando um cliente e amigo pesquisador e amante de fotografias.

 
 
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