Por trás da foto - Praticar aventura
da redação, André Dib
8 de setembro de 2011 - 9:33
 
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ENCARANDO: - Cume do vulcão Cotopaxi, no Equador - 5897m - Foto: André Dib
 
 
É muito comum ouvir alguém dizer: “Oh vida boa, você só viaja”, ”Com o que você trabalha mesmo?”, “vai passear e ainda ganha?” como se a fotografia de viagem ou, mais especificamente, a de aventura, que pode ser sintetizada como fotografia de atividades praticadas ao ar livre, não fosse um trabalho duro como outro qualquer, que exige comprometimento, dedicação, conhecimento técnico além daquele “algo a mais” que alguns chamam de olhar, outros de dom, sensibilidade, etc. É claro que acho extremamente prazeroso a realização de alguns trabalhos que essa profissão nos proporciona, apesar de todas as dificuldades encontradas, como em todas as profissões, pois “o homem que faz o que gosta está com a vida ganha”.

Nesse sentido, separei alguns tópicos que vou colocar em posts diversos, ao longo do ano, passando um pouco da minha experiência nesse segmento, entre dicas, técnicas e algumas impressões pessoais, além de tentar desmistificar esse conceito errado que se tem sobre fotografia de aventura, como se fosse apenas uma diversão.

Acredito que a fotografia de aventura está fundamentada em alguns conceitos básicos, e o primeiro deles é praticar aventura, estar apto a fotografar em ambientes onde essas atividades são praticadas, pois assim podemos sentir, vivenciar a atividade e consequentemente passar isso ao espectador de uma maneira mais real. Para isso é preciso conhecer a atividade.

Se a idéia é documentar uma expedição numa montanha, por exemplo, o fotógrafo terá que se preparar fisicamente, estar apto, se sentir bem e preparado para desenvolver um trabalho, num ambiente hostil. Essa proximidade, certamente, lhe trará imagens mais intensas, mais inéditas, mais atrevidas, mais significativas.