Me pediram para escrever sobre a ASF e eu achei interessante, até porque sou uma neófita e amadora em todas essas experiências. Sou novata no montanhismo, na feira, na vida.

E acho bom que tenha diversos pontos de vista, porque cada um escreve com sua bagagem de aventureiro e observador. E existe público para todos os olhares.

Existem os aventureiros “cascas grossas”, que querem ouvir nomes de peso no esporte que praticam, existem os novatos, que querem aprender cada vez mais e existem aqueles em formação, assim como eu, que podem se interessar por ouvir pessoas iguais a eles, aquelas que não são exatamente grandes estrelas do mundo da aventura. Existe identificação e espaço para todo mundo.

Vi algumas pessoas criticando que faltou muita coisa, que alguns esportes foram mal explorados, que algumas modalidades sequer foram abordadas, que não houve muita organização, excesso de pessoas sem experiência...

Falando da minha percepção, até porque só posso falar do que vivo e conheço mesmo, achei o espaço excelente, novo, bem preparado e grandioso. Os estandes eram bacanas, bem arrumados e organizados. Não tenho dúvidas que talvez pudesse ter outras modalidades ou algumas poderiam ter sido mais exploradas, mas tivemos pessoas muito interessantes, com experiências diversas e vários tipos de “aventureiros” com suas vivências e técnicas.

Não temos muitos eventos com esse foco no Brasil e talvez por isso mesmo, a expectativa seja muito grande, mas como disse, não tenho esse histórico para comparar com edições anteriores.

Para mim foi uma grande oportunidade de conversar com gente interessante e interessada em levar o conceito de aventura como uma atividade segura e possível para um público maior e ávido por informação. Foi uma chance de estreitar laços, pensar parcerias, ganhar mais estofo e transitar por um universo que me atrai muito.

Sabrina com Juliana e Guilherme do Montanha para Todos | Foto: Divulgação		Sabrina Paschoal no Adventure Congress | Foto: Divulgação

Eu gosto de aventura desde muito tempo e a encaro como forma de estar livre, mais centrada, perto da natureza, que sempre me reenergiza e me alimenta a alma e me proporciona um mergulho nos meus limites, anseios e desejos.

Vi muita gente feliz e satisfeita com a oportunidade de participar de palestras e oficinas com nomes interessantes de diversos esportes e que sem a ASF, talvez não tivesse conseguido. Poderia ter mais esportistas reconhecidos em seus gêneros de atuação? Sem dúvida. Talvez o tratamento acústico poderia ser melhor durante o evento? Com certeza.

Mas como nunca conseguiremos agradar a todos e nem é essa a ideia, fica aqui o meu singelo agradecimento a todos os organizadores e à oportunidade que foi dada a tanta gente de estar um pouco mais perto dos esportes de aventura (ainda que virtualmente) e de esportistas reconhecidos ou não.

Acredito que quando a experiência é bacana e enriquecedora, o desejo da descoberta pode nascer. Que venham as próximas.

Obrigada,
Sabrina Paschoal